12.8 12.0 Budget: Previous Years | Timor-Leste Ministry of Finance Budget Book 1 PORT

27 Este crescimento supera as estimativas preliminares do crescimento do PIB não-petrolífero em 2011, publicadas no Livro 1 do OGE de 2013, as quais projectavam uma taxa de crescimento real de 10,8. A revisão deveu-se sobretudo a um aumento no nível de despesas de capital por parte do Governo, as quais tinham anteriormente sido subestimadas, e, ainda que menos, a uma redução no défice comercial. O ano de 2012 registou uma redução substancial na taxa de crescimento de despesas governamentais, e em especial um crescimento negativo nas despesas de Capital de Desenvolvimento devido a taxas de execução baixas, o que veio exercer uma pressão descendente sobre o crescimento económico através de um declínio em actividades de construção civil no lado de produção da economia. Para lá disto, outras actividades no sector privado formal não têm sido especialmente fortes, sendo esperadas taxas de crescimento baixas para a produção e para o comércio grossista e de retalho. Todavia, a forte recuperação do sector agrícola em 2012 após uma redução muito acentuada em 2011, juntamente com o elevado crescimento continuado das despesas recorrentes do Governo e do consumo de capital fixo, deverão ter levado a uma taxa elevada de crescimento em 2012, situada um pouco acima dos 8. Gráfico 2.3.2.2.1: PIB Não-Petrolífero entre 2005 e 2012 Fontes: Direcção-Geral de Estatística DGE e Direcção Nacional das Políticas Económicas DNPE Os valores relativos a 2012 são uma estimativa preliminar. Os três sectores amplos apresentados na Tabela 2.3.2.2.1. são o sector primário, que engloba as actividades relacionadas com os bens obtidos da natureza por exemplo agricultura de subsistência e agricultura comercial, silvicultura, pesca, extracção mineira e exploração de pedreiras, o sector secundário, que inclui actividades de construção civil e a produção de bens fabricados, e o sector terciário, composto pela indústria dos serviços privados e públicos. 6.5 -3.2 11.6

14.6 12.8

9.5 12.0

8.2 -6 -4 -2 2 4 6 8 10 12 14 16 200 400 600 800 1,000 1,200 1,400 1,600 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 M ilh õ e s d e d ó lar e s Nominal GDP, Non-Oil Sector millions Real GDP Growth Rate, Non-Petroleum Sector 28 Tabela 2.3.2.2.1: PIB Real, Percentagens dos Sectores na Economia Não-Petrolífera entre 2005 e 2011 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 PIB Não-Petrolífero Real 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Primário 30,0 32,5 28,5 25,1 24,1 21,6 15,9 Secundário 8,2 6,5 9,2 15,5 19,9 19,5 23,3 Terciário 60,7 62,5 61,3 58,4 58,8 59,6 59,4 Mais Impostos menos Subsídios sobre Produtos 1,1 -1,5 1,0 1,0 -2,8 -0,7 1,4 Fontes: Direcção Nacional das Políticas Económicas e Direcção-Geral de Estatística, Ministério das Finanças. Esta tabela mostra que o sector terciário continua a dominar a economia não-petrolífera, com uma fatia de cerca de 60. A fatia do sector primário no PIB não-petrolífero caiu durante os últimos cinco anos, em benefício do sector secundário, cuja fatia aumentou de 6,5 em 2006 para mais de 23 em 2011. Embora tenha descido ligeiramente em 2010, a fatia do sector secundário no PIB não-petrolífero teve uma recuperação espectacular em 2011 e ultrapassou pela primeira vez a fatia do sector primário. Isto pode representar um desenvolvimento positivo para a economia de Timor-Leste, uma vez que a transição do sector primário para o sector secundário é uma característica comum de economias cujos rendimentos estão a aumentar. Ainda assim, é necessário fazer duas notas relativamente a esta evolução no contexto de Timor-Leste. A primeira nota diz respeito às razões subjacentes ao declínio da fatia do sector privado. A segunda nota prende-se com a natureza do aumento da fatia do sector secundário no PIB não-petrolífero. Em Timor-Leste o sector primário é dominado pela agricultura, a qual representa mais de 90 deste sector. A forma comum em como um declínio na fatia do sector privado em benefício do sector secundário ou do sector terciário pode ser visto como um desenvolvimento positivo é quando há um aumento nos níveis do sector secundário ou do sector terciário superior ao aumento nos níveis do sector primário. Isto não parece ter acontecido em Timor-Leste: é certo que houve uma expansão assinalável dos níveis do sector secundário nos últimos cinco anos, porém esta foi acompanhada por um mau desempenho da actividade agrícola. Entre 2006 e 2011, a agricultura que engloba também a silvicultura e as pescas desceu em termos absolutos e a preços – ou volumes – constantes mais de 18, sendo que apenas num ano durante este período se registou um crescimento significativo 2009, quando houve um crescimento de aproximadamente 8. Este declínio ficou a dever-se a más condições atmosféricas. Assim sendo, o crescimento relativo do sector secundário em 2011 parece dever-se em grande medida à má actividade agrícola ao longo dos últimos cinco anos. Por outras palavras, se o crescimento agrícola tivesse acompanhado o crescimento do PIB não-petrolífero, o sector primário teria mantido o seu domínio em relação ao sector secundário. 29 A segunda nota refere-se à natureza do crescimento dentro do sector secundário. Tal como se referiu acima, este sector engloba actividades de produção e de construção civil. Muitos países em vias de desenvolvimento, nomeadamente vários países em vias de desenvolvimento na Ásia em décadas recentes, registaram um aumento no PIB com a expansão de actividades de produção. Em Timor-Leste, porém, a produção representa uma pequena parte da actividade económica, tendo na verdade descido em termos reais entre 2009 e 2011. O crescimento do sector secundário deve-se assim ao aumento nas actividades de construção civil. Esta distinção é importante, já que o crescimento resultante da produção pode ser mantido a médio prazo desde que as indústrias permaneçam competitivas ou desde que surjam novas indústrias, ao passo que o crescimento resultante da construção civil, sobretudo num país pequeno como Timor-Leste e quando financiado em grande medida por despesas governamentais, terá eventualmente de abrandar. Isto implica que para o crescimento continuar forte no futuro é necessário fazer uma transição para outros motores de crescimento. Em particular, o sector privado terá de se tornar a força principal por detrás da actividade económica. Gráfico 2.3.2.2.2: Contribuição por Sector para as taxas de crescimento real do PIB Sector Não-Petrolífero entre 2001 e 2011 Fontes: Direcção Nacional das Políticas Económicas e Direcção-Geral de Estatística, Ministério das Finanças. O Gráfico 2.3.2.2.2 mostra que os dois principais motores de crescimento ao longo dos últi osà i oàa osàfo a àdeàfa toàaà ád i ist açãoàPú li a àeàaà Co st uçãoàCi il ,àas quais foram impulsionadas por despesas governamentais. As outras categorias têm sido 16.3 -6.7 -2.2

0.4 6.5

-3.2 11.6

14.6 12.8