16 Como dito acima, Timor-Leste deverá receber 101,8 milhões em empréstimos em 2017,
todos de contratos de empréstimos concessionais existentes para projetos que contribuirão para a melhoria das infraestruturas de Timor-Leste, principalmente no que
toca a estradas e pontes.
4.5 Previsibilidade
Até aqui as projeções plurianuais de assistência externa não são muito fiáveis. Cada um dos últimos anos apresentou uma tendência decrescente nas projeções futuras de apoio
dos PDs ponto 4.1. Todavia, os desembolsos concretos por parte dos PDs têm permanecido num nível relativamente consistente. Tal como se pode ver no Gráfico
abaixo, as concessões de AOD calculadas para 2015 variaram significativamente: 32,7 milhões de dólares no Orçamento do Estado para 2012, 32,6 milhões no Orçamento de
Estado de 2013, 139,5 milhões no Orçamento de Estado de 2014, 165,5 milhões no Orçamento de 2015. No entanto, foi previsto um total de 222,7 milhões para 2015. Face
ao acima exposto, é possível verificar as dificuldades em produzir orçamentos precisos. Tal deve-se em parte à dificuldade dos PDs em prestar projeções plurianuais precisas,
dado que muitos trabalham em ciclos orçamentais anuais. Esta é uma questão que precisa ser abordada, uma vez que a volatilidade e a imprevisibilidade da ajuda podem afetar
adversamente o processo orçamental do Governo.
17
Projeção da Ajuda para 2015
Fonte: Desembolsos planeados Livros Orçamentais entre 2011 e 2015, Desembolsos Concretos PTA
Mesmo em projeções relativamente a assistência externa com um prazo de um ano, é possível observar discrepâncias entre desembolsos planeados e concretos. Como tal, a
ausência de informações precisas sobre as expectativas de financiamento dos PDs limita a capacidade do Governo para fazer planeamento orçamental, em especial no que diz
respeito a planeamento a médio prazo e análises macroeconómicas numa base consolidada.
Como podemos ver abaixo, a comparação entre o apoio atual dos PD e o apoio planeado ainda é um ponto de preocupação para o UGPD. Em 2015 a previsibilidade melhorou em
relação ao ano anterior, permanecendo no entanto nos 75. Este problema surge da falta de ciclos de planeamento e orçamento adequados para projetos dos PD que muitas vezes
trabalham em ciclos orçamentais de um único ano. Em alguns casos, a falta de comunicação e os poucos de dados fornecidos por parte dos Parceiros de
Desenvolvimento contribuíram para este problema. Por exemplo, relativamente a 2017, a UNWOMEN e o PNUD não incluíram quaisquer desembolsos previstos para o próximo
ano ainda que não haja nenhuma indicação da conclusão dos seus programas nesse período
.