CFET Financial Report 30 Jun 07 Portuguese

Re p úb lic a De m o c rá tic a d e Tim o r- Le ste

Re la tó rio Fina nc e iro
Anua l & C o nta s

Ano Fisc a l 2006-07

MINISTÉRIO DAS FINANÇ AS
DIREC Ç ÃO NAC IO NAL DO TESO URO

Governo da República
Democrática de Timor-Leste

Relatório Financeiro Anual & Contas
(2006 - 2007)

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

Prefácio


É com prazer que apresento o Relatório Financeiro Anual do Tesouro para o ano fiscal de 20062007, O relatório foi preparado de acordo com o estabelecido na Secção 24 (a)(i) e (ii) da Norma
2000/20 sobre ‘Gestão Orçamental e Financeira’, conforme emendado pela Secção 39 da Norma
2001/13 sobre ‘Gestão Orçamental e Financeira’, e está conforme a Norma 2000/01, a legislação
habilitante que estabelece a Autoridade Fiscal Central.
Este é o sétimo relatório emitido pelo Tesouro. É de louvar que uma vez mais o relatório
financeiro e contas finais do Governo tenham sido preparados e apresentados dentro do prazo
estabelecido, conforme previsto na Constituição e na Norma de Gestão Orçamental e Financeira.
Isto estabelece a maturidade continuada do Tesouro no que diz respeito à melhoria do seu reporte
financeiro.
Os dados foram compilados e apresentados neste relatório com o objectivo de fornecer informações
fiáveis, significativas e úteis ao Parlamento Nacional, bem como ao povo da República
Democrática de Timor-Leste e a outros utilizadores interessados.
Este relatório inclui as Declarações Financeiras Anuais auditadas, consistentes com os princípios
de Método de Caixa da contabilidade do sector público e com as declarações suplementares
preparadas segundo o Método de Caixa Modificado, com vista a apresentar as questões
financeiras do Governo de forma consistente com os procedimentos de execução orçamental
estabelecidos.
Apresento aos Honrados Membros do Parlamento Nacional o Relatório e Contas do Ano Fiscal
de 2006-07,


Emília Pires
Ministra das Finanças

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

CONTEÚDO
1, RELATÓRIO DO TESOUREIRO

5

2, RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

12

3, CONTAS
3.1


Declaração de Rendimentos e Despesas - Todo o Governo

15

3.2

Balanço - Todo o Governo

16

3.3

Declaração do Fundo Financeiro Consolidado - Todo o Governo

17

4, POLÍTICAS DE CONTABILIDADE E NOTAS ÀS DECLARAÇÕES FINANCEIRAS
4.1

Método de Caixa de Contabilidade


19

4.2

Método de Caixa Modificado de Contabilidade e Notas às Informações
Suplementares

21

4.3

Notas à Balanço

23

5, RESUMO DAS DECLARAÇÕES DE RECEITAS E DESPESAS
5.1

Resumo de Receitas para o Fundo Consolidado


27

5.2

Resumo de Despesas por Ministério e Categoria de Dotação - Todo o
Governo

28

5.3

Resumo de Despesas por Funções - Todo o Governo

32

5.4

Resumo de Despesas por Sectores - Todo o Governo


34

6, DECLARAÇÃO DE DOTAÇÃO

35

7, DETALHES DAS RECEITAS E DESPESAS
7.1

Detalhes de Receitas

82

7.2

Detalhe de Despesas de Instituições - Salários e Vencimentos

84

7.3


Detalhe de Despesas de Instituições - Bens e Serviços

91

7.4

Detalhe de Despesas de Instituições - Despesas de Capital Menor

115

7.5

Detalhe de Despesas de Instituições - Capital e Desenvolvimento

127

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007


CONTEÚDO (Cont.)
8, DECLARAÇÃO DE CONTAS DO TESOURO, EDTL E INSTITUTO PÚBLICO DE
GESTÃO DE EQUIPAMENTOS E DECLARAÇÃO DE FLUXO FINANCEIRO DA
AVIAÇÃO E AUTORIDADE PORTUÁRIA
8.1

Declaração de Rendimentos e Despesas - Tesouro, EDTL e Conta do
Instituto Público de Gestão de Equipamentos

130

8.2

Balanço - Tesouro, EDTL e Conta do Instituto Público de Gestão de
Equipamentos

131

8.3


Declaração de Fluxo Financeiro - Tesouro, EDTL e Conta do Instituto
Público de Gestão de Equipamentos

132

8.4

Declaração de Fluxo Financeiro - Conta da Aviação

134

8.5

Declaração de Fluxo Financeiro - Conta dos Portos

136

9, DECLARAÇÕES DE RECEITAS E DESPESAS DE AGÊNCIAS AUTÓNOMAS
9.1


Declaração de Rendimentos e Despesas - Conta da EDTL

139

9.2

Declaração de Rendimentos e Despesas - Conta da Aviação

139

9.3

Declaração de Rendimentos e Despesas - Conta dos Portos

140

9.4

Declaração de Rendimentos e Despesas - Conta do Instituto Público de

Gestão de Equipamentos

141

10, DECLARAÇÃO DE PROJECTOS DE FUNDOS ESPECIAIS

142

11, DECLARAÇÃO SOBRE TRANSFERÊNCIAS
11.1

Declaração Resumida sobre Transferências

145

11.2

Declaração Detalhada sobre Transferências

147

12, DECLARAÇÃO DE RESERVA DE CONTINGÊNCIA

152

13, PERFIL DE QUADROS DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

153

14, PROGRAMA DE APOIO À CONSOLIDAÇÃO

170

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

Relatório Financeiro Anual de 2006 - 2007
1. RELATÓRIO DO TESOUREIRO
Panorama
O Orçamento Geral do Estado foi aprovado e publicado no Jornal da República a 21 de Agosto de 2006, O
orçamento previu uma dotação total de US$ 315.9 milhões, incluindo uma dotação de US$ 13.7 milhões para as
Agências Autónomas. Calculou também as receitas domésticas em US$ 46.7 milhões, incluindo receitas de US$
6.5 milhões provenientes de Agências Autónomas. O Parlamento aprovou igualmente transferências a partir do
Fundo Petrolífero inferiores a US$ 260.1 milhões.
O orçamento emendado emitido em Março de 2007 estimou uma dotação final de US$ 328.6 milhões, com as
receitas domésticas estimadas a aumentarem para US$ 55.7 milhões. O Parlamento aprovou também um
montante revisto de transferências a partir do Fundo Petrolífero inferiores a US$ 272.8 milhões.

Resumo de Receitas e Contribuições de Parceiros de Desenvolvimento
Durante o ano fiscal de 2006-07 o total das receitas geradas foi de US$ 58.7 milhões (2005/06 - US$ 63.3
milhões), o que excedeu a estimativa de receitas de US$ 55.7 milhões. As receitas cobradas pelas Agências de
Retenção de Receitas foram de US$ 7.0 milhões (2005/06 - US$ 7.21 milhões), contra um alvo orçamental de
US$ 8.9 milhões
Agências Autónomas
e com Retenção de
Receitas
12%

Imp. e Direitos
Alfandegários
27%

Contribuições de PDs
19%

Imposto sobre
Serviços
6%
Juros
9%

Taxas de Utilização
8%

Outras Receitas
Fiscais
0%

Imposto sobre
Rendimentos
19%

As Contribuições dos Parceiros de Desenvolvimento, no valor de US$ 11.3 milhões, ficaram aquém da estimativa
final de US$ 15.6 milhões.

5

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

A Declaração 7.1 contém um resumo das receitas e das contribuições dos parceiros de desenvolvimento.

RECEITASFISCAIS E TAXAS DE UTILIZAÇÃO
(US$ MILHÕES)
Propinas Universitárias 0.00
Direitos Op. Mineiras 0.02
Receitas de Doc. Ofertas 0.03
Taxas de Água 0.05
Taxas Postais e de Serviços 0.06
Taxas Hospit. E Médicas 0.07
0.23
Taxas Regist. Empresas
0.18
Taxas Veículos e Transp.
0.82
Taxas de ID, Pass e Visa
1.30
Outras Receitas Não Fiscais
1.41
Arrend. De Propriedades
Imposto de Rend. Individual
Imposto sobre os Serviços
Imp. Empres/ Corporat.
Imposto sobre Vendas
Direitos de Importação
Outro Imp. Retencão
Receitas de Juros
Agências Ret. Receitas
Imposto sobre Consumo

3.13
3.61
3.82
4.04
4.30
4.89
5.08
7.00
7.35

O Imposto sobre o Consumo continuou a ser o componente mais significativo das receitas domésticas. Outras
contribuições significativas foram o Imposto de Retenção, os Direitos de Importação e o Imposto sobre Vendas,
para lá das Receitas de Juros.

Contribuições de Parceiros de Desenvolvimento

CONTRIBUIÇÕES DE PDs.
(US$ '000)

10,722

IBRD

UNDP

IDA

340

209

6

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

As contribuições dos parceiros de desenvolvimento foram de US$ 11.2 milhões, contra uma estimativa
orçamental de US$ 15.6 milhões. As contribuições dos parceiros de desenvolvimento foram também
significativamente superiores ao registado no ano transacto (US$ 0.97 milhões).

Dotações
Contra o montante original de US$ 315.9 milhões para o ano fiscal de 2006-07 foi aprovado para dotação a partir
do Fundo Consolidado de Timor-Leste um montante revisto de US$ 328.6 milhões (2005/06 - US$ 142.3
milhões). O aumento revisto a meio do ano nas dotações diz respeito ao pagamento de subsídios a funcionários
públicos, afectação à EDTL e transferências públicas.
Durante o ano financeiro foi pago um total de US$ 160.4 milhões (2005/06 - US$ 88.5 milhões) relativo a esta
dotação. Levando em conta os pagamentos pendentes contra as ordens de compra emitidas durante o ano no
1
valor de US$ 103.6 milhões (2005/06 - US$ 38.60 milhões), o total da despesa a cobrar contra a dotação para o
ano é de US$ 264.1 milhões (2005/06 - US$ 127.1 milhões).

(Valores em milhões de US$)
Resumo das Despesas do CFTL - Todo o Governo
Dotação

Salários e Vencimentos
Bens e Serviços
Capital Menor
Capital e Desenvolvimento
Transferências
Total

Despesa Concreta
Pagamentos
efectuados durante o
ano
33,802
88%

Despesas
reconhecidas contra
a Dotação
33,802
88%

Original
38,287

Revista
38,482

122,017

128,251

93,862

73%

114,003

89%

17,645

21,080

9,313

44%

19,207

91%

119,717

111,918

11,696

10%

79,951

71%

18,238

28,848

11,772

41%

17,128

59%

315,904

328,579

160,445

49%

264,091

80%

A Declaração 6 contém detalhes sobre orçamento original, orçamento final, despesas monetárias e obrigações.

Despesas por Sectores e Funções
A análise sectorial das despesas mostra que o Desenvolvimento de Recursos Humanos ficou nos 26% (29% em
2005/06), as Infra-estruturas nos 20% (10% em 2005/06%) e o Desenvolvimento Político nos 17% (27% em
2005/06). Os gastos do CFET são baixos na Agricultura (4% contra 4% em 2005/06), Redução da Pobreza e
Desenvolvimento Rural e Regional (5% contra 3% em 2005/06) e Comércio, Indústria e Desenvolvimento do
Sector Privado (5% contra 0,4% em 2005/06).

1

Para efeitos de fazer corresponder dotações orçamentais a gastos concretos, foi reconhecido nas contas como despesa um montante de US$
103,64 milhões (2005/06 - US$38,60 milhões), representando essencialmente compromissos de aquisições e obras relativos a capital, bem
como compromissos de bens para a Conta do Tesouro, estabelecidos durante o curso do ano fiscal mas que não haviam sido pagos até 30 de
Junho de 2007.

7

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

DESPESA DO CFTL POR SECTORES

Desenvolvimento
Político, Relações
Externas, Defesa e
Segurança
17%
Infra-estruturas
20%
Desenvolvimento de
Recursos Humanos
26%

Gestão
Macroeconómica e
Finanças Públicas
9%
Agricultura
4%
Comércio, Indústria e
Desenvolvimento do
Sector Privado
5%

Redução da Pobreza e
Desenvolvimento Rural
e Regional
5%

Recursos Naturais e
Ambiente
14%

O padrão de despesa por funções é semelhante neste ano fiscal ao verificado no ano anterior. A distribuição de
despesas por funções relativamente ao Total Despesas2 entre os principais sectores foi a seguinte: Assuntos
Económicos - 44% (2005/06 - 25%), Serviços Públicos Gerais - 21% (2005/06 - 26%), Educação - 12% (2005/06
- 14%), Saúde - 9% (2005/06 - 13%) e Ordem Pública e Segurança - 7% (2005/06 - 11%).

COMPOSIÇÃO DE DESPESAS POR FUNÇÕES
Habitação e Desenv.
Comunitário
2%
Defesa
Saúde
4%
9%

Lazer, Cultura e
Religião
Protecção do
1%
Ambiente
0%
Protecção Social
0%

Ordem Pública e
Segurança
7%

Assuntos
Económicos
44%

Educação
12%

Serviços Públicos
Gerais
21%

2

Os valores aqui apresentados indicam apenas os gastos sectoriais sob o Fundo Consolidado de Timor-Leste (CFET). Para obter um retrato
completo é necessário considerar também os gastos sob o Fundo Fiduciário de Timor-Leste (TFET), o qual financia os projectos sociais e de
infra-estruturas.

8

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

Obrigações Transportadas
Dos $46.32 milhões de obrigações transportadas, $31.15 milhões foram liquidados durante o ano. Por outro lado
foram contraídos durante o ano novas obrigações no total de $103.64 milhões. Para Todo o Governo3, as
obrigações pendentes de $118.81 milhões (2005/06 - $46,32 milhões) foram transportadas para o ano de
2007-08 como obrigações actuais, para serem pagas aquando da sua maturidade.

Execução Orçamental - Conta do Tesouro
Em termos de desempenho de execução orçamental, o Total Despesas incorridas durante o ano foi 82%
(2005/06 - 92%) da dotação global. O desempenho sob as categorias de dotação foi o seguinte: Capital e
Desenvolvimento - 75% (2005/06 - 96%), Capital Menor - 92% (2005/06 - 92%), Bens e Serviços - 89% (2005/06
- 91%), Transferências - 59% e Salários e Vencimentos - 88% (2005/06 - 89%).
(Valores em milhões de US$)
Sumário das Despesas do CFTL - Conta do Tesouro
Dotação

Salários e Vencimentos

Despesas Concretas
Pagamentos
efectuados durante o
ano
33,068
88%

Despesas
reconhecidas contra
a Dotação
33,068
88%

Original
37,440

Revista
37,551

116,074

122,340

89,091

73%

108,710

89%

1,195

20,615

9,112

44%

18,885

92%

113,277

105,503

11,638

11%

78,825

75%

Bens e Serviços
Capital Menor
Capital e Desenvolvimento

18,238

28,848

11,772

41%

17,128

59%

302,224

314,857

154,681

49%

256,616

82%

Transferências
Total

A proporção de despesas sob as três principais categorias de dotação esteve conforme as afectações
orçamentais. Cerca de 31% (2005/06 - 30%) do Total Despesas aconteceram no Capital e Desenvolvimento, 7%
no Capital Menor (2005/06 - 5%), 42% no aprovisionamento de Bens e Serviços (2005/06 - 43%), 7% em
Transferências e os restantes 13% (2005/06 - 22%) no pagamento de Salários e Vencimentos a Funcionários
Públicos.

Composição das Despesas
Transferências
7%
Capital e
Desenvolvimento
31%

Capital Menor
7%

3

Salários e
Vencimentos
13%

Bens e Serviços
42%

Inclui pagamentos para as Contas do Tesouro, Aviação, Autoridade Marítima, EDTL e Instituto Público de Gestão de Equipamentos.

9

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

Entre os Bens e Serviços aprovisionados durante o ano, os principais elementos de custo foram o Combustível
para Geradores - US$ 22.2 milhões (2005/06 - US$ 11.5 milhões), Materiais e Equipamentos Operacionais - US$
21.3 milhões (2005/06 - US$ 6.9 milhões) e Outros Serviços Diversos - US$ 19.7 milhões (2005/06 - $10.4
milhões).
Sob o Capital Menor aprovisionado durante o ano, os principais elementos de custo foram Compra de Veículos
US$ 5.9 milhões (2005/06 - US$ 1.7 milhões), Outros Equipamentos Diversos - US$ 4.3 milhões (2005/06 - US$
1.8 milhões), e Equipamento de EDP - US$ 2.6 milhões (2005/06 - $0.5 milhões).

ELEMENTOS DE CUSTO - DESPESAS DE CAPITAL

Compra de Veículos
5.9%
Aquisição de Edifícios
28.7%

Outros Equip. Diversos
4.3%
Equip. de EDP
2.7%

Mobiliário e acessór.
1.8%

Geradores
1.3%
Other
6.5%

Equip. de Segurança
1.1%
Equip. de Escritório
1.1%
Equip. de Comunic.
0.9%

Activos de Infra-estrut
51.9%

Equip. de Água
0.2%

As despesas com activos de infra-estruturas foram de 52%, contra 80% no ano anterior. A despesa com a
aquisição de edifícios foi 29% (2005/06 - 1%), enquanto a despesa com a compra de veículos se ficou por
valores semelhantes aos registados no ano anterior (5.9% em 2006/07 contra 5.0% em 2005/06).

Execução Orçamental - Agências Autónomas
Em termos de desempenho da execução orçamental, o Total Despesas incorridas durante o ano foi 54% da
dotação global. O desempenho sob as categorias de dotação foi o seguinte: Capital e Desenvolvimento - 18%,
Capital Menor - 69%, Bens e Serviços - 90%, e Salários e Vencimentos - 79%.

10

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

(Valores em milhões de US$)
Sumário das Despesas do CFTL - Conta do Tesouro
Dotação

Salários e Vencimentos
Bens e Serviços
Capital Menor
Capital e Desenvolvimento
Transferências
Total

Despesas Concretas
Pagamentos
efectuados durante o
ano
734
79%

Original
847

Revista
931

5,943

5,911

4,770

81%

Despesas
reconhecidas contra
a Dotação
734
79%
5,292

90%

450

465

201

43%

322

69%

6,440

6,415

58

1%

1,126

18%

-

-

-

0%

-

0%

13,680

13,722

5,763

42%

7,474

54%

A proporção de despesas sob as três principais categorias de dotação esteve conforme as afectações
orçamentais. Cerca de 31% (2005/06 - 30%) do Total Despesas aconteceram no Capital e Desenvolvimento, 7%
no Capital Menor (2005/06 - 5%), 42% no aprovisionamento de Bens e Serviços (2005/06 - 43%), 7% em
Transferências e os restantes 13% (2005/06 - 22%) no pagamento de Salários e Vencimentos a Funcionários
Públicos.

Saldo de Caixa
No final do ano fiscal havia um saldo de US$ 249.8 milhões (2005/06 - $109.6 milhões), representando Dinheiro
e Equivalentes a Dinheiros mantidos na Autoridade Bancária e de Pagamentos, outros bancos e outras
instituições. A alteração no saldo financeiro em relação ao ano anterior deve-se sobretudo à transferência de
US$ 260,067,680 a partir da conta do Fundo Petrolífero.
(Valores em US$)
Dinheiro e Equivalentes a Dinheiro em 30,06,2007
2006/2007
2005/2006
Saldo Financeiro com o BPA
Saldo Financeiro com a ANZ
Saldo Financeiro com o BNU
Avanços Especiais a Embaixadas
Saldo com o UNOPS
Conta de Avanços Gerais
Fundo de Maneio de Instituições
Avanços de Capital para o PDL

228,224,623
3,002,931
16,616,662
375,644
142,700
1,234,444
12,945
190,000

94,579,678
2,563,223
11,751,713
313,912
142,700
241,535
42,473
190,000

Total

249,799,949

109,825,234

Conclusão
A execução orçamental para o ano fiscal em análise permaneceu uma tarefa difícil. Apesar dos vários
condicionalismos, a execução orçamental global de cerca de 80% é satisfatória. Os Agentes Financeiros das
Instituições e dos Distritos foram orientados de forma contínua com vista a melhorar o processo de execução
orçamental e a gestão das despesas.
Durante o curso do ano fiscal, o Tesouro foi capaz de cumprir o seu papel de garante e de baluarte através do
inculcar de maior qualidade no que se refere às despesas, disciplina financeira, responsabilização e
transparência.

11

Relatório do auditor independente para o Senhor Presidente e Honoráveis Membros do
Parlamento Nacional de Timor-Leste

Auditámos as declarações financeiras anexas do Fundo Consolidado de Timor-Leste (“Fundo
Consolidado”) para o ano que terminou a 30 de Junho de 2007, as quais são compostas por:







Declaração de Rendimentos e Despesas - Todo o Governo ;
Balanço - Todo o Governo;
Declaração de Fluxo Financeiro Consolidado - Todo o Governo;
Políticas de Contabilidade e Notas às Declarações Financeiras;
Informações Suplementares da página 27 à 151; e
Programa de Apoio à Consolidação.

Responsabilidade do Ministério das Finanças pelas Declarações Financeiras
A Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças (anteriormente Ministério do Plano e das
Finanças) é responsável pelas declarações financeiras, tendo determinado que as políticas de
contabilidade usadas conforme estão descritas nas Notas 4.1 e 4.2 são consistentes com os requisitos do
reporte financeiro segundo o Regulamento de Gestão Financeira e Orçamental N.º 2001/13. Esta
responsabilidade inclui: concepção, implementação e manutenção do controlo interno relevantes à
preparação e boa apresentação das declarações financeiras isentas de incorrecções materiais, quer por
fraude ou erro; selecção e aplicação de políticas de contabilidade apropriadas; e elaboração de estimativas
contabilísticas sejam razoáveis de acordo com as circunstâncias.

Responsabilidade do Auditor
A nossa responsabilidade consiste em expressar um parecer sobre estas declarações financeiras ao
Senhor Presidente e aos Honoráveis Membros do Parlamento Nacional de Timor-Leste, com base na
nossa auditoria. Esta é conduzida de acordo com os Padrões Internacionais sobre Auditorias. Estes
padrões exigem que sejam cumpridos requisitos éticos e que a auditoria seja planeada e desenvolvida de
forma a obter garantias razoáveis de que as declarações financeiras não contêm incorrecções materiais.
Uma auditoria envolve o desempenho de procedimentos para obter evidências sobre os montantes e
informações contidos nas declarações financeiras. Os procedimentos seleccionados dependem do ponto
de vista do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de incorrecções materiais nas declarações financeiras,
quer devido a fraude ou a erro. Na elaboração destas avaliações de risco, o auditor considera o controlo
interno relevante à preparação e à apresentação correcta das declarações financeiras, de modo a
conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados para as circunstâncias, mas não com o intuito
de emitir um parecer sobre a efectividade do controlo interno da entidade. Uma auditoria inclui também a
avaliação da adequação das políticas de contabilidade utilizadas e da razoabilidade das estimativas
contabilísticas feitas pela Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças, bem como a avaliação
da apresentação geral das declarações financeiras.

12

Levámos a cabo procedimentos com vista a avaliar se em todos os aspectos materiais o relatório
financeiro cumpre as políticas de contabilidade constantes das Notas 4.1 e 4.2 das declarações
financeiras, opinião esta que é consistente com o nosso entendimento da Declaração de Negócios do
Fundo Consolidado de Timor-Leste e do seu desempenho conforme esta representado pelos resultados
das suas operações e fluxos financeiros.
Levámos a cabo procedimentos para avaliar se a substância das transacções de receitas e pagamentos,
conforme estão representadas pelos montantes depositados e creditados nas contas bancárias relevantes,
foram reflectidas correctamente nas declarações financeiras. Estes e outros procedimentos não incluíram
considerações sobre a adequação ou razoabilidade dos planos ou estratégias orçamentais adoptados pela
Direcção Nacional do Tesouro do Ministério das Finanças.
Uma vez que o relatório financeiro é preparado segundo o método de caixa, o montante apresentado como
receitas representa depósitos efectuados nas contas bancárias do Fundo Consolidado durante o ano que
terminou a 30 de Junho de 2007. Desde modo os procedimentos de auditoria relativamente a receitas
limitaram-se a avaliar-se, em todos os aspectos materiais, as receitas depositadas na conta bancária
relevante que representam fielmente as receitas do Fundo Consolidado durante o ano.
Nossotros acreditamos que as evidências de auditoria que obtivemos são suficientes e apropriadas para
fornecerem bases para o nosso parecer de auditoria.

Bases para o Parecer Qualificado do Auditor
1. A Administração Nacional das Alfândegas (“Alfândegas”) foi incapaz de fornecer qualquer
documentação de apoio relativamente a transacções financeiras durante o ano que terminou a 30 de
Junho de 2007. Fomos informados de que todos os documentos haviam sido destruídos no ataque que
incendiou a sede das Alfândegas durante os distúrbios civis em Agosto de 2007. Deste modo não
emitimos qualquer parecer sobre as transacções financeiras das Alfândegas, sobre se todos os
rendimentos foram depositados, e não podemos determinar os efeitos de ajustes, caso os houvesse,
que poderiam ser determinados necessários caso esta limitação não existisse.
2. O valor das “existências não afectadas”, de US$ 1.176 milhões, divulgado nas declarações financeiras,
não reflecte o valor real do activo a 30 de Junho de 2007. Fomos informados de que durante o período
dos distúrbios civis uma quantia substancial de existências foi removido sem autorização do armazém
do governo. As declarações financeiras não foram ajustadas de modo a reflectir a falta destas
existências.
3. Não estamos em condições de comentar a valorização do investimento na Autoridade Bancária e de
Pagamentos (“ABP”) conforme foi divulgado no Balanço, visto que à data deste relatório não
recebemos as declarações financeiras auditadas da ABP ou qualquer outra documentação de suporte.
4. Cinco das contas bancárias do Tesouro (incluindo a principal conta operacional) não estavam
reconciliadas com as declarações bancárias a 30 de Junho de 2007. Deste modo não estamos em
condições para determinar se todas as transacções bancárias relativas a estas contas foram
correctamente registadas nas contas do Tesouro, nem se os saldos bancários estão representados de
forma justa.

13

Parecer Qualificado do Auditor
Na nossa opinião, excepto quanto aos efeitos que as situações referidas nos parágrafos anteriores possam
ter sobre as declarações financeiras:
(b)

as declarações financeiras apresentam de forma adequada, em todos os aspectos materiais, os
fluxos financeiros e informações suplementares relacionadas do Fundo Consolidado de TimorLeste para o ano que terminou a 30 de Junho de 2007, em conformidade com as políticas de
contabilidade descritas nas Notas 4.1 e 4.2 das declarações financeiras;

(c)

os projectos de fundos especiais foram mantidos de acordo com as provisões financeiras em vigor;
e

(d)

os dinheiros providenciados através do Programa de Apoio à Consolidação, incluíndo o
financiamento dos parceiros de desenvolvimento no valor total de US$ 11.270.822, foram gastos
de acordo com as provisões financeiras em vigor.

Aminul Islam
Sócio
Merit Partners
DARWIN
20 Dezembro de 2007

14

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

3. CONTAS
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

3.1 Declaração de Rendimentos e Despesas (2006-07)
Todo o Governo
US$ ('000)
2006-07

US$ ('000)
2005-06

Rendimentos
Imposto sobre Mercadorias
Imposto sobre Rendimentos
Imposto sobre Serviços
Outras Receitas Fiscais
Juros
Taxas e Pagamentos de Utilização
Receitas do Timor Gap
Taxas de Retenção de Receitas
Verbas e Contribuições
TOTAL DOS RENDIMENTOS

15,681
11,838
3,610
5,236
4,257
6,840
11,271

13,471
8,838
2,550
5,099
3,981
21,184
7,207
970

58,733

63,300

(33,802)

(26,292)

Despesas
Salários e Vencimentos
Bens e Serviços
Subsídio de Deslocações e Subsistência
Treinamento e Sessões de Formação
Serviços Públicos
Arrendamento de Propriedades
Operação de Veículos
Materiais e Equipamentos de Escritório
Materiais e Equipamentos Operacionais
Combustível para Geradores
Manutenção de Equipamentos
Outras Despesas
Serviços Profissionais
Serviços de Tradução
Outros Serviços Diversos
Transferências Correntes
Contribuições
Reembolso de Receitas
Subtotal (Bens e Serviços)

(3,623)
(2,648)
(3,135)
(956)
(10,717)
(1,640)
(21,290)
(22,222)
(5,956)
(6,997)
(12,938)
(124)
(19,698)
(17,128)
(369)
(129,441)

(2,829)
(1,381)
(2,377)
(460)
(6,418)
(1,222)
(6,912)
(11,467)
(4,085)
(4,110)
(5,524)
(113)
(10,382)
(500)
(147)
(57,927)

(28,476)
(5,868)
(2,864)
(10,447)
(51,475)
(99,130)

(250)
(1,660)
(4,403)
(394)
(25,039)
(31,746)

TOTAL DESPESAS

(262,373)

(115,965)

TOTAL DO EXCEDENTE/(DÉFICE)

(203,640)

(52,665)

Despesas de Capital
Aquisição de Edifícios
Compra de Veículos
Mobiliário, Equipamento de Escritório
Instalações, Maquinaria, Equipamentos
Activos de Infra-estruturas
Subtotal (Despesas de Capital)

15

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

3.2 Balanço
Todo o Governo
(Em 30 de Junho de 2007)
Notes

US$ ('000)
2006-07

US$ ('000)
2005-06

ACTIVOS
Dinheiro e Equivalentes a Dinheiro
Conta do Tesouro
Conta de Avanços da UNOPS
Dinheiro tido em Outros Bancos

1a
1b
1c

260,236
229,943
143
30,150

116,621
95,213
143
21,265

Investimentos
Capitalização - BPA
Investimento na Timor Telecom

2
2

19,403
18,227
1,176

19,403
18,227
1,176

Existências - Mat. e Equip. de Consumo
Existências Não Afectadas

3

1,176
1,176

1,176
1,176

280,815

137,200

TOTAL DOS ACTIVOS
PASSIVOS
Fundo Consolidado de Timor-Leste

4

156,746

88,267

Reservas de Capital

5

796

796

Fundo Especial

6

4,459

1,087

Pagamentos pelo Investimento na Timor
Telecom

2

726

726

Outros Passivos (Contas Líquidas a Pagar)

7

118,088

46,324

280,815

137,200

TOTAL DOS PASSIVOS

16

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

3.3 Declaração Consolidada de Fluxo Financeiro (2006-07)
Todo o Governo
(De Acordo com os Principais Elementos de Custo)
US$

US$

2006-07

2005-06

Fluxo Financeiro de Actividades Operacionais
RECEITAS
Tributação
Taxas, Coimas, Multas e Licenças
Receitas de Juros
Verbas operacionais de Entidades Internacionais

31,128,667
11,097,402
5,236,322
11,270,822

46,043,307
11,187,263
5,098,668
969,967

Total Receitas

58,733,213

63,299,205

(33,801,886)

(26,292,080)

(103,161,655)
(3,476,116)
(2,347,362)
(3,131,810)
(946,518)
(8,724,501)
(1,505,455)
(15,237,620)
(20,712,776)

(45,065,115)
(2,753,748)
(1,343,229)
(2,366,415)
(459,506)
(5,219,917)
(551,959)
(4,665,938)
(11,134,266)

(3,291,502)

(1,410,807)

(5,295,193)
(26,459,873)
-

(3,226,441)
(11,287,082)
-

(260,753)

(145,807)

(11,772,176)

(500,000)

(6,404,165)
(1,231,199)
(87,476)
(871,005)
(1,683,354)
(2,531,131)

(2,349,115)
(120,240)
(73,205)
(156,800)
(633,318)
(1,365,552)

(20,077,239)
-

(11,325,226)
(1,220,145)

Total dos Pagamentos

(163,444,945)

(86,251,681)

Fluxos Financeiros Líquidos de Act. Operacionais

(104,711,732)

(22,952,476)

PAGAMENTOS
Salários e Vencimentos
Bens e Serviços
Subsídios de Deslocação e Subsistência
Formação e Sessões de Trabalho
Serviços Públicos
Arrendamento de Propriedades
Operação de Veículos
Materiais e Equipamentos de Escritório
Materiais e Equipamentos Operacionais
Combustível para Geradores
Manutenção de Equipamentos e Edifícios
Outras Despesas Operacionais
Outros Serviços Diversos
Transferências Correntes para o BPA
Contribuições para Órgãos Internacionais
Reembolso de Receitas
Transferências Correntes para ONGs e Indivíduos
Despesas de Capital
Equipamentos de EDP
Equipamentos de Segurança
Equipamentos de Comunicações
Mobiliário, Equipamento de Escritório
Outros Equipamentos

Outros Pagamentos*
Adicionar Pagamento para Existências Não Afectadas

17

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RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

3.3 Declaração Consolidada de Fluxo Financeiro (2006-07) Continuação
Todo o Governo
(De Acordo com os Principais Elementos de Custo)
US$

US$

2006-07

2005-06

Fluxos Financeiros de Act. de Investimento
Compra/construção de Instalações, Equip., Edifícios, etc.**
Compra de Instrumentos Financeiros
Transferências to Fundo Petrolífero
Investimento na Timor Telecom

(14,082,425)
-

Fluxos Financeiros Líquidos de Act. de Investimento

(14,082,425)

(2,623,736)
(10,500,000)
(125,000,000)
(138,123,736)

Fluxos Financeiros de Act. de Financiamento
Transferências a partir do Fundo Petrolífero
Proveitos de Empréstimos
Amortizações de Empréstimos
Dividendos / Distribuições Pagos

260,067,680
-

-

Fluxos Financeiros Líquidos de Act. de Financiamento

260,067,680

-

Aumento/Diminuição Líquido de Dinheiro e Equivalentes a
Dinheiros

141,273,523

(161,076,212)

Dinheiro e Equivalentes a Dinheiros no início do ano

115,688,204

276,814,976

Ajuste do ano anterior

91,352

Dinheiro e Equivalentes a Dinheiros no final do ano
Representados por:
Saldo Financeiro com o BPA
Saldo Financeiro com a ANZ
Saldo Financeiro com o BNU
Saldo com o UNOPS
Conta de Avanços Gerais
Avanços Especiais a Embaixadas
Fundo de Maneio de Instituições
Avanços tidos por Instituições
Avanços de Capital para o PDL

257,053,079

228,224,623
3,002,931
22,498,077
142,700
1,234,446
375,644
12,945
1,371,713
190,000

(50,560)
115,688,204

94,579,678
2,563,223
17,614,681
142,700
241,537
313,912
42,473
190,000

*Inclui pagamentos a partir de passivos transportados e pagamentos abrangendo vários fundos.
**Inclui despesas incorridas com Capital e Desenvolvimento, compra de veículos e compra de motorizadas.

18

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

4. POLÍTICAS DE CONTABILIDADE E NOTAS ÀS DECLARAÇÕES FINANCEIRAS
4.1 Método de Caixa de Contabilidade
Políticas de Contabilidade

1. Entidade de Reporte
Estas declarações financeiras são para o Governo da República Democrática de Timor-Leste. As declarações
financeiras abrangem os requisitos de reporte segundo a Norma 2001/13 da Gestão Orçamental e Financeira,
bem como as Normas de Dotação emitidas durante o curso das operações.

2. Base de Preparação
2.1

As declarações financeiras e contas do Governo da República Democrática de Timor-Leste, tal como
apresentadas abaixo, foram preparadas segundo a convenção de custos históricos.
As declarações financeiras incluem:
a. Declaração Consolidada de Fluxo Financeiro
b. Declaração de Fluxo Financeiro das Contas do Tesouro, EDTL e Instituto Público de Gestão
de Equipamentos
c.

Declaração de Fluxo Financeiro da Conta da Aviação

d. Declaração de Fluxo Financeiro da Conta dos Portos
2.2

As receitas reflectidas nestas declarações segundo o método de caixa não incluem receitas sob acordos
Bilaterais e de Fundo Fiduciário, já que não são montantes controlados no seio do fundo consolidado. O
Governo da República Democrática e Timor-Leste adoptou, na preparação e apresentação das suas
declarações financeiras, o Método de Caixa de contabilidade, de modo consistente com o verificado em
períodos anteriores e de acordo com os requisitos da Norma de Gestão Orçamental e Financeira N.º
2001/13, As receitas (impostos, doações e outras formas de receitas não recíprocas) são reconhecidas no
período em que são depositadas na conta bancária relevante e as despesas (compra de bens, serviços e
capital) são reconhecidas no período em que são pagas. O Dinheiro e os Equivalentes a Dinheiro para os
efeitos das Declarações de Fundo Financeiro incluem o dinheiro tido em vários bancos, os saldos
financeiros nos distritos, embaixadas e instituições como avanços, avanços às embaixadas e fundos de
maneio, respectivamente, contas em vários fundos a pagar ou a receber, e saldos no Gabinete das
Nações Unidas para Serviços de Projecto (“UNOPS).

2.3

As declarações financeiras foram preparadas na base de um conceito de ‘toda a entidade’, através do qual
todas as receitas e despesas são consolidadas nas contas do Governo para o ano fiscal. No reporte sob
tal conceito foram preparadas declarações de fluxo financeiro separadas para a Conta do Tesouro
(incluindo EDTL e Instituto Público de Gestão de Equipamentos), Conta da Aviação e Conta dos Portos
Marítimos respectivamente e combinadas para todo o Governo. As transacções entre instituições (entre o
Tesouro, Aviação e Portos Marítimos) não foram eliminadas. A Aviação e os Portos Marítimos não
receberam qualquer forma de dotação a partir do Orçamento de Estado durante o ano.

2.4

À luz da base contabilística usada, o Governo não reconheceu nas suas declarações financeiras a
depreciação ou amortização dos activos móveis ou imóveis adquiridos.

2.5

As declarações financeiras não incluem quaisquer custos com benefícios para empregados, uma vez que
até à data o Governo não adoptou qualquer esquema de pensões ou de reformas.

19

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

2.6

A República Democrática de Timor-Leste continuou a ser uma economia predominantemente baseada no
dinheiro durante o ano fiscal em referência. As transacções em moeda estrangeira são convertidas para o
dólar americano (a moeda oficial do país) à taxa vigente na data da transacção.

2.7

Durante o ano fiscal, a Organização das Nações Unidas e outras instituições transferiram activos físicos
para o Governo da República Democrática de Timor-Leste por meio de concessões. Estes activos foram
incluídos no registo de activos de todo o governo, mas não foram incluídos nas declarações financeiras em
virtude da base contabilística usada.

2.8

As declarações apresentadas para as Instituições com Retenção de Receitas não incluem montantes
facturados (devedores) que não tenham sido recebidos pelas respectivas instituições durante o curso do
ano, de acordo com a política de Método de Caixa aplicada numa base consistente. As declarações foram
feitas para satisfazer os requisitos básicos da Norma de Gestão Orçamental e Financeira N.º 2001/13,

20

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

4.2 Método de Caixa Modificado de Contabilidade e Notas às Informações
Suplementares

1.

Entidade de Reporte
Estas declarações financeiras são para o Governo da República Democrática de Timor-Leste. As
declarações financeiras abrangem os requisitos de reporte segundo a Norma 2001/13 da Gestão
Orçamental e Financeira, bem como as Normas de Dotação emitidas durante o curso do ano fiscal.

2.

Base de Preparação
2.1

As declarações financeiras e contas do Governo da República Democrática de Timor-Leste
apresentadas na secção 5 em baixo foram preparadas segundo a convenção de custos históricos.
O Governo da República Democrática de Timor-Leste adoptou, na preparação e apresentação das
suas declarações financeiras, o Método de Caixa Modificado para os efeitos de prestação de
Informações Suplementares relativas à execução orçamental para o ano em análise. As receitas
(impostos, doações e outras formas de receitas não recíprocas) são reconhecidas no período em
que são depositadas na conta bancária relevante, mas as despesas com determinados
aprovisionamentos de capital e construções, bem como em certas dotações de bens e serviços,
foram contabilizadas no ano em que foi feita uma dotação orçamental e foi criada uma obrigação
através da emissão de uma Ordem de Compra ou que foi criado um compromisso contra o
orçamento do programa, não obstante o pagamento total não ter sido efectuado no mesmo período
de referência. O objectivo da adopção desta base contabilística é permitir a despesas materiais
iniciadas no ano fiscal de 2006/2007 serem cobradas contra as afectações orçamentais das
respectivas instituições e programas para o ano em questão.
A base contabilística usada é o resultado da adopção de convenções pelo Chefe da Autoridade
Fiscal Central no seguimento das provisões da Norma habilitante que estabelece a Autoridade
Fiscal Central (Norma 2000/1) e da Norma 2000/20 da Gestão Orçamental e Financeira.
As declarações financeiras apresentadas segundo o Método de Caixa Modificado são as seguintes:
a. Resumos de Receitas ao Fundo Consolidado, representando receitas orçamentadas e
concretas para o ano
b. Resumos de Despesas de Todo o Governo por Categoria de Dotação, Funções e Sectores
c.

Declaração de Dotação

d. Detalhes de Receitas
e. Detalhes de Despesas por item para categorias de Salários e Vencimentos, Bens e Serviços,
Capital Menor e Capital e Desenvolvimento
f.

Rendimentos e Declaração de Despesas para Contas do Tesouro, EDTL e Instituto Público
de Gestão de Equipamentos

g. Declaração de Negócios de Contas do Tesouro, EDTL e Instituto Público de Gestão de
Equipamentos
Outras Declarações incluem:
a. Declaração de Receitas e Despesas para Contas da EDTL, Aviação, Portos e Instituto
Público de Gestão de Equipamentos
b. Declaração Consolidada de Receitas e Pagamentos para Projectos do Fundo Especial

21

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

c.

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

Resumo e Declarações Detalhadas de Transferências

d. Declaração de Reservas de Contingência
2.3

Na base deste método de caixa modificado, as declarações financeiras incluem uma Declaração de
Negócios. A Declaração de Negócios em 30 de Junho de 2007 foi preparada para incluir apenas os
activos considerados activos financeiros do Governo da República Democrática de Timor-Leste. O
Dinheiro e os Equivalentes a Dinheiro incluem o dinheiro tido em vários bancos, saldos financeiros
junto dos distritos, embaixadas e instituições como avanços, avanços para embaixadas e fundos de
maneio, respectivamente, e saldos junto da UNOPS.

2.4

As existências de bens de consumo e outros activos tidos nas Existências Não Afectadas do
Governo em 30 de Junho de 2007 foram avaliados a preço de custo. O valor derivado das
existências foi transportado como saldo de abertura para o ano fiscal de 2006/2007, As existências
não afectadas perdidas por roubo ou destruição serão amortizadas no período contabilístico
seguinte com base na decisão do governo.

2.5

As declarações financeiras foram preparadas num conceito de ‘toda a entidade’, através do qual
todas as receitas e despesas são consolidadas nas contas do Governo. Estas declarações
financeiras são preparadas em separado da conta do Tesouro e de Todo o Governo (incluindo
Aviação e Portos Marítimos) na qual as transacções entre instituições são consolidadas. O Fundo
Fiduciário e os Fundos Bilaterais não são incluídos nas contas de Todo o Governo.

2.6

As declarações financeiras não incluem quaisquer custos com benefícios para empregados uma vez
que o Governo ainda não adoptou qualquer esquema de pensões ou de reformas e que segundo os
contratos de emprego relevantes não são transportados quaisquer direitos referentes a licenças.
Para os efeitos do método de caixa modificado e na ausência de uma base contabilística plena de
acumulações, não foi feita qualquer provisão ou nota relativamente a qualquer obrigação
contingente para o governo derivada de custos com pensões ou reformas referentes a serviços
passados, aquando do estabelecimento de um esquema numa data futura.

2.7

A República Democrática de Timor-Leste continuou a ser uma economia predominantemente
baseada no dinheiro durante o ano fiscal em referência. As transacções em moeda estrangeira são
convertidas para o dólar americano (a moeda oficial da Administração) à taxa vigente na data da
transacção. Não se registaram quaisquer ganhos ou perdas materiais durante o ano.

22

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

4.3 Notas à Balanço
1. Dinheiro e Equivalentes a Dinheiro
Representa a soma total de todos os dinheiros do Governo de Timor-Leste, independentemente da fonte ou local
de depósito.
1a. Conta do Tesouro
Este é o dinheiro tido nas Contas do Tesouro do Fundo Consolidado de Timor-Leste junto da Autoridade
Bancária e de Pagamentos - o agente fiscal e o principal banqueiro do Governo - e de outros locais do
Governo.

2007
US$’000

Conta do Tesouro
Saldo tido na Autoridade Bancária e de Pagamentos
Avanços e Fundos de Maneio tidos pelas Instituições e
pelos Distritos
Avanços às Embaixadas
Total

2006
US$’000

228,225

94,580

1,319

320

399

313

229,943

95,213

1b. Conta de Avanços do Gabinete das Nações Unidas para Serviços de Projectos (UNOPS)
Representa o saldo pendente por pagar, independentemente do estado de obrigação, pelo Gabinete das
Nações Unidas para Serviços de Projectos (“UNOPS”) de acordo com as Trocas de Cartas (TDCs) entre a
UNOPS e o Governo.
1c. Dinheiro tido em Outros Bancos
Representa o dinheiro dos três departamentos, nomeadamente a Electricidade de Timor-Leste (EDTL), os
Serviços da Aviação Civil e os Serviços dos Transportes Marítimos, funcionando numa base de retenção
de receitas, e também dos fundos fora do orçamento de Timor-Leste doados para projectos e programas
específicos numa base abaixo da linha, de acordo com a Norma 2001/13 sobre Gestão Orçamental e
Financeira. Representa os fundos especiais tidos em bancos comerciais e geridos pelo Tesouro.

Dinheiro tido em Outros Bancos

2007
US$’000

2006
US$’000

Dinheiro mantido pela Aviação Civil

1,932

2,006

Dinheiro mantido pela Autoridade Portuária
Dinheiro Mantido pela EDTL
Fundos Especiais
Avanços de Capital para o PDL
Total

23

3,949

3,857

19,620

14,125

4,459

1,087

190

190

30,150

21,265

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS - DIRECÇÃO NACIONAL DO TESOURO

RELATÓRIO FINANCEIRO ANUAL E CONTAS 2006 - 2007

2. Investimentos
Os investimentos do Governo representam os fundos dotados segundo a Norma 2001/19 para serem
transferidos para a Autoridade Bancária e de Pagamentos com o objectivo de capitalizar a Autoridade Monetária
de Timor-Leste, a instituição precursora de um Banco Central de Timor-Leste totalmente operacional. A
contabilidade separada dos fundos de capitalização reconhece os requisitos da Norma que estabelece a
Autoridade Bancária e de Pagamentos como uma entidade autónoma, separada e distinta.

2006/07
US$' 000

2005/06
US$' 000

Saldo de Abertura
Transferências de Dinheiro durante o ano
Activos Fixos Transferidos durante o ano

18,227
-

7,727
10,500
-

Valor de Capitalização Final - 30 de Junho de
2007

18,227

18,227

Investimentos

Os investimentos incluem também as comparticipações do Governo na Timor Telecom.

2006/07
US$' 000

2005/06
US$' 000

Saldo de Abertura
Transferências de Dinheiro durante o ano
Activos Fixos Transferidos durante o ano

1,176
-

1,176
-

Valor de Capitalização Final - 30 de Junho de
2007

1,176

1,176

Investimentos na Timor Telecom

3. Existências - Materiais e Equipamentos Perecíveis
Representa o valor contabilístico do saldo de existências de fornecimentos comuns (Existências não Afectadas)
tidos em 30 de Junho de 2007, As existências estão sob a custódia da Unidade de Gestão de Fornecimentos e
Inventários do Ministério do Plano e das Finanças, para serem usadas e administradas após a sua emissão por
parte de todas as instituições do governo, contra os respectivos orçamentos destas instituições. Durante o ano
financeiro anterior registaram-se perdas de existências em virtude de roubos e danos. O valor contabilístico das
existências será transportado como saldo de abertura do período contabilístico subsequente, sendo então
amortizado na medida decidida pelo governo.

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4. Fundo Consolidado de Timor-Leste
O Fundo Consolidado de Timor-Leste, conforme descrito em baixo, é o excesso das receitas sobre os
pagamentos (incluindo o saldo financeiro de abertura em 1 de Julho de 2006) e o ajustamento líquido em relação
ao período anterior.

2006/07
US$' 000

Fundo Consolidado de Timor-Leste
Saldo de Abertura
Receitas durante o ano
Pagamentos durante o ano
Ajustes do período anterior
Transferências to Fundo Petrolífero
Transferências a partir do Fundo Petrolífero
Excedente Retido no Final do Ano

2005/06
US$' 000

88,267
58,733
(262,373)
12,050
260,068

265,871
63,299
(115,966)
63
(125,000)
-

156,746

88,267

5. Reservas de Capital
Representa o valor dos activos físicos transferidos pelo Governo para a Autoridade Bancária e de Pagamentos.
Os activos transferidos para a ABP juntamente com as transferências de dinheiro feitas até aqui têm sido
apresentados como Investimentos (nota 2). Uma vez que só os activos financeiros foram capturados na
Declaração de Negócios, foi criada uma Reserva de Capital com o intuito de reflectir os activos físicos
transferidos para a ABP como uma injecção de capital.

6. Fundos Especiais
Os ‘Fundos Especiais’ foram estabelecidos de acordo com o requisito das Normas 2000/20 e 2001/13 de Gestão
Orçamental e Financeira, com vista a capturar e reportar os fundos de todo o governo. A segregação desses
fundos a partir do Fundo Consolidado de Timor-Leste denota a natureza visada especial dos fundos doados por
parceiros de desenvolvimento bilaterais ou multilaterais, sendo as despesas numa base fora do orçamento como
fundos do Governo abaixo da linha consistentes com os mecanismos estabelecidos pelos parceiros de
desenvolvimento e pela instituição de implementação mediante o parecer do Tesoureiro.

7. Outros Passivos (Contas a Pagar)
Representa o custo do capital e dos aprovisionamentos para construção, bem como de aprovisionamentos para
outros bens, comprometidos através dos serviços de aprovisionamento do Governo mas para os quais a entrega
ou pagamento dos bens correspondentes não tenham estado concluídas em 30 de Junho de 2007, A revelação
de Outros Passivos como um item separado na Declaração de Negócios em 30 de Junho de 2007 representa o
método de caixa modificado adoptado pelo Governo segundo as suas convenções estabelecidas para fins de
controlo orçamental e para a cobrança de obrigações específicas contra o orçamento do ano fiscal ao qual a
despesa contingente diz respeito.
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