2010-08-27 PF Annual Report 2009 Pt Part 2 - Ano I

FUNDO PETROLÍFERO DE TIMOR-LESTE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
EXERCÍCIO FINDO EM
31 de Dezembro de 2009

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Relatório anual para o exercício findo em
31 de Dezembro de 2009

Conteúdo

Página

Relatório da Administração

1

Relatório de Auditoria

3


Demonstração Detalhada dos Resultados

5

Balanço

6

Demonstração das Alterações do Capital

7

Demonstração dos Fluxos de Caixa

8

Notas às Demonstrações Financeiras

9


Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Relatório da Administração
31 de Dezembro de 2009
ANTECEDENTES
A Lei do Fundo Petrolífero N. º 9 / 2005 foi promulgada em 03 de Agosto de 2005 e estabeleceu o Fundo Petrolífero de
Timor-Leste. A Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP), que exerce as funções de Banco Central em Timor-Leste, é
responsável pela gestão operacional do Fundo, de acordo com um Contrato de Gestão, de 12 de Outubro de 2005,
celebrado entre o Ministério das Finanças e a ABP. A ABP é também responsável pela manutenção dos livros
contabilísticos do Fundo em nome do Director do Tesouro.
Um contrato de gestão, incluindo a revisão de um novo mandato de investimentos, entre o Ministério das Finanças e a
ABP foi assinado em 25 de Junho de 2009. Adicionalmente, o Banco para os Pagamentos Internacionais (BPI), foi
nomeado como gestor externo do Fundo. A Gestão Interna da ABP administraria 80% da carteira global, enquanto
competiria ao BPI a gestão dos restantes 20% da carteira global.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Conforme o artigo 21º da Lei do Fundo Petrolífero, as demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com
Normas Internacionais de Demonstrações Financeira (NIDF). As demonstrações são as seguintes:
Demonstração Detalhada dos Rendimentos,
Balanço Patrimonial,
Demonstração das Alterações de Capital,
Demonstração dos Fluxos de Caixa; e

Notas às Demonstrações Financeiras
Estas demonstrações financeiras compreendem o período de 01 de Janeiro de 2009 a 31 de Dezembro de 2009.
As contas e as demonstrações financeiras foram auditadas pela Deloitte, Touche & Tohmatsu cujo parecer de auditoria
está anexado às demonstrações financeiras nas páginas 5-21.
CAPITAL DO FUNDO PETROLÍFERO
O capital do Fundo Petrolífero era de USD 4.197 bilhões em 01 de Janeiro de 2009. Durante o período, as taxas e outras
receitas do petróleo nos termos do artigo 6 º do Fundo Petrolífero ascenderam a USD 1.660 bilhões. As receitas do Fundo
no período foram de 31.465 mil dólares dos EUA. A conta "Declaração das Alterações de Capital" fornece um resumo
das transacções efectuadas.
Foram transferidos do Fundo Petrolífero para a Conta Geral do Estado, durante o período, USD 512,00 milhões. O capital
do Fundo Petrolífero, em 31 de Dezembro de 2009 era de USD 5.377 milhões. Um resumo das operações encontra-se na
conta "Declaração das Alterações de Capital".
NORMAS DE REFERÊNCIA E DESEMPENHO
Resumo das Normas de Referências
Gestão Interna da ABP (80% da carteira global)

Governo E.U. 0-5 anos 100,0%
Banco para os Pagamentos Internacionais (20% da carteira global)

Governo E.U. 0-5 anos 52,0%


Governo E.U. 10/05 anos 10,0%

Governos / organizações supranacionais AAA USD 13,0%

Governos / organizações supranacionais USD AA 7,0%

Governo Australiano de 7,0%

Governos da zona Euro 7,0%

Reino Unido - ouro 2,0%

Governo do Japão 2,0%
Execução
De acordo com o artigo 24.1 (a) do Fundo Petrolífero e as disposições do Contrato de Gestão, os activos do Fundo
Petrolífero, foram investidos em instrumentos mandatados durante o ano. A lista de instrumentos, detidos em 31 de
Dezembro de 2009 consta da nota 9. A exposição de crédito por notação de crédito consta da nota 14 (c) e a classificação

1


Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Demonstração das Receitas Globais
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009

_________________________________________________________________________
Demonstração das Receitas Globais
Nota
Receitas de investimento:
Juros de investimentos
Ganhos e perdas em investimentos:
Ganhos / perdas sobre justo valor de activos de ganhos e perdas
Ganhos / (perdas) cambiais líquidos
Outras receitas de investimento
Total das receitas / (perdas) de investimento

177.132.573

115969.341


6

(143.235.827)

107.692.562

155.662
24.806
34.077.214

223.661.903

(2.611.703)

(1.053.088)

(2.611.703)

(1.053.088)


31.465.511
-

222.608.815
-

31.465.511

222.608.815

9(b)

Total de despesas
Lucro / (perda) para o ano
Outras receitas detalhadas
Total das receitas detalhadas

Dez 08
USD


4

Despesas:
Taxa de Administração

Dez 09
USD

A declaração das receitas detalhadas acima referida deve ser lida em conjunto com as políticas e as notas
constantes das páginas 9-25.

5

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Folha de Balanço
em 31 de Dezembro de 2009
________________________________________________________________________
Dez 09
USD


Dez 08
USD

3.161.653
32.243.875
5.341.220.031

634.535
22.405.960
4.173.931.238

Activos totais

5.376.625.559

4.196.971.733

Activo Líquido

5.376.625.559


4.196.971.733

Capital
Capital

5.376.625.559

4.196.971.733

Capital Total

5.376.625.559

4.196.971.733

Nota
Activos
Caixa e equivalentes de caixa
Juros a receber

Ganhos / perdas sobre justo valor de activos de ganhos e perdas

8
5
6,10

O balanço acima deve ser lido em conjugação com as políticas e notas nas páginas 9-25.

6

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Demonstração das Alterações do Capital
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009

_________________________________________________________________________
Nota

Capital no início do ano

Dez 09
USD

Dez 08
USD

4.196.971.733

2.086.157.085

Transferências para o Fundo Petrolífero (nos termos do artigo 6 º da Lei
do Fundo Petrolífero)

7

1.660.299.285

2.284.231.607

Receitas do Fundo Petrolífero bruto

7

5.857.271.018

4.370.388.692

(512.000.000)

(396.000.000)

(110.970)

(25.774)

Total das receitas globais

00031.465.511

222.608.815

Capital no final do ano

5.376.625.559

4.196.971.733

Transferências para o Fundo Consolidado (nos termos do artigo 7 º da
Lei do Fundo Petrolífero)
Reembolsos de impostos (nos termos do artigo 10º da Lei do Fundo
Petrolífero)

7

A declaração de alterações de capital acima deve ser lida em conjunto com as políticas e notas constantes das
páginas 9-25.

7

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Demonstração dos Fluxos de Caixa
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
_________________________________________________________________________
Nota

Dez 09
USD

Fluxos de caixa das actividades de capitalização
Receitas do Fundo Petrolífero
Transferências para o Fundo Consolidado
Reembolsos de impostos

Dez 08
USD

1.660.299.285
(512.000.000)
0000110.970)

2.284.231.607
(396.000.000)
00000(25.774)

Entrada/saída líquidas de caixa de actividades de capitalização

7

1.148.188.315

1.888.205.833

Fluxos de caixa das actividades de investimento
Produto da venda de investimentos
Aquisições de investimentos

6
6

4.266.587.757
(5.577.112.377)

2.722.472.230
(4.713.933.757)

(1.310.524.620)

(1.991.461.527)

167.294.658
(2.611.703)
00000024.806

104.296.681
(1.053.088)
0000000000-

0164.707.761

0103.243.593

Aumento líquido / (diminuição) em caixa e equivalentes de caixa

0002.371.456

0000(12.101)

Caixa e equivalentes de caixa no início do ano
Efeitos de variações cambiais sobre caixa e equivalentes de caixa

634.535
00000155.662

646.636
0000000000-

00003.161.653

00000634.535

Entrada/saída líquidas de caixa de actividades de investimento
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Juros recebidos
Despesas operacionais pagas
Outras receitas operacionais recebidas
Entrada/saída líquidas de caixa de actividades operacionais

Caixa e equivalentes de caixa no final do ano

18

8

A declaração acima deve ser lida em conjugação com as políticas e as notas constantes das páginas 9-25.

8

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________

Resumo
Notas
Páginas
1. Informações Gerais ...................................................................................................................................................... 9
2. Adopção das versões novas e revistas das Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS) .............................. 9
3. Principais Políticas Contabilísticas ............................................................................................................................ 12
4. Receita de Juros ......................................................................................................................................................... 15
5. Juros a receber ........................................................................................................................................................... 15
6. Activos Financeiros ................................................................................................................................................... 16
7. Receitas de Capital e Pagamentos do Fundo Petrolífero ........................................................................................... 16
8. Caixa e Equivalentes de Caixa .................................................................................................................................. 17
9. Transacções com Partes Relacionadas ....................................................................................................................... 17
10. Activos Financeiros valorizados através da conta de ganhos e perdas .................................................................... 18
11. Estimativas e pressupostos essenciais ...................................................................................................................... 20
12. Gestão de Risco ....................................................................................................................................................... 20
13. Risco Operacional.................................................................................................................................................... 21
14. Risco de Crédito ...................................................................................................................................................... 21
15. Risco de Taxa de Juros ............................................................................................................................................ 23
16. Risco Cambial.......................................................................................................................................................... 23
17. Risco de Liquidez, de Capital e de Mercado ........................................................................................................... 24
18. Reconciliação dos Fluxos Financeiros Líquidos com Demonstração de Excedentes Operacionais ........................ 25

1. Informações Gerais
O Fundo Petrolífero de Timor-Leste (o ‘Fundo Petrolífero’) foi criado nos termos da Lei do Fundo Petrolífero N. º 9 /
2005 da República Democrática de Timor-Leste promulgada a 3 de Agosto de 2005.
Nos termos do artigo 139 da Constituição da República, os recursos petrolíferos são propriedade do Estado e devem
ser utilizados de forma justa e equitativa, de acordo com os interesses nacionais, tendo as receitas dele derivadas
levado à criação de reservas financeiras obrigatórias. O Fundo Petrolífero constitui um meio para contribuir para a
gestão prudente dos recursos petrolíferos para benefício das gerações actuais e futuras e uma ferramenta que contribui
para uma política fiscal sólida em que é dada atenção e importância adequada aos interesses de longo prazo dos
cidadãos de Timor-Leste. O Fundo Petrolífero está integrado no orçamento do Estado.
A Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste (ABP), com sede na Avenida Bispo Medeiros, Díli, TimorLeste, é responsável pela gestão operacional do Fundo Petrolífero e é o proprietário legal de todos os activos do
Fundo Petrolífero. A gestão do Fundo Petrolífero é feita de acordo com um Contrato de Gestão celebrado entre o
Ministério das Finanças e a ABP.
Os resultados financeiros e os saldos constantes destas demonstrações financeiras não foram arredondados.
A publicação destas demonstrações financeiras foi autorizada pelo Director do Tesouro em 30 de Junho de 2010.

2. Adopção das versões novas e revistas das Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS)
2.1 Normas e Interpretações que afectam os valores reportados no período corrente
As seguintes normas e as interpretações nas suas novas e revistas versões foram adoptadas no período em curso, tendo
influenciado os valores constantes destas demonstrações financeiras. Os detalhes de outras Normas e Interpretações
adoptadas nestas demonstrações financeiras, mas que não tiveram qualquer efeito sobre os valores declarados constam
do ponto 2.2.
Normas afectando a apresentação e divulgação
IAS 1 (tal como revista em 2007) Apresentação
de Demonstrações Contabilísticas

IAS 1 (2007) introduziu alterações de terminologia (incluindo
denominações revistas para o exercício e alterações no
formato e conteúdo das demonstrações financeiras).

Melhorar a Divulgação de Instrumentos
Financeiros (Emendas à IFRS 7 Instrumentos
Financeiros: Divulgação)

As alterações à IFRS 7 ampliam as divulgações necessárias
em matéria de mensuração do valor justo e o risco de liquidez.

9

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________

2. Adopção das versões novas e revistas das Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS)
(Contínuo)
2.2 Normas e Interpretações adoptadas sem efeito sobre as demonstrações financeiras
As seguintes normas e interpretações nas suas novas e revistas versões foram também adoptadas nestas
demonstrações financeiras. A sua aprovação não teve qualquer impacto significativo sobre os montantes apresentados
nestas demonstrações financeiras, mas pode afectar a contabilidade de operações futuras ou convénios.
Alterações resultantes dos melhoramentos anuais introduzidos nas IFRS em Maio 2008
Emendas à IFRS 1 Adopção pela Primeira
Vez das Normas Internacionais de
Reporte
Financeiro
e
IAS
27
Demonstrações Financeiras Consolidadas
e Separadas - Custo de um Investimento
numa
Subsidiária,
Entidade
Conjuntamente Controlada ou Associada

As alterações tratam da mensuração do custo dos investimentos
em subsidiárias, entidades controladas e associadas quando
apliquem as IFRSs pela primeira vez com o reconhecimento da
receita de dividendos de filiais nas demonstrações financeiras
separadas de uma empresa-mãe.

Emendas à IFRS 2 Pagamento com Base
em Acções - Condições de Concessão e
cancelamento.

As alterações clarificam a definição das condições de concessão,
para efeitos da IFRS 2, introduzem o conceito de condições de
"recusa de concessão" e clarificam o tratamento contabilístico dos
cancelamentos. As alterações a esta norma não tiveram qualquer
impacto material nas demonstrações financeiras

Alterações à IFRS 5 - Activos Não
Correntes Detidos para Venda e Cessação
de Unidades Operacionais (adoptado
antes da data efectiva de 1 de Janeiro de
2010)

As alterações requerem que as divulgações nestas demonstrações
financeiras devam ser modificadas para reflectir a clarificação do
Conselho Internacional das Normas de Contabilidade (como parte
das melhorias para as IFRS (2009) que os requisitos de
divulgação noutras normas do IFRS 5 não se apliquem
geralmente a activos não correntes classificados como detidos
para venda e operações descontinuadas. As alterações a esta
norma não tiveram qualquer impacto material nas demonstrações
financeiras

IFRS 8 Segmentos Operacionais

IFRS 8 é uma norma que introduz novas designações aos
segmentos reportáveis. Nenhum impacto material sobre as
demonstrações financeiras

Emendas à IAS 20 - Contabilização dos
Subsídios do Governo e Divulgação de
Apoios do Governo

Como parte dos melhoramentos introduzidos nas IFRS (2008), a
IAS 20 foi alterada para exigir que a concessão de um
empréstimo do governo a uma taxa de juros inferior à do mercado
seja tratado como um subsídio do governo. Esse tratamento
contabilístico não era permitido antes destas alterações. As
alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material
nas demonstrações financeiras

IAS 23 (revista em 2007) Custos de
Empréstimos Obtidos

A principal mudança nesta norma foi o de eliminar a
possibilidade de cobrir todos os custos de empréstimos quando se
verifiquem. As alterações a esta norma não tiveram qualquer
impacto material nas demonstrações financeiras

Emendas à IAS 32 Instrumentos
Financeiros: Apresentação e à IAS 1
Apresentação
das
Demonstrações
Financeiras - Instrumentos financeiros
com uma opção de obrigações decorrentes
de liquidação

A revisão da IAS 32 altera os critérios de classificação para a
relação dívida / capital próprio, permitindo que certos
instrumentos financeiros e instrumentos (ou componentes de
instrumentos) que impõem à entidade uma obrigação de entregar
à outra parte uma porção proporcional dos activos líquidos da
entidade apenas em caso de liquidação, seja classificada como
capital próprio, desde que se verifique a ocorrência de critérios
específicos.

Emendas à IAS 38 Activos Intangíveis

Como parte dos melhoramentos introduzidos nas IFRS (2008), a
IAS 38 foi alterada para indicar que uma entidade poderá
reconhecer um activo para pagamento das despesas de

10

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
publicidade ou promoção desde que a entidade tenha o direito de
acesso aos bens adquiridos ou de receber os serviços. As
alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material
nas demonstrações financeiras
Emendas à IAS 39 - Instrumentos
Financeiros:
Reconhecimento
e
Mensuração - Itens de cobertura elegíveis

As alterações clarificam dois aspectos da contabilidade de
cobertura: identificar a inflação como um risco coberto ou parte e
cobertura através de opções. As alterações à IAS 39 permitem,
em circunstâncias muito limitadas, que uma entidade possa
reclassificar activos financeiros não derivativos sem ser através
das categorias "justo valor através dos lucros ou prejuízos"
(FVTPL) e "disponíveis para venda (AFS). Essas reclassificações
são permitidas a partir de 1 de Julho de 2008. As reclassificações
de activos financeiros feitos em períodos com início a partir de 1
de Novembro de 2008 só produzirão efeitos a partir da data em
que a reclassificação for feita. As alterações a esta norma não
tiveram qualquer impacto material nas demonstrações financeiras

Derivados Incorporados (Alterações às
IFRIC 9 e IAS 39)

As alterações esclarecem a contabilização de derivativos
incorporados no caso de reclassificação de um activo financeiro
que não seja através da categoria "justo valor através dos ganhos
e perdas», conforme permitido pelas alterações à IAS 39
Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (veja
acima) de Outubro de 2008

IFRIC 13 Programas de Fidelização de
clientes

A adopção do IFRIC 13 não teve qualquer impacto material nas
demonstrações financeiras

IFRIC 15 Acordos para a Construção
Imobiliária

A Interpretação aborda o modo como as entidades devem
determinar se um acordo para a construção imobiliária se
encontra dentro do âmbito da IAS 11 Contratos de Construção ou
da IAS 18 Receitas e quando as receitas provenientes da
construção de imóveis devam ser aceites . Os requisitos não
tiveram impacto material nas demonstrações financeiras

IFRIC 16 Protecção de um Investimento
Líquido numa Operação Estrangeira

A Interpretação fornece directrizes detalhadas sobre os requisitos
para a protecção de investimento líquido para determinadas
denominações contabilísticas de cobertura.

Melhoramentos introduzidos nas IFRS
(2008)

Para além das mudanças que afectam os montantes constantes das
demonstrações financeiras descritas no ponto 2.1, as melhorias
conduziram a uma série de mudanças nos pormenores das
políticas contabilísticas do Grupo - algumas das quais consistiram
apenas em mudanças na terminologia e outras, apesar de serem
de fundo, não tiveram efeito significativo sobre os montantes
reportados. A maioria destas alterações foi aplicada a partir de 1
de Janeiro de 2009

2.3 Normas e interpretações em casos ainda não adoptadas
A administração ainda não teve a oportunidade de avaliar o potencial impacto da adopção de normas e interpretações
em discussão e que ainda não se encontram em vigor.
A administração do Fundo prevê que estas alterações serão adoptadas nas demonstrações financeiras do Fundo,
conforme descrito abaixo:
Norma / Interpretação

Data Efectiva
(início previsto)

Início previsto de
aplicação.
Exercício a
terminar em

Melhorias à IFRS (2008)

1 Julho 2009

1 Janeiro 2010

Julho 2009, Janeiro
e Julho 2010

I Janeiro 2010 e 1
Janeiro 2011

Melhorias às IFRSs (2009)

11

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
IFRS 2: Pagamentos baseados em participações – Alterações relativas a
transacções com pagamentos baseados em participações e numerário de
grupo

1 Janeiro 2010

1 Janeiro 2010

IFRS 3: (revisto em 2008) Combinações de negócios e consequentes
ajustamentos de outras normas

1 Julho 2009

1 Janeiro 2010

IFRS 9: Instrumentos Financeiros - Classificação e Mensuração

1 Janeiro 2013

1 Janeiro 2013

Alterações à IAS 7 Demonstração de Fluxos de Tesouraria (adoptado
antes da data de entrada em vigor de 1 de Janeiro de 2010)

1 Janeiro 2010

1 Janeiro 2010

IAS 24 Divulgação das Partes Relacionadas - definição revista de Partes
Relacionadas

1 Janeiro 2011

1 Janeiro 2011

IAS 39 Alterações dos derivados incorporados no processo de
reclassificação dos instrumentos financeiros e itens de cobertura elegíveis

1 Julho 2009

1 Janeiro 2010

1 Fevereiro 2010

1 Janeiro 2011

IFRIC 17 Distribuição de Activos que não sejam de Caixa aos
Proprietários (adoptado antes da data de entrada em vigor de 1 de Julho
de 2009)

1 Julho 2009

1 Janeiro 2010

IFRIC 18 Transferências de activos de clientes (adoptado para as
transferências de activos de clientes recebidos a partir de 1 de Julho de
2009)

1 Julho 2009

1 Janeiro 2010

IFRIC 19 Extinção de passivos financeiros com instrumentos de capital
próprio

1 Julho 2010

1 Janeiro 2011

IAS 32: Alterações relativas à classificação das questões de direitos

3. Principais Políticas Contabilísticas
Declaração de Conformidade
Nos termos do artigo 21 da Lei do Fundo Petrolífero, as demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com
Normas Internacionais de Demonstrações Financeira (IFRS), que compreendem as Normas e Interpretações
aprovadas pelo Conselho Internacional das Normas de Contabilidade (IASB) e as Normas Internacionais de
Contabilidade e as interpretações do Comité Permanente de Interpretações aprovadas pelo Comité Internacional das
Normas de Contabilidade (IASC) que permaneciam em vigor na data do balanço contabilístico do Fundo Petrolífero.
Base de Preparação
As demonstrações financeiras são apresentadas em dólares dos Estados Unidos. Foram preparadas com base no custo
histórico, excepto no que se refere à reavaliação de determinados instrumentos financeiros.
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as normas internacionais de contabilidade requer
que a administração tome decisões e faça estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas e dos
montantes de activos, passivos, receitas e despesas reportados. As estimativas e pressupostos associados são baseados
na experiência histórica e noutros factores tidos como razoáveis, nas circunstâncias decorrentes e cujos resultados
constituem a base para a tomada de decisões sobre o valor contabilístico dos activos e passivos que não sejam
imediatamente evidentes a partir de outras fontes. Os resultados reais podem variar a partir destas estimativas.
As estimativas e pressupostos subjacentes são revistos numa base contínua. As revisões de estimativas contabilísticas
são aceites no período em que a estimativa é revista, caso a revisão afecte apenas esse período, ou no período da
revisão e em períodos futuros caso a revisão afectar períodos actuais e futuros.
Na nota 11 são discutidas as decisões tomadas pela gestão na aplicação das normas internacionais de contabilidade
com efeitos significativos nas demonstrações financeiras e estimativas e com um risco significativo de ajustamento
material no ano seguinte.
O Fundo Petrolífero aplicou, sistematicamente, as políticas contabilísticas. O Fundo Petrolífero adoptou as IFRSs em
vigor na data do balanço contabilístico.
O Fundo Petrolífero não é obrigado a apresentar a informação por segmentos.
O balanço apresenta os activos e passivos por ordem crescente de liquidez e não distingue entre itens correntes e não
correntes.

12

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
As políticas contabilísticas principais são indicadas a seguir.
(a) Conversão de moeda estrangeira
(i) Moeda funcional e de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras do Fundo Petrolífero são medidos e apresentados em dólares dos
Estados Unidos, sendo a moeda oficial da República Democrática de Timor-Leste.
(ii) Transacções e saldos
As transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes
nas datas das transacções. Os ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transacções e da conversão
das taxas de câmbio de activos e passivos monetários no final do exercício e denominados em moedas estrangeiras
são reconhecidos na demonstração detalhada da alteração.
(b) Instrumentos financeiros
(i) Classificação
Investimentos
A forma como o Fundo Petrolífero é gerido consta do anexo 1 do Contrato de Gestão entre a Autoridade Bancária e
de Pagamentos e o Ministro das Finanças, que estabelece o padrão de referência de desempenho para o Fundo.
A carteira de investimentos do Fundo Petrolífero, sendo gerido e tendo o seu desempenho medido e publicitado em
conformidade com a gestão de riscos documentada e estratégias de investimento, foi, dessa forma, designada pelo
justo valor através dos ganhos e perdas para efeitos contabilísticos.
Juros e outros valores a receber
Os activos financeiros classificados como valores a receber incluem saldos de caixa devido aos intermediários
financeiros pela venda de títulos, valores a receber provenientes de acordos de recompra reversa com um prazo de
vencimento de mais de um dia útil e contas a receber.
Os passivos financeiros que não sejam ao justo valor através de ganhos e perdas incluem saldos a pagar aos
intermediários financeiros para a aquisição de valores mobiliários e contas a pagar.
(ii) Reconhecimento e não reconhecimento
Investimentos
O Fundo Petrolífero reconhece activos e passivos financeiros no seu balanço a partir da data em que o Fundo
Petrolífero se torna parte das disposições contratuais do instrumento. O Fundo Petrolífero procede à compensação de
activos e passivos financeiros se o Fundo Petrolífero tiver um direito legalmente executável para compensar os
montantes referidos e juros e pretenda proceder à respectiva liquidação numa base líquida.
Os investimentos não são reconhecidos quando os direitos a receber fluxos de caixa dos investimentos tenham
expirado ou o Fundo Petrolífero tenha transferido substancialmente todos os riscos e proveitos da posse.
Os passivos financeiros não são reconhecidos quando a obrigação especificada no contrato for satisfeita ou cancelada
ou expirada.
Juros e outros valores a receber
Outras contas a receber e a pagar são reconhecidas numa base de especialização de exercício.
(iii) Mensuração
Investimentos
Os instrumentos financeiros são mensurados inicialmente pelo justo valor.
Os investimentos são designados pelo justo valor através de ganhos e perdas no reconhecimento inicial. Enquanto o
negócio do Fundo Petrolífero for investir em activos financeiros de acordo com um mandato definido, com vista a
lucrar com o retorno total na forma de juros ou aumentos do valor justo, os valores mobiliários cotados e os títulos de
renda fixa são designados pelo justo valor através de ganhos e perdas no reconhecimento inicial.
O Fundo Petrolífero gere e avalia o desempenho destes investimentos numa base de justo valor, de acordo com seu
mandato de investimento, com informações sobre o desempenho dos investimentos e os seus objectivos de referência

13

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
a serem publicados regularmente.
Os activos financeiros designados pelo justo valor através de ganhos e perdas são medidos em datas de reportagem
subsequentes no justo valor, com base no preço de oferta.
As alterações no justo valor destes investimentos (incluindo as perdas por redução do valor recuperável e de ganhos e
perdas cambiais) são reconhecidos na Declaração Detalhada de Rendimentos até que o activo financeiro deixe de ser
reconhecido.
Juros e outros valores a receber
Outras contas a receber não acarretam juros, sendo de curto prazo por natureza e, portanto, são registadas pelo seu
valor nominal, considerando as tolerâncias adequadas para a previsão de valores incobráveis.
(iv) Redução do valor recuperável
Os activos financeiros que sejam lançados pelo custo ou pelo custo amortizado são revistos à data de cada balanço
para determinar se existe evidência objectiva de redução do valor recuperável. Se qualquer indicação existir, uma
perda por redução do valor recuperável é reconhecida na Declaração Detalhada de Rendimentos como a diferença
entre a quantia escriturada do activo e o valor actual estimado dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro
efectiva original.
Se, num período subsequente o montante de uma perda por redução do valor recuperável reconhecido num activo
financeiro escriturado pelo custo amortizado, diminuir e a diminuição possa ser ligada objectivamente a um evento
ocorrido após a escrituração da redução de valor, a redução de valor é estornada através da Declaração Detalhada de
Rendimentos.
(v) Princípios de medição de valor justo
O valor justo dos instrumentos financeiros é baseado nos preços cotados no mercado na data do balanço, sem
qualquer dedução para custos estimados de venda no futuro. Os activos financeiros detidos ou um passivo a ser
emitido são cotados a preços correntes da oferta, enquanto os passivos financeiros detidos e activos a adquirir são
cotados a preços correntes da procura.
(vi) Instrumentos específicos
Caixa e equivalentes de caixa
O caixa inclui os depósitos correntes em bancos. Os equivalentes de caixa são investimentos de curto prazo altamente
líquidos, prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro, estão sujeitas a um risco insignificante de
alterações de valor e são detidos com a finalidade de cumprir os compromissos de caixa a curto prazo e não para
investimento ou para outros fins.
Operações de recompra reversa
Os títulos comprados a coberto de acordos de revenda (acordos de recompra reversos), com prazo de vencimento
superior a um dia financeiro são reportados não como compras de títulos, mas, como valores a receber e são inscritos
no balanço a custo amortizado.
Os juros vencidos sobre os acordos de recompra reversa e juros incorridos em acordos de recompra são reconhecidos
como receita ou despesas de juros com a duração de cada acordo, usando o método do juro efectivo.
(vii) Encargos sobre os activos do Fundo Petrolífero
Não é permitido ao Fundo Petrolífero onerar os seus bens. Em conformidade com o artigo 20º da Lei do Fundo
Petrolífero, qualquer contrato, acordo ou arranjo, na medida em que retenda onerar os bens do Fundo Petrolífero, quer
por meio de garantia, segurança, hipoteca ou qualquer outra forma de oneração, é nula e sem efeito.
(c) Reconhecimento das Receitas do Fundo Petrolífero
A Lei do Fundo Petrolífero exige que determinadas partes depositem impostos e outros pagamentos relacionados com
petróleo, a pagar ao Governo de Timor-Leste directamente no Fundo Petrolífero. O Fundo Petrolífero reconhece estas
e outras transacções como segue:


Os pagamentos efectuados como receitas do Fundo Petrolífero nos termos do artigo 6.1 (a) são creditados
directamente na conta de capital do Fundo Petrolífero.



Os pagamentos feitos pela Autoridade Designada de acordo com o artigo 6.1 (b) são creditados directamente na
conta de capital do Fundo Petrolífero.

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Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
 Os rendimentos auferidos pelo Fundo Petrolífero e provenientes do investimento dos seus activos são
reconhecidos na Declaração Detalhada de Rendimentos, de acordo com o artigo 6.1 (c).


Os honorários de administração pagos a partir das receitas brutas do Fundo Petrolífero nos termos do Artigo 6.2
são reconhecidos na Declaração Detalhada de Rendimentos.



Os reembolsos de impostos nos termos do artigo 10º são apresentados como reduções do capital do Fundo
Petrolífero.

(d) Rendimentos de juros
Os juros são acumulados numa base temporal, em função do capital em dívida e à taxa de juro efectiva aplicável, que
é a taxa que desconta exactamente os recebimentos de caixa futuros estimados através da vida esperada do activo
financeiro que é a quantia escriturada do activo.
(e) Despesas
Em conformidade com as disposições da Lei do Fundo Petrolífero, todas as despesas do Fundo Petrolífero, não
relacionadas com a compra ou venda de valores mobiliários e reconhecidas no preço de compra ou venda, são
satisfeitas pela Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste, a coberto da taxa de administração.
Em conformidade com o artigo 6.3 da Lei do Fundo Petrolífero, a taxa de administração paga à Autoridade Bancária e
de Pagamentos é reconhecida como uma dedução das receitas brutas do Fundo Petrolífero, embora seja contabilizada
na Declaração Detalhada de Rendimentos do Fundo Petrolífero. As taxas de administração e de desempenho devidos
aos gestores de fundos externos são pagas a partir da taxa de administração pagável à Autoridade Bancária e de
Pagamentos.
As despesas inerentes à aquisição de um investimento são incluídas no custo desse investimento.
As despesas inerentes à alienação de um investimento são deduzidas do produto da alienação do investimento.
(f) Tributação
O Fundo Petrolífero está isento do pagamento de impostos sobre rendimentos, lucros ou ganhos de capital no âmbito
do actual sistema tributário da República Democrática de Timor-Leste.
Os rendimentos do Fundo Petrolífero obtidos em jurisdições estrangeiras estão sujeitos à retenção na fonte cobrada
nessas jurisdições. Se esses rendimentos forem recuperáveis, serão lançados como valores a receber. Se não forem
recuperáveis, o imposto irrecuperável é reconhecido nos ganhos e perdas.

4. Receita de Juros
Foram as seguintes as fontes dos juros durante o exercício:
Dez-09
USD
177,105,772
26,801
177,132,573

Títulos de dívida a juros fixos
Caixa e equivalentes de caixa

Dez-08
USD
115,607,189
362,152
115,969,341

5. Juros a receber
O montante dos juros acumulados na data do balanço foi o seguinte:
Dez-09
USD
32,243,875
32,243,875

Títulos de dívida de juro fixo

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Dez-08
USD
22,405,960
22,405,960

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
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6. Activos Financeiros
As operações em activos financeiros, originados a partir do investimento de novos fundos ou do reajustamento
periódico da carteira de investimentos, são resumidas como segue:
Dez-09
USD

Dez-08
USD

4,173,931,238

2,074,777,149

5,577,112,377
(4,266,587,757)
(143,235,827)
5,341,220,031

4,713,933,757
(2,722,472,230)
107,692,562
4,173,931,238

Justo valor através dos ganhos e perdas
Valor justo no início do ano
Compras ao preço de custo
Receitas das vendas
Ganho líquido ou (prejuízo)
Valor justo dos activos de investimento no final do ano

Não houve perdas por redução do valor recuperável na data do balanço.
O valor contabilístico desses activos aproxima-se o seu justo valor.

7. Receitas de Capital e Pagamentos do Fundo Petrolífero
Conforme artigo 7 º da Lei do Fundo Petrolífero, os únicos débitos autorizados ao Fundo Petrolífero são as
transferências electrónicas a crédito de uma única conta do Orçamento Geral do Estado. O montante total das
transferências do Fundo Petrolífero em cada Ano Fiscal não deve exceder o montante aprovado pelo Parlamento para
cada ano.
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 um total de USD 589,000,000 (31 de Dezembro de 2008 USD 396.100.000), foi aprovado para dotação pelo parlamento a partir do Fundo Petrolífero. Um total de USD
512.000.000 (31 de Dezembro de 2008 - USD 396.000.000) foi transferido do Fundo Petrolífero para a conta do
Orçamento Geral do Estado durante o ano.
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 um total de USD 661.345.525 (31 de Dezembro de 2008 USD 895.822.882) foi recebido no artigo 6.1 (a) - Receitas. Um total de USD 993, 712.960 (31 de Dezembro de 2008
- USD 1.388.408.724) foi recebido no artigo 6.1 (b) - Receitas. Um total de USD 5.240.800 (31 de Dezembro de 2008
- USD Nada) foi recebido no artigo 6.1 (e) - Receitas.
A tabela a seguir apresenta as Receitas de Capital e os Pagamentos do Fundo Petrolífero.

Mês
Janeiro 2009
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Totais

Artigo 6.1(a) Artigo 6.1 (b)
receitas
receitas
131,553,337
84,833,293
39,847,973
64,685,585
56,239,632 167,594,780
45,746,229
87,667,325
22,654,288
89,688,208
48,508,498
89,715,643
49,909,949
33,902,610
39,606,280
68,623,221
71,979,762
68,275,135
54,566,108
70,400,531
52,239,051
81,228,790
48,494,418
87,097,839
661,345,525 993,712,960

Dez-09
USD
Artigo 6.1 (e)
Outras
Para o Fundo Reembolsos
receitas
Consolidado de impostos
TOTAL
216,386,630
5,240,800
109,774,358
(110,970) 223,723,442
- (100,000,000)
33,413,554
- (50,000,000)
62,342,496
- (50,000,000)
88,224,141
83,812,559
108,229,501
140,254,897
- (60,000,000)
64,966,639
- (100,000,000)
33,467,841
- (152,000,000)
- (16,407,743)
5,240,800 (512,000,000)
(110,970) 1,148,188,315

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Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
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Mês
Janeiro 2008
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Totais

Artigo 6.1(a) Artigo 6.1 (b)
receitas
receitas
66,268,241
9,896,825
70,341,211
82,793,739
85,126,474 165,319,180
88,942,387 109,117,746
64,975,502 124,809,268
79,550,769 131,413,035
95,598,715
86,969,071
86,880,451 130,544,828
74,354,399 145,522,331
76,617,217 167,754,062
54,030,310 123,744,891
53,137,207 110,523,748
895,822,883 1,388,408,724

Dec-08
USD
Artigo 6.1 (e)
Outras
Para o Fundo Reembolsos
receitas
Consolidado de impostos
TOTAL
76,165,066
153,134,950
250,445,654
198,060,133
189,784,770
210,963,804
- (60,000,000)
122,567,786
- (40,000,000)
177,425,279
- (40,000,000)
179,876,730
- (80,000,000)
(25,774) 164,345,505
- (80,000,000)
97,775,201
- (96,000,000)
67,660,955
- (396,000,000)
(25,774) 1,888,205,833

8. Caixa e Equivalentes de Caixa
O Fundo Petrolífero investe excedentes de caixa no mercado overnight em bancos ou através de acordos de recompra
reversa. Para efeitos da declaração de fluxos de tesouraria, caixa e equivalentes de caixa são incluídos os seguintes
saldos com prazo de vencimento original de menos de 90 dias:
Dez-09
USD
2,561,653
600,000
3,161,653

Dinheiro em bancos
Acordos de recompra reversa Overnight

Dez-08
USD
234,535
400,000
634,535

O dinheiro em bancos inclui o saldo no Federal Reserve Bank de Nova Iorque, nas contas de recebimentos
identificados mantidas pela ABP em conformidade com o artigo 5.2 da Lei do Fundo Petrolífero.
O valor contabilístico de caixa e equivalentes de caixa aproxima-se do seu justo valor.

9. Transacções com Partes Relacionadas
A parte que detém o controlo supremo do Fundo Petrolífero é a República Democrática de Timor-Leste.
As partes relacionadas são as seguintes:
(a) O governo, conforme estipulado no artigo 11.1 da Lei do Fundo Petrolífero e que é o administrador geral do
Fundo Petrolífero.
O Fundo Petrolífero recebe receitas em nome do governo, conforme divulgado na Nota 3 (c). O governo, através do
Orçamento Geral do Estado, satisfaz as despesas do Fundo Petrolífero, incluindo os honorários de auditoria, que não
sejam abrangidas pela taxa de administração.

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Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
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(b) A Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste é o gestor operacional do Fundo Petrolífero, em
conformidade com o artigo 11.3 da Lei do Fundo Petrolífero.
A taxa de administração cobre a gestão operacional do Fundo Petrolífero, que é realizada pela Autoridade Bancária e
de Pagamentos de Timor-Leste (ABP), em conformidade com as disposições do artigo 11.3 da Lei do Fundo
Petrolífero. A taxa de auditoria, as despesas do Comité de Assessoria de Investimentos e as despesas no âmbito do
Ministério das Finanças, relativos à gestão global do Fundo Petrolífero são satisfeitas directamente do orçamento do
Estado. A taxa de administração paga à ABP para o período teve a seguinte composição:
Dez-09
USD
1,354,000
1,257,703
2,611,703

Despesas operacionais da ABP
Custódia e serviços externos de administração
Total

Dez-08
USD
907,210
145,878
1,053,088

10. Activos Financeiros valorizados através da conta de ganhos e perdas
O justo valor dos activos financeiros exclui os juros acumulados.

Moeda
Notas do Tesouro dos EUA
Títulos do Governo Australiano
Títulos do Governo do Japão
Títulos do Governo Britânico
Outros Títulos de Governos
Europeus
Títulos de outros sectores públicos
do RU
Títulos de outros sectores públicos
do Canadá
Títulos não soberanos dos EUA
Total

Valor Facial das
Unidades
4,714,388,800
83,795,000
1,896,900,000
9,345,597
51,623,531

USD
AUD
JPY
UK
EURO

Dez-09
USD
Valor Justo
4,873,458,634
76,737,157
20,708,716
15,648,269
74,474,638

% de activos
líquidos
91.2
1.4
0.4
0.3
1.4

UK

2,939,929

5,037,475

0.1

USD

2,950,000

3,078,664

0.1

USD

268,616,000
7,030,558,857

272,076,478
5,341,220,031

5.1
100.0

USD
Valor Facial
Títulos do Tesouro dos EUA
Total

3,940,200,000
3,940,200,000

Dez-08
USD
Valor Justo
4,173,931,238
4,173,931,238

% de activos
líquidos
100.0
100.0

Hierarquia de valor justo dos instrumentos de qualificação
Em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 todos os instrumentos financeiros do Fundo Petrolífero
foram classificadas no nível 1 da categoria - avaliados pelos preços cotados no mercados de activos ou bens idênticos.
As técnicas de avaliação utilizados pelo Fundo Petrolífero são explicadas na nota sobre as políticas contabilísticas dos
instrumentos financeiros consoante a Nota 3.

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Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
Programa de Investimentos realizada em 31 de Dezembro de 2009:
Moeda
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
USD
AUD
AUD
AUD
AUD
AUD
AUD
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
EUR
USD
JPY
JPY
JPY
JPY
JPY
JPY
JPY
JPY
EUR
EUR
USD
EUR
GBP
GBP
GBP
GBP
GBP
GBP
USD

ASIA 1.375% 02MAY12
EIB 1.75% 14SEP12
EIB 2.625% 16MAY11
EIB 4.625% 20OCT15
EIB 4.875% 15FEB36
EIB 5.125% 30MAY17
IBRD 7.625% JAN23
KFW 2.00% 17JAN12
KFW 3.125% 15NOV10
KFW 4.125% 15OCT14
NIBCAP 2.80% 02DEC14
Q 4.625% 14MAY18
SFEFR 1.50% 29OCT10
SFEFR 3.375% 05MAY14
ACGB 5.25% 15AUG10
ACGB 5.25% 15MAR19
ACGB 5.75% 15APR12
ACGB 5.75% 15MAY21
ACGB 6.00% 15FEB17
ACGB 6.50% 15MAY13
BKO 1.25% 11MAR11
BPTS 4.50% 01MAR19
BTN 2.50% 12JUL10
BTNS 1.50% 12SEP11
BTPS 3.00% 01MAR12
BTPS 4.00% 01FEB17
BTPS 4.50% 01FEB20
DBR 3.50% 04JUL19
FRTR 4.00% 25OCT38
FRTR 4.25% 25OCT23
ITALY 5.25% 01NOV29
ITALY 5.375% 15JUN33
JGB 0.40% 15APR11
JGB 0.40% 15MAR11
JGB 0.70% 20MAR13
JGB 0.80% 20DEC13
JGB 1.20% 20JUN15
JGB 1.40% 20MAR18
JGB 2.10% 20MAR29
JGB 2.30% 20JUN35
NETHER 3.25% 15JUL15
NETHER 4.00% 15JAN37
QUEBEC 7.5% 15SEP29
SPGB 2.75% 30APR12
UKT 2.25% 07MAR14
UKT 3.25% 07DEC11
UKT 4.00% 07SEP16
UKT 4.50% 07MAR13
UKT 4.75% 07DEC38
UKT 4.75% 07JUN10
US T-NOTE 15DEC10

19

USD
Valor Justo
29,931,000
49,836,400
2,006,515
3,216,467
1,836,985
9,646,069
2,475,048
63,686,424
5,825,332
22,113,714
24,540,000
1,009,058
21,801,556
34,151,910
3,478,224
8,565,559
19,870,293
12,389,696
12,685,062
19,748,323
14,130,636
1,477,539
1,421,970
2,826,594
1,440,910
1,459,696
5,814,485
4,076,153
4,062,594
8,665,557
1,508,294
2,877,483
261,877
5,375,505
2,074,996
3,730,126
314,287
6,237,260
1,725,890
988,775
5,764,507
14,656,286
12,203,560
7,169,416
1,556,694
1,642,633
4,137,236
1,695,073
5,004,829
1,611,804
1,243,922

Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Notas às Demonstrações Financeiras
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
US T-NOTE 15MAY16
USD
17,560,587
US T-NOTE 4.25 NOV14
USD
56,444,651
US TN 0.875% 30APR11
USD
102,391,796
US TN 1.125% 15JAN12
USD
29,971,860
US TN 1.375% 15FEB12
USD
2,808,095
US TN 1.75% 15NOV11
USD
42,953,188
US TN 1.875% 30APR14
USD
380,027,764
US TN 1.875% 30APR14
USD
79,145,679
US TN 2.125% 31JAN10
USD
39,154,497
US TN 2.375% 31OCT14
USD
294,664,806
US TN 2.625% 31JUL14
USD
13,567,500
US TN 2.75% 31OCT13
USD
320,248,891
US TN 2.75% 31OCT13
USD
96,359,174
US TN 2.875% 15FEB19
USD
20,253,750
US TN 3.125% 30APR13
USD
232,859,063
US TN 3.125% 31OCT16
USD
9,874,220
US TN 3.25% 30JUN16
USD
2,707,806
US TN 3.875% 15MAY10
USD
567,198,861
US TN 3.875% 15MAY18
USD
5,027,201
US TN 3.875% 31OCT12
USD
462,760,564
US TN 4.50% 15NOV10
USD
442,379,138
US TN 4.50% 30APR12
USD
473,764,967
US TN 4.625% 31OCT11
USD
597,292,875
US TN 4.75% 15AUG17
USD
9,765,702
US TN 4.875% 30APR11
USD
490,196,977
US TN 7.25% MAY16
USD
7,308,508
US TN 1.00% 31OCT11
USD
60,445,550
ONT 4.10% 16JUN14
USD
3,078,664
UK TREAS 5.0% MAR25
GBP
5,037,475
Total
5,341,220,031

11. Estimativas e pressupostos essenciais
O Fundo Petrolífero realiza estimativas e pressupostos que afectam os valores reportados dos activos e passivos. As
estimativas são continuamente avaliadas com base na experiência histórica e outros factores, incluindo as expectativas
de eventos futuros considerados como razoáveis nas circunstâncias decorrentes.
Sempre que possível, as estimativas utilizam dados observáveis. No entanto, áreas tais como o risco de crédito,
volatilidades e correlações requerem que a administração proceda a estimativas. Mudanças nos pressupostos sobre
esses factores poderiam afectar o valor justo dos instrumentos financeiros relatados.
Foram tomadas decisões quanto ao facto de determinadas operações terem que ser reconhecidas como capital ou
rendimento. A base para essas decisões é descrita na Nota 3 (c).

12. Gestão de Risco
Estratégia de Investimento
O objectivo do Fundo Petrolífero é cumprir os padrões de referência do seu capital de acordo com o contrato de
gestão e dentro dos limites estabelecidos nos artigos 14º e 15º da Lei do Fundo Petrolífero, relativa a Regras de
Investimentos e Instrumentos de Qualificação.
As Regras prevêem que pelo menos 90% dos montantes no Fundo Petrolífero sejam investidos apenas nos
instrumentos de qualificação, podendo o saldo restante ser investido noutros instrumentos financeiros emitidos no
estrangeiro, que sejam líquidos e transparentes e sejam comercializados num mercado financeiro do mais alto padrão
de regulação.
As Regras exigem ainda que os instrumentos de qualificação sejam:

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