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doméstica. Deste modo a meta governamental de moderar as despesas do Governo estará em linha com taxas de inflação mais baixas.
Na primeira metade de 2013 a inflação homóloga tem permanecido constantemente nos dois algarismos. Há também vários itens que continuaram a aumentar. Por exemplo, o
p eçoàdosà ali e tosàeà e idasà ão-al oóli as àsu iuà , àentre Dezembro de 2012 e Junho de 2013. Vale também a pena referir que o IPC foi revisto no início de 2013, com vista a
alterar alguns dos pesos e classificações de determinados bens. Estas alterações deverão conduzir a um cabaz de compras mais preciso, retratando assim melhor a inflação.
2.3.2.4: Emprego
Considerados em conjunto, os Censos de 2004 e 2010 e o Estudo da População Activa de 2010 sugerem um padrão interessante no que se refere ao emprego agrícola. Em 2004 o
censo estimou que 76,2 da população estava dependente da agricultura. Todavia, em 2010 as estimativas foram dos 51,2 Estudo da População Activa de 2010 aos 63,1
Censo de 2010. Isto implica que, apesar de as estimativas divergirem, ambos os estudos pa e e à o o da à ueàhou eàu aà uda çaàpa aàfo aàdoàse to à t adi io al àse à ueàseà
tivesse registado uma quebra na produção da maior parte das principais colheitas, o que sugere um aumento da produtividade do sector agrícola.
Em termos de emprego por parte do Governo, o Censo de 2010 sugere que o Governo emprega actualmente 15 da população, comparativamente com 5 em 2004, o que
parece também destacar a cada vez maior importância do Sector Público na Economia. O Censo de 2010 estima também um aumento na proporção de população empregada por
firmas privadas 11,5, comparativamente com 3 em 2004 e uma redução na proporção de população empregada por conta própria fora da agricultura 6,1 comparativamente
com 10 em 2004. Por fim, o Estudo da População Activa sugere que 5,2 e 17,7 da população activa estava empregado
osà se to esà daà Co st uçãoà Ci il à eà doà Co ioà
G ossistaà eà deà ‘etalho ,à espe ti a e te.à Estesà estudosà suge e à duasà te d iasà
importantes. Em primeiro lugar, o sector público tornou-se mais proeminente em termos de emprego desde 2004. Em segundo lugar, o sector privado parece estar a assumir uma maior
importância, já que se estima que a fatia do emprego medida como da população activa no sector privado tenha quase quadruplicado em seis anos. Deste modo, estes estudos
parecem também corroborar o facto de que Timor-Leste assistiu a uma diversificação em termos da composição sectorial do seu emprego entre 2004 e 2010 e que o sector privado
se está a tornar um sector cada vez mais importante ao nível de emprego em Timor-Leste.
No que diz respeito ao sector privado, as publicações recentes da Direcção-Geral de Estatística,
o eada e teàoà Estudoàdaàá ti idadeàE p esa ialàdeà e
oà Estudoàdaà Actividade Empresarial de
, permitem-nos investigar de forma mais detalhada a actual estrutura do sector privado em Timor-Leste. Estes estudos sugeriram a criação de quase
10.000 postos de trabalho em empresas não-petrolíferas entre 2010 e 2011. Todavia o
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emprego no sector privado continua a ser dominado pelos sectores da Construção Civil e do Comércio Grossista e de Retalho, os quais em 2010 empregaram juntos 42,1 da população
a trabalhar em negócios. Esta percentagem aumentou ainda mais em 2011, devido a uma subida acentuada do emprego na construção civil. Em 2011, só o sector da construção civil
empregava 31,9 de todas as pessoas empregadas em negócios de produção não- petrolíferos, ao passo que a percentagem de pessoas empregadas no sector do Comércio
Grossista e de Retalho permaneceu relativamente constante aproximadamente 23. Temos assim que, embora o número de empregos criados seja encorajador, o emprego no
sector privado parece ser dominado por dois sectores e alimentado por gastos do Governo.
Para lá disto, ainda que os dados pareçam sugerir que o emprego em Timor-Leste melhorou tanto em termos de dimensão como de estrutura, estima-se que 175.000 pessoas
o ti ue àe àsituaçãoàdeà e p egoàp e io à EstudoàdaàPopulaçãoàá ti aàde 2010. Esta situação resulta em grande medida dos indivíduos empregados na agricultura e deverá
diminuir à medida que o emprego no país se afasta da dependência da agricultura.
Relativamente às perspectivas de emprego a médio e longo prazo em Timor-Leste, existem vários desafios aparentes. Em primeiro lugar, de acordo com o Estudo da População Activa
de 2010 existem actualmente 366.000 indivíduos com mais de 15 anos considerados
i a ti os ,à se doà ueà g a deà pa teà sãoà estuda tes.à E à segu doà luga ,à oà es oà documento indica que existem 458.000 pessoas com menos de 14 anos, o que implica que
nos próximos 10 a 20 anos haverá um fluxo muito substancial de cidadãos à procura de trabalho em Timor-Leste.
O estímulo da actividade económica por via das despesas do Governo traduzir-se-á na criação de emprego em Timor-Leste. O Orçamento do Estado para 2014 garante
financiamento suficiente para os vencimentos pagos pelo Governo. Isto inclui vários funcionários públicos adicionais que serão contratados e ou que passarão a efectivos em
2014, conforme detalhado na secção sobre despesas.
O Orçamento do Estado contém igualmente um montante substancial destinado ao desenvolvimento de infra-estruturas através do país. Estes projectos têm potencial para
criar, no cômputo geral, cerca de 16.000 empregos directos
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. Serão ainda criados vários empregos indirectos, embora seja muito difícil calcular um número exacto devido à
natureza imprevisível dos resultados das novas infra-estruturas e à escassez de dados disponíveis neste momento.
2.3.2.5: Objectivos de Desenvolvimento do Milénio