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2.2: Reformas Recentes na Gestão Económica e Financeira
2.2.1: Panorama
O MF implementou um programa importante de reformas ao longo do último ano. As reformas foram concentradas nas áreas de monitorização económica, GFP e gestão do
desempenho.
2.2.2: Monitorização Económica
A formulação de políticas públicas efectivas requer um entendimento detalhado e actualizado da economia. O MF começou a elaborar análises de inflação trimestral e boletins
de EFG para possibilitar uma melhor compreensão da economia. Reforçou também o seu modelo de previsão económica.
2.2.2.1: Relatórios de Inflação Trimestral
O MF elabora análises de inflação trimestral para estudar a inflação. Estas análises olham para as tendências nas taxas mensais e anuais de inflação e nas categorias subjacentes do
IPC, tais como alimentos e transportes. Estas análises consideram, igualmente, as causas prováveis da inflação, tais como alterações nas despesas governamentais, nas taxas de
câmbio e nos preços internacionais das matérias-primas.
Os boletins de inflação trimestral para o 1.º e 2.º trimestre de 2014 foram publicados recentemente no portal electrónico do MF. De futuro, cada análise será publicada pouco
tempo após os dados relevantes ficarem disponíveis.
2.2.2.2: Estatísticas Financeiras do Governo
As EFG constituem um quadro de reporte reconhecido a nível internacional para a apresentação e análise de dados fiscais. O Governo implementou recentemente este quadro
e publica agora boletins fiscais de EFG todos os trimestres. A implementação das EFG em Timor-Leste tem dois benefícios principais.
Em primeiro lugar, as EFG são um quadro consistente e reconhecido a nível internacional para analisar a posição fiscal do Governo. Os boletins das EFG fornecem informações
importantes sobre o modo como as receitas petrolíferas e os investimentos do FP afectam a posição fiscal global do Governo.
Em segundo lugar, as EFG classificam receitas e despesas de forma consistente em todos os países. Isto permite comparações internacionais precisas.
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2.2.2.3 Previsão Económica
O MF concluiu recentemente novas previsões de crescimento económico e inflação. Estas previsões foram elaboradas com base num processo melhorado de modelo e previsão
económicos. As reformas importantes ao processo de modelo incluíram: previsão dos componentes do PIB não-petrolífero, modelo da inflação e garantia de consistência interna.
Previsão dos componentes do PIB não-petrolífero; no passado previa-se o PIB não- petrolífero, mas não os seus componentes subjacentes. Este ano o MF previu todos os
componentes subjacentes do PIB não-petrolífero, tais como o consumo das famílias e o investimento privado. Isto reforça a formulação de políticas económicas, uma vez que não é
só o nível global do crescimento económico que importa, mas sim também a sua composição.
Previsão da inflação; o MF melhorou a metodologia que utiliza para prever a inflação. A nova metodologia utiliza técnicas estatísticas avançadas para levar em consideração o
impacto sobre a inflação das despesas do Governo, preços internacionais das matérias- primas e taxas de câmbio.
Consistência interna; em Timor-Leste, as despesas governamentais, o crescimento económico e a inflação estão todos interligados. Mais especificamente:
As despesas governamentais são um componente do PIB não-petrolífero. Deste modo, caso tudo o resto seja igual, despesas elevadas conduzirão a um crescimento económico
mais elevado. A inflação é parcialmente motivada pelas despesas recorrentes do Governo. Assim, caso
tudo o resto seja igual, despesas elevadas resultarão em inflação mais elevada. A inflação elevada pode reduzir o crescimento económico a longo prazo, caso mine a
competitividade. No cômputo geral estas reformas resultaram em previsões económicas de qualidade
superior que ajudaram o MF a entender melhor os desenvolvimentos económicos recentes e os desenvolvimentos económicos prováveis no futuro.
2.2.3: Gestão das Finanças Públicas
O Governo gasta, cobra e gere dinheiro através do seu sistema de GFP. Este sistema é composto pelas leis, instituições e infra-estruturas informáticas que regem a gestão das
finanças públicas. Um sistema de GFP eficaz e efectivo é essencial para limitar a corrupção e para prestar serviços públicos.
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Desde 2008 o Governo tem vindo a implementar um programa de reformas abrangentes ao nível da GFP. Este programa de forma é descrito de forma detalhada noutros documentos
disponíveis ao público, tais como o Plano Estratégico do MF e o Livro Orçamental 1 para 2013. Esta secção limita-se a delinear as principais reformas a nível da GFP implementadas
este ano. As principais reformas incluem:
Melhoria da interface utilizada pelo sistema integrado de informações de gestão financeira SIIGF, passando para a V7 financeira na internet. Esta nova interface permite
aos ministérios utilizar o SIIGF através da internet, melhorando assim a acessibilidade. A nova interface tem também uma disposição mais clara, mais intuitiva e mais fácil de
utilizar.
Tornar obrigatório o uso dos módulos de gestão de aprovisionamento e de contractos no SIIGF. Isto significa que os ministérios precisam registar no SIIGF as principais etapas
dos contractos e processos de aprovisionamento antes de se efectuarem pagamentos aos adjudicatários. Isto limita a corrupção e encoraja ministérios operacionais a seguir os
processos correctos.
Melhoria da administração fiscal através do novo registo de muitos contribuintes com números de identificação fiscal novos e únicos.
Estabelecimento de uma reunião mensal para discutir e resolver problemas a nível de execução orçamental. A reunião é presidida pelo Director-Geral das Finanças do Estado
e conta com a participação de funcionários do MF e dos Directores Financeiros de cada ministério operacional. Esta reunião contribui para uma execução orçamental superior e
mais eficiente.
2.2.4 : Medição do Desempenho