Metas e Políticas do Governo

4 Parte 2: Descrição e Análise do Orçamento do Estado para 2014

2.1: Sumário Executivo

2.1.1: Metas e Políticas do Governo

O Orçamento do Estado estabelece as políticas do Governo de Timor-Leste para o ano seguinte com vista a concretizar as suas prioridades, nomeadamente proporcionar melhores condições de vida a todos os cidadãos através de um crescimento económico forte, inclusivo e de elevada qualidade. Isto significa dar prioridade aos sectores da saúde, educação e segurança, ao mesmo tempo que se desenvolvem infra-estruturas de grande e de pequena escala. O Livro 1 do Orçamento do Estado para 2014 estabelece a forma como o Governo tenciona levar a cabo estas políticas no próximo ano. Tabela 2.1.1.1: Orçamento de Fontes Combinadas 2012 a 2018, em milhões de dólares 1 Concreto em 2012 LO1 2 de 2013 Orçam. para 2014 2015 2016 2017 2018 Orçamento de Fontes Combinadas 1.451,2 1.850,9 1.677,9 1.876,4 1.971,6 1.613,1 1.505,1 Despesas Governamentais por Fundo 1.197,6 1.647,5 1.500,0 1.809,2 1.927,1 1.611,5 1.503,5 FCTL 789,3 1.000,7 1.034,9 1.076,3 1.119,3 1.164,1 1.210,6 FDCH 32,2 42,4 40,0 45,0 45,0 49,0 49,0 Fundo das Infra-estruturas 376,1 604,4 425,1 687,9 762,8 398,4 243,9 Compromissos de Parceiros de Desenvolvimento 253,6 203,4 177,9 67,2 44,5 1,6 1,6 Fontes: Direcção Nacional do Orçamento e Unidade de Gestão de Parcerias para o Desenvolvimento 1 Nota relativamente aos dados contidos em tabelas e gráficos: No presente Livro 1 do OE, os valores tendem a ser indicados até uma casa decimal em tabelas e gráficos, geralmente em milhões de dólares ou em percentagens. Ocasionalmente uma leitura mais atenta pode sugerir erros ao nível das casas decimais a ua doàdaàadiçãoàdosà alo esàpa aàseào te àu à total .àIstoà à esultadoàdeàu à e o àdeàa edo da e to,àoà que é inevitável quando se apresentam valores tão elevados de uma forma fácil de ler. Um erro de arredondamento não é realmente um erro, é apenas a forma como a aritmética funciona quando se apresentam valores extensos até poucas casas decimais. 2 No presente Livro os valores indicados para 2013 em diversas tabelas e gráficos são idênticos aos que constam do Livro 1 do OE para 2013, excepto se referido em contrário. Isto acontece uma vez que aquando da redacção do presente documento ainda não havia dados finais disponíveis relativamente a 2013, pelo que se utilizaram os mesmos valores por uma questão de consistência. Não obstante isto, foram utilizadas as tendências em 2013 até à data, especialmente ao nível de despesas e receitas, para orientar o processo orçamental de 2014 e as projecções para os anos seguintes. 5 A Tabela 2.1.1.1 indica as duas fontes de despesas em Timor-Leste em 2014: o Governo e os Parceiros de Desenvolvimento. O total das despesas é de 1.677,9 milhões de dólares; 1.500,0 milhões do Governo e 177,9 milhões dos Parceiros de Desenvolvimento. Isto representa uma diminuição continuada da dependência em relação aos Parceiros de Desenvolvimento, tanto em termos absolutos como enquanto proporção do total de gastos 10,6, comparativamente com 11,0 em 2013. Deve-se notar que a diminuição acentuada nos anos futuros se deve ao facto de os parceiros não saberem ainda quanto irão alocar nesses anos o Livro 5 do Orçamento do Estado contém mais detalhes sobre isto. Tabela 2.1.1.2: Tabela Fiscal com Itens do Memorando, em milhões de dólares Concreto em 2010 Concreto em 2011 Concreto em 2012 LO1 de 2013 Orçam. para 2014 2015 2016 2017 2018 Despesa Total por Categoria de Dotação 760,3 1.097,1 1.197,6 1.647,5 1.500,0 1.809,2 1.927,1 1.611,5 1.503,5 Recorrentes 506,1 508,8 782,4 841,0 934,7 975,5 1.012,8 1.055,5 1.095,7 Salários e Vencimentos 91,5 111,5 130,9 160,5 166,9 173,6 180,6 187,8 195,3 Bens e Serviços inc. FDCH 245,9 254,4 341,9 441,5 475,6 498,1 516,2 539,0 558,6 Transferências Públicas 168,7 142,9 309,7 239,0 292,2 303,9 316,0 328,7 341,8 Capital 254,3 588,3 506,4 806,5 565,3 833,7 914,3 556,0 407,8 Capital Menor 38,3 27,3 42,0 49,6 39,7 41,3 43,0 44,7 46,5 Capital e Desenvolvi- mento inc. FI 215,9 561,0 464,4 756,9 525,5 792,4 871,4 511,3 361,3 Receitas Domésticas 96,6 111,7 137,7 146,3 166,1 181,0 196,1 211,2 226,4 Saldo Fiscal Não- Petrolífero -663,7 -985,4 -1.059,9 -1.501,2 -1.333,9 -1.628,2 -1.731,0 -1.400,3 -1.277,1 Financiamento 663,7 985,4 1.059,9 1.501,2 1.333,9 1.628,2 1.731,0 1.400,3 1.277,1 Rendimento Sustentável Estimado RSE 502,0 734,0 665,3 787,0 632,3 638,7 628,4 616,0 612,8 Transferências superiores ao RSE 309,0 321,0 829,6 0,0 270,6 872,2 944,4 644,8 627,3 Uso do Saldo de Dinheiro -147,3 -69,7 -478,1 670,6 379,9 0,0 0,0 0,0 0,0 Empréstimos 0,0 0,0 43,1 43,6 51,0 117,3 158,2 139,5 37,0 Indicadores Económicos Seleccionados PIB Nominal Sector Não-Petrolífero 934,3 1.128,3 1.349,8 1.534,3 1.773,1 2.068,5 2.429,7 2.865,5 3.324,5 Défice Fiscal PIB Sector Não- Petrolífero 71,0 87,3 78,5 97,8 75,2 78,7 71,2 48,9 38,4 Fontes: Direcção Nacional do Orçamento, Direcção Nacional das Políticas Económicas, Unidade de Administração do Fundo Petrolífero e Secretariado dos Grandes Projectos, Ministério das Finanças. 6 A Tabela 2.1.1.2 apresenta as despesas governamentais em maior detalhe. O aspecto mais assinalável é que as despesas orçamentais sofreram um corte acentuado em relação ao ano anterior, diminuindo 147,5 milhões de dólares pelo segundo ano consecutivo 3 . Isto faz parte da política do Governo para garantir Sustentabilidade Fiscal e para reorientar a política fiscal no sentido dum crescimento inclusivo e de elevada qualidade.

2.1.2: Panorama Económico