Página 20
Por outro lado, a condição da rede rodoviária deteriorou-se gravemente durante os dez anos anteriores a 2011, altura em que foi criado o Fundo das Infra-estruturas. Esta deterioração levou
à redução das velocidades na estrada e ao aumento dos custos com transportes e da duração das deslocações. Isto, por sua vez, reflecte-se no aumento dos preços dos bens e serviços, o que
condiciona o desenvolvimento, sobretudo nas regiões. O orçamento inicial do FI foi de 49,9 milhões de dólares para a implementação de 55 projectos
em 2014, tendo posteriormente sido aumentado para 60,2 milhões. Isto exclui o financiamento adicional de 26,0 milhões a partir de empréstimos externos.
Em 2015, foi alocado um orçamento para estradas no valor de 59,8 milhões de dólares incluindo 29,0 milhões de dólares em financiamento contrapartido do GTL para os quatro
projectos financiados por empréstimos, mais 70 milhões de dólares provenientes de empréstimos para a implementação de 47 projectos.
4.2.16. Programa das Pontes
A existência de pontes com boa qualidade e com boa manutenção é essencial para assegurar acesso fiável a mercados, educação e serviços de saúde, bem como para manter a segurança e a
estabilidade social. Estes são requisitos fundamentais para o desenvolvimento económico e social, tal como reconhecido pelo Governo no Plano Estratégico de Desenvolvimento. Deste
modo, a construção de novas pontes, a reabilitação de pontes deterioradas e o alargamento de pontes estreitas foram justificados em virtude do elevado volume de tráfego. As pontes
passaram assim a ser uma prioridade elevada na alocação de verbas a partir do Fundo das Infra- estruturas.
O programa das pontes do FI arrancou em 2011, com sete projectos de pontes. Dois destes foram concluídos, tendo todos os pagamentos sido saldados. As adições subsequentes
resultaram na conclusão de mais quatro novas pontes, sendo que até finais de 2014 havia nove pontes em construção ou terminadas, porém com pagamentos de retenção pendentes. As
alocações orçamentais para pontes ao longo deste período aumentaram de 5,5 milhões de dólares para 18,7
7
milhões em 2014, porém este último valor foi reduzido para 14,8 milhões devido a redistribuições e ao adiamento de dois projectos a fim de transferir fundos de projectos
com progresso lento para projectos que necessitavam de fundos adicionais. Os desembolsos para os quatro projectos serão concluídos em 2014, deixando 12 projectos em
curso a necessitar de fundos em 2015. Para financiar o seu progresso em 2015, serão necessários 9,8 milhões de dólares.
4.2.17. Programa dos Aeroportos
As deslocações aéreas internacionais de e para Timor-Leste são essenciais para o desenvolvimento dos negócios e do turismo. Contudo, o país não dispõe de um aeroporto de
nível internacional que cumpra os padrões da Organização da Aviação Civil Internacional OACI. Os serviços de aviação domésticos estão limitados a serviços de aeronaves de asa fixa
7
Excluindo a Ponte de Tono, que foi transferida para o programa de Oecusse.
Página 21
e helicópteros alugados, sendo que os campos aéreos não são adequados para receber aeronaves maiores e serviços mais intensivos.
Os sete projectos do FI
8
incluíam a reabilitação dos aeroportos de Timor-Leste e a melhoria e extensão do Aeroporto Internacional Nicolau Lobato em Díli e dos aeroportos regionais de
Maliana, Baucau e Oe-cusse. Destes, somente a Cobertura da Pista do Aeroporto Internacional Nicolau Lobato foi implementada. Já a Reabilitação e Melhoria do Aeroporto
de Oe-cusse foi transferida para o Programa de Desenvolvimento de Oe-cusse. Em 2014, o orçamento aprovado para o programa de Aeroportos totalizava 25,6 milhões de
dólares, porém este montante foi posteriormente reduzido para 18,7 milhões através de redistribuições, visando transferir fundos de projectos que estavam a avançar lentamente para
projectos que necessitavam de fundos adicionais. Ainda não começaram quaisquer projectos do programa de aeroportos regionais. Considera-se urgente elevar o Aeroporto Internacional de
Díli a um nível internacional, todavia em 2014 só foram desembolsados 218.000 dólares de um orçamento de 20,0 milhões de dólares, sendo que esses 0.218 milhões de dólares foram gastos
apenas com Estudos Preparatórios. Em 2015, o foco passou para o Aeroporto de Suai, com uma alocação de 18,0 milhões de
dólares e 1,0 milhões de dólares para desenhos e estudos detalhados relativamente ao Aeroporto de Díli. É importante notar que o Aeroporto de Suai foi programado ao abrigo do programa Tasi
Mane e que passou entretanto para o Ministério dos Transportes. Uma vez que não foram incluídos outros projectos neste programa, a alocação total para 2015 é
de 19,0 milhões de dólares.
4.2.18. Programa de Portos