25
Gráfico 2.3.1.1.2: Índice de Preços dos Alimentos entre Junho de 2009 e Junho de 2013
Fonte: Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação FAO
2.3.2: Economia Doméstica
Em Maio de 2013 foram publicadas as Contas Nacionais de Timor-Leste de 2000 a 2011
7
. Esta publicação reflecte o esforço forte por parte do Governo, através do Ministério das
Finanças e da Direcção-Geral de Estatística DGE, em particular, no sentido de providenciar uma série de dados temporais consistentes de 2000 a 2011. As contas Nacionais de 2000 a
2011 apresentam três adições importantes à publicação anterior em 2012. Em primeiro lugar, prolongam a série de 2004 a 2010 até 2000, oferecendo assim ao público mais quatro
anos de dados para as três abordagens de medição do PIB produção, despesas e rendimentos. Em segundo lugar, a existência de novas fontes de estatísticas permitiu à DGE
actualizar a série de 2004 a 2010 e apresentar um retrato mais fiel da economia durante esses anos. Por fim, a publicação oferece os primeiros dados oficiais de contas nacionais
para o ano 2011. Esta secção fornece assim informações com base sobretudo na edição das Contas Nacionais de 2000 a 2011.
2.3.2.1: Produto Interno Bruto Total
As Contas Nacionais de 2000 a 2011 reforçam o facto de que a economia timorense continua muito dependente do sector petrolífero. A Tabela 2.3.2.1.1 mostra que mais de
75 do Produto Interno Bruto PIB em 2011 provem do sector petrolífero.
7
Direcção-Geral de Estatística DGE, 2013. 150.0
160.0 170.0
180.0 190.0
200.0 210.0
220.0 230.0
240.0 250.0
Ju n
-09 Se
p -09
De c-
09 Ma
r- 10
Ju n
-10 Se
p -10
De c-
10 Ma
r- 11
Ju n
-11 Se
p -11
De c-
11 Ma
r- 12
Ju n
-12 Se
p -12
De c-
12 Ma
r- 13
Ju n
-13
26
Tabela 2.3.2.1.1: PIB por Sector, Timor-Leste 2011
PIB em milhões de dólares
Percentagem do total Toda a Economia
4.525,1 100,0
Sector Petrolífero 3.478,4
76,9 Sector Não-Petrolífero
1.046,7 23,1
Fonte: Direcção Nacional das Políticas Económicas e Unidade de Administração do Fundo Petrolífero
Isto pode ser observado em maior detalhe no Gráfico 2.3.2.1.1., que mostra a evolução do PIB a preços constantes por sectores globais petrolífero e não-petrolífero entre 2003 e
2011. Durante 2004, o ano em que arrancou a produção do sector petrolífero, o sector petrolífero ultrapassou o sector não-petrolífero em termos de contribuição para o PIB total.
O domínio do sector petrolífero tornou-se mais acentuado em 2005 e atingiu o pico em 2006. A contracção do PIB não-petrolífero durante esse ano e a maior expansão do sector
petrolífero fizeram com que este último chegasse a representar 87,4 do PIB total. Desde então a contribuição do sector petrolífero estabilizou em torno dos 80 do PIB total.
Gráfico 2.3.2.1.1: PIB Real entre 2003 e 2011, em milhões de dólares
Fonte: Direcção Nacional das Políticas Económicas e Unidade de Administração do Fundo Petrolífero
2.3.2.2: PIB Não-Petrolífero
O Gráfico 2.3.2.2.1 ilustra a evolução do PIB concreto sector não-petrolífero entre 2005 e 2011, mostrando também as projecções preliminares para 2012. Tal como se pode ver no
gráfico, a taxa de crescimento do PIB não-petrolífero tem sido impressionante, registando um valor médio de 12,1 entre 2007 e 2011.
Os dados concretos mais recentes disponíveis revelam que o sector não-petrolífero do PIB atingiu os 1,1 mil milhões de dólares, tendo crescido 12,0 em termos reais desde 2010.
500 1,000
1,500 2,000
2,500 3,000
3,500 4,000
4,500 5,000
2003 2004
2005 2006
2007 2008
2009 2010
2011
M ilh
õ e
s d
e d
ó lar
e s
Real GDP Non-Petroleum Sector m Real GDP Petroleum Sector m
27
Este crescimento supera as estimativas preliminares do crescimento do PIB não-petrolífero em 2011, publicadas no Livro 1 do OGE de 2013, as quais projectavam uma taxa de
crescimento real de 10,8. A revisão deveu-se sobretudo a um aumento no nível de despesas de capital por parte do Governo, as quais tinham anteriormente sido
subestimadas, e, ainda que menos, a uma redução no défice comercial.
O ano de 2012 registou uma redução substancial na taxa de crescimento de despesas governamentais, e em especial um crescimento negativo nas despesas de Capital de
Desenvolvimento devido a taxas de execução baixas, o que veio exercer uma pressão descendente sobre o crescimento económico através de um declínio em actividades de
construção civil no lado de produção da economia. Para lá disto, outras actividades no sector privado formal não têm sido especialmente fortes, sendo esperadas taxas de
crescimento baixas para a produção e para o comércio grossista e de retalho. Todavia, a forte recuperação do sector agrícola em 2012 após uma redução muito acentuada em 2011,
juntamente com o elevado crescimento continuado das despesas recorrentes do Governo e do consumo de capital fixo, deverão ter levado a uma taxa elevada de crescimento em 2012,
situada um pouco acima dos 8.
Gráfico 2.3.2.2.1: PIB Não-Petrolífero entre 2005 e 2012
Fontes: Direcção-Geral de Estatística DGE e Direcção Nacional das Políticas Económicas DNPE Os valores relativos a 2012 são uma estimativa preliminar.
Os três sectores amplos apresentados na Tabela 2.3.2.2.1. são o sector primário, que engloba as actividades relacionadas com os bens obtidos da natureza por exemplo
agricultura de subsistência e agricultura comercial, silvicultura, pesca, extracção mineira e exploração de pedreiras, o sector secundário, que inclui actividades de construção civil e a
produção de bens fabricados, e o sector terciário, composto pela indústria dos serviços privados e públicos.
6.5
-3.2 11.6
14.6 12.8