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Desenvolvimento projectado do FP
O saldo do FP era de 16.634 milhões de dólares em Junho de 2014. Isto representa um
aumento de 1.681 milhões desde o início do ano. Prevê‐se que o saldo do fundo seja de
16.567,2 milhões até final de 2014, após deduzir o levantamento em 2014 adoptado pelo
Parlamento. Tal
como se pode ver na tabela 2.6.3.3.2, está actualmente previsto que o valor total do fundo
seja de 17.529,8 milhões de dólares até ao final de 2015 e de 19.070,8 milhões até ao final
de 2019.
Tabela 2.6.3.3.2: Poupanças Estimadas do FP entre 2011 e 2016 m
Conc, 2013
Estimat, 2014
Orçam, 2015
2016 2017
2018 2019
Saldo Inicial do FP
11.775,3 14.952,1
16.567,2 17.529,8
17.995,6 18.368,1
18.729,8
Receitas Petrolíferas
excl, juros do FP
3.041,8 1.705,0
1.374,3 1.212,2
1.073,5 800,3
657,6 Juros
do FP, Líquidos 864,9
813,0 915,8
966,2 1.002,7
1.035,9 1.060,3
Total de
Levantamentos 730,0
902,9 1.327,5
1.712,6 1.703,8
1.474,6 1.376,9
Saldo Final do FP
14.952,1 16.567,2
17.529,8 17.995,6
18.368,1 18.729,8
19.070,8
Fonte: Unidade de Administração do FP
Líquido
de gestão e reavaliação de mercado
Tal como já foi aqui discutido, os dados actuais indicam que mais de 70 da riqueza
petrolífera proveniente do Bayu‐Undan e do Kitan se encontram actualmente na forma de
aplicações financeiras o FP. Isto significa que, de futuro, o nível de levantamentos a partir
do fundo e os retornos dos seus investimentos serão os principais motores da dimensão do
FP, e por conseguinte da riqueza petrolífera.
2.7: Financiamento
2.7.1: Definição de Financiamento
O total da despesa orçamentada é superior às receitas domésticas para 2015. Isto resulta
num défice não‐petrolífero receitas domésticas menos despesas, o qual é financiado por
levantamentos a partir do FP, empréstimos e uso de saldos de dinheiro. A Tabela 2.7.1.1
mostra o montante de cada item de financiamento. O montante total de financiamento é
igual ao défice não‐petrolífero. O Orçamento do Estado para 2015 mostra assim de forma
clara que o total das despesas será financiado por receitas domésticas ou itens de
financiamento. Os
itens de financiamento e as receitas domésticas têm impactos económicos distintos. As receitas
domésticas resultam de impostos e pagamentos cobrados a empresas e indivíduos em
Timor‐Leste. Caso tudo o resto seja igual, quanto mais altas forem as receitas domésticas,
menos dinheiro estas empresas e indivíduos terão para investir.
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Consequentemente as despesas governamentais pagas pelas receitas domésticas não
aumentam significativamente a procura global na economia, uma vez que o aumento na
procura resultante das despesas é aproximadamente igual à diminuição na procura por
parte das empresas e indivíduos que pagam impostos.
Em contraste, o financiamento de despesas através de levantamentos a partir do FP
aumenta o nível global de procura na economia. O financiamento de despesas a partir de
empréstimos contraídos junto de organizações internacionais também aumenta a procura
no ano em que ocorre a despesa financiada por esse empréstimo. Haverá porém um
impacto negativo na procura no futuro, quando o Governo começar a amortizar o
empréstimo. Um aumento na procura pode causar também o aumento da inflação, caso
não seja acompanhado por uma subida na capacidade da economia para produzir bens.
O Governo analisou o impacto do défice não‐petrolífero sobre a procura, o crescimento
económico e a inflação. Esta análise mostra que o défice não‐petrolífero entre 2015 e 2019
é consistente com o crescimento económico forte e de qualidade elevada.
Tabela 2.7.1.1: Financiamento m
2015 2016
2017 2018
2019 Total do Financiamento
1.399,6 1.907,0
1.839,2 1.634,5
1.426,9
Rendimento Sustentável Estimado RSE
638,5 632,8
615,4 597,8
586,6 Levantamentos
acima do RSE a partir do FP 689,0
1.079,7 1.088,3
878,8 790,2
Uso de Saldos de Dinheiro
2,1 0,0
0,0 0,0
0,0 Empréstimos
70,0 194,4
135,5 159,9
50,0 Fonte:
Direcção Nacional de Política Económica
2.7.2: RSE e Levantamentos Acima do RSE