Relatorio Anual do Fundo Petrolifero 2014 Ver Port

(1)

(2)

(3)

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

GABINETE DA MINISTRA

Fundo Petrolífero de Timor-Leste

RELATÓRIO ANUAL

Ministério das Finanças

2014


(4)

Índice

Mensagem da Ministra das Finanças

Descrição Geral do Fundo Petrolífero

Sobre o Fundo Petrolífero

Enquadramento Jurídico

Objectivos do Fundo Petrolífero

Configurações Relevantes

Governação

Situação Financeira do Fundo

Saldo do Fundo Petrolífero

Receitas Petrolíferas

Levantamentos

Os Investimentos do Fundo

Desempenho em 2014

Custos Administrativos

Próximas Etapas

Parecer do Comité de Assessoria para o Investimento

Anexos

Anexo I

Declaração do Director-Geral do Tesouro

Anexo II

Demonstrações Financeiras Auditadas

Anexo III

Declaração sobre Políticas Contabilísticas do Fundo Petrolífero para o

Ano Fiscal de 2014

Anexo IV

Comparação dos Rendimentos Derivados a partir do Investimento dos

Activos do Fundo Petrolífero com os Três Anos Anteriores

Anexo V

Comparação dos Rendimentos Nominais do Investimento do Fundo

Petrolífero com os Retornos Reais

Anexo VI

Comparação dos Rendimentos Nominais do Investimento dos Activos

do Fundo Petrolífero com o Índice de Desempenho Previsto

Anexo VII

Comparação do Rendimento Sustentável Estimado com a Soma das

Transferências a partir do Fundo Petrolífero

Anexo VIII

Declaração sobre Empréstimos Contraídos

Anexo IX

Lista de Pessoas com Cargos Relevantes para as Operações e o

Desempenho do Fundo Petrolífero

Anexo X

Declaração sobre o Total de Levantamentos em relação ao Montante

Aprovado para Dotações

Anexo XI

Artigo 35.º do Relatório da Deloitte Touche Tohmatsu sobre as

Receitas do Fundo Petrolífero

Anexo XII

Parecer do Comité de Assessoria para o Investimento

Anexo XIII

Implementação dos Princípios de Santiago


(5)

Mensagem de

Santina J.R.F. Viegas Cardoso

Ministra das Finanças

O Fundo Petrolífero foi criado em 2005 para contribuir para a boa gestão dos recursos

petrolíferos de Timor-Leste. O seu objectivo consiste em gerir os investimentos financeiros

para que haja uma probabilidade razoável de que o Fundo seja capaz de efectuar

transferências para o Governo a um nível sustentável e, ao mesmo tempo, manter o valor real

a longo prazo dos seus activos. Para que o Governo possa proceder a levantamentos de 3% da

Riqueza Petrolífera é necessário que os investimentos tenham retornos a longo prazo de 3%,

após ter em conta a inflação e os custos.

Uma das principais tarefas do Ministério das Finanças tem sido a de desenvolver a estratégia

de investimento que melhor sirva os objectivos do Fundo em termos de retornos e riscos a

longo prazo. Em Junho de 2014, foi atingido um marco importante, quando os investimentos

financeiros passaram a representar 40% do Fundo. Simulações financeiras revelaram que era

necessário aumentar consideravelmente a percentagem de investimentos financeiros para que

o Fundo seja capaz de concretizar o seu objectivo de retorno real de 3%.

A perspectiva de longo prazo é um elemento fundamental da nossa estratégia de

investimento. O investimento financeiro implica um aumento do risco de perdas a curto prazo

actualmente prevê-se que se registem perdas num em cada cinco anos. Um horizonte a

longo prazo permite que essas perdas sejam consideradas como contrariedades temporárias.

De facto, estas flutuações de curto prazo são inevitáveis para conseguirmos atingir os

objectivos de longo prazo do Fundo.

O Fundo Petrolífero apresentou um retorno de 3,3% em 2014, ou de 2,5% após a inflação.

Tanto as obrigações como as acções tiveram retornos positivos. As participações financeiras

em moeda que não o dólar americano, quando convertidas para esta moeda, reduziram o valor

das carteiras de obrigações e acções. Apesar de as operações de câmbio externo serem

voláteis, a diversificação cambial de investimentos a longo prazo contribuirá para proteger o

poder de compra internacional do Fundo Petrolífero. E a avaliação dos retornos cambiais e do

desempenho global do Fundo deverá ser feita a longo prazo, ao invés de se concentrar num

ano específico.

É com grande satisfação que observo os progressos do Fundo Petrolífero. O bom

planeamento e o árduo trabalho desenvolvidos permitiram alcançar muito num período de

tempo relativamente curto. Posso assegurar que o Ministério das Finanças

com o apoio do

Comité de Assessoria para o Investimento, dos nossos assessores internacionais e do Banco

Central Timor-Leste enquanto gestor operacional do Fundo Petrolífero

está empenhado em

continuar a melhorar os investimentos e a gestão do Fundo.

Santina J.R.F. Viegas Cardoso

Ministra das Finanças


(6)

Descrição Geral do Fundo Petrolífero

Investimentos do Fundo Petrolífero a 31 de Dezembro de 2014

Saldo no Final

do Ano

16,5

bilhões de USD

Receitas Petrolíferas

em 2014

1,8

bilhões de USD

Retornos Líquidos dos

Investimentos em 2014

3,3

%

(502

milhões de USD)

Retornos desde a

Criação do Fundo

4,2

%


(7)

Sobre o Fundo Petrolífero

O Fundo Petrolífero de Timor-

Leste (doravante “o Fundo”) é

o alicerce da política

económica do Governo.

Enquadramento Jurídico

O Fundo Petrolífero foi criado para cumprir o requisito constitucional estabelecido

no Artigo 139.º da Constituição da República de Timor-Leste, que prevê uma

utilização justa e equitativa dos recursos naturais, de acordo com os interesses

nacionais, e determina que os rendimentos provenientes da exploração desses

recursos devem servir para a constituição de reservas financeiras obrigatórias. Nessa

medida, o Governo criou, em 2005 o Fundo Petrolífero, nos termos da Lei n.º 9/2005,

de 3 de Agosto (Lei do Fundo Petrolífero), na versão que lhe foi dada pela Lei n.º

12/2011, de 28 de Setembro.

Finalidade

O preâmbulo da Lei do Fundo Petrolífero indica claramente que a finalidade da

criação do Fundo Petrolífero é contribuir para a boa gestão dos recursos petrolíferos

de Timor-Leste, em benefício das gerações actuais e vindouras. O Fundo é ainda

uma ferramenta que contribui para uma boa política fiscal que considere de forma

adequada os interesses dos cidadãos timorenses a longo prazo.

Aspectos Principais

A Lei do Fundo Petrolífero prevê mecanismos que ajudam Timor-Leste a gerir as

suas receitas petrolíferas de forma sustentável. Apresenta ainda parâmetros para a

operação e gestão do Fundo Petrolífero, define directivas para o investimento de

activos e limites de riscos, regulamenta a cobrança e a gestão de receitas, disciplina

transferências para o Orçamento do Estado, define papéis e responsabilidades claros

por parte de entidades envolvidas na gestão do Fundo e prevê a responsabilização e

fiscalização do governo relativamente a estas actividades.

O Fundo Petrolífero consubstancia-se numa conta do Ministério das Finanças detida

junto do Banco Central de Timor-Leste (BCTL

1

). O Fundo separa o fluxo de receitas

petrolíferas dos gastos governamentais. Todas as receitas petrolíferas são integradas

no Fundo antes de serem feitas quaisquer transferências para o Orçamento do

Estado. O montante das transferências é orientado pelo Rendimento Sustentável

Estimado (RSE), fixado em 3% do total da riqueza petrolífera

2

. A utilização do RSE

visa reduzir o recurso aos elevados rendimentos petrolíferos imediatos, proteger o

1

BCTL

Banco Central de Timor-Leste.

2

A Riqueza Petrolífera engloba o saldo do Fundo Petrolífero e o Valor Líquido Actual das receitas

petrolíferas futuras.


(8)

Fundo contra a volatilidade dos fluxos petrolíferos e salvaguardar o uso sustentável

das finanças públicas.

O Fundo é constituído apenas por activos financeiros internacionais. O objectivo

implícito do investimento é conseguir um retorno real de 3%, de modo a permitir

uma política fiscal sustentável. O Governo reconhece que o cumprimento deste

objectivo de retorno de investimento implica a aceitação de riscos relativos à

volatilidade dos retornos de investimentos a curto prazo. O estabelecimento de um

horizonte a longo prazo significa que estas flutuações a curto prazo devem ter uma

importância económica reduzida.

Gestão

O modelo do Fundo Petrolífero é reconhecido internacionalmente pelo seu elevado

nível de gestão, responsabilização, transparência e divulgação de informações. Este

facto permite obter o apoio público à boa gestão das receitas petrolíferas e reduz os

riscos de gestão inadequada. Tal como se pode observar na Figura 1, pese embora as

entidades envolvidas na gestão do Fundo Petrolífero sejam independentes,

encontram-se todas elas integradas no processo de tomada de decisão.


(9)

O Parlamento estabelece o objectivo do Fundo, as directivas gerais de investimento

de activos e os limites de risco. O Governo, através do Ministério das Finanças, é

responsável pela gestão global do Fundo Petrolífero, incluindo a definição da

política e estratégia de investimento, as directivas de investimento e o exercício de

fiscalização. O Ministério das Finanças está obrigado a solicitar o parecer do Comité

de Assessoria para o Investimento (CAI) antes de tomar decisões sobre qualquer

matéria relacionada com a estratégia de investimento ou com a gestão do Fundo. A

gestão operacional do Fundo é delegada ao BCTL e conduzida por este. O BCTL

investe o capital do Fundo e pode delegar este poder a investidores externos, de

acordo com directivas estabelecidas pelo Ministério das Finanças.

A Lei do Fundo Petrolífero estabelece, ainda, os requisitos para todas as entidades

envolvidas na gestão do Fundo relativamente à provisão e publicação dos relatórios

sobre as actividades do Fundo. O Ministério das Finanças procede à elaboração do

Relatório Anual do Fundo Petrolífero, das demonstrações financeiras do Fundo

Petrolífero e de uma declaração sobre o orçamento geral do estado para o

Parlamento Nacional. A cada trimestre, o BCTL envia relatórios à Ministra sobre o

desempenho do Fundo ao longo do trimestre em questão. Por seu turno, um auditor

creditado a nível internacional emite e publica anualmente um relatório de auditoria

sobre as demonstrações financeiras do Fundo. Estes relatórios estão disponíveis ao

público e podem ser facilmente consultados através dos sites do Ministério das

Finanças (www.mof.gov.tl) e do BCTL (www.bancocentral.tl).

Na qualidade de membro activo do Fórum Internacional de Fundos de Riqueza

Soberana (IFSWF), o Fundo Petrolífero procedeu à sua quinta auto-avaliação anual

sobre a adesão aos Princípios de Santiago, com o intuito de garantir que o Fundo

Petrolífero continua a ser um exemplo de melhor prática internacional no que se

refere à gestão de fundos. O relatório de auto-avaliação é sujeito a publicação e

encontra-se junto ao presente relatório como Anexo XIII. Todos estes esforços

traduziram-se no reconhecimento internacional do elevado nível de transparência do

Fundo e da boa gestão dos recursos por parte do Governo.

3

Dimensão do Fundo

O Fundo do Petróleo foi criado para dar cumprimento ao requisito constitucional

constante do Artigo 139.º da Constituição. O saldo global do Fundo é influenciado

por três factores principais: a) receitas petrolíferas, b) levantamentos, e c) retorno

líquido dos investimentos. De seguida, estes factores serão analisados de forma mais

detalhada.

3

Ver Índice de Transparência da Linaburg-Maduell (2014)

O FPTL obteve 8 pontos em 10 possíveis,

www.swfinstitute.org

; País Cumpridor com a ITIE (2010)

http://eiti.org


(10)

Saldo do Fundo Petrolífero

No final de Dezembro de 2014, o saldo do Fundo tinha aumentado para 16,5 mil

milhões de dólares, em comparação com os 15 mil milhões registados no final do ano

anterior (ver Figura 2).

Como se pode observar na Figura 3, acresceram ao Fundo 1.817 milhões de dólares,

oriundos de receitas petrolíferas, 502 milhões de dólares, oriundos de retornos

líquidos dos investimentos, e foram subtraídos ao Fundo 732 milhões em resultado

de levantamentos efectuados.

Figura 3

Movimentos a nível de Activos Líquidos durante 2014

Figura 2

Valor de Mercado do Fundo Petrolífero


(11)

Receitas Petrolíferas

As receitas petrolíferas provêm dos dois campos petrolíferos actualmente em

funcionamento: o campo de Bayu-Undan, que iniciou a produção em 2004, e o

campo de Kitan, que iniciou a produção em 2011. O preço do petróleo, o volume de

produção e os custos de produção são os três factores principais que influenciam o

valor das receitas petrolíferas do Governo.

Do total de 1.817 milhões de dólares cobrados em 2014, 752 milhões correspondiam a

impostos petrolíferos, 1.058 milhões a royalties e lucro de petróleo/gás e 7 milhões a

outras receitas petrolíferas (ver Figura 4). Estas cobranças foram efectuadas em

conformidade com as alíneas a), b) e e) do N.º 1 do Artigo 6.º da Lei do Fundo

Petrolífero.

As receitas petrolíferas em 2014 ficaram aquém dos 3.042 milhões de dólares

registados em 2013. Esta quebra nas receitas petrolíferas ficou a dever-se a uma

redução no volume de produção dos campos de Bayu Undan e de Kitan. A

interrupção na produção verificada entre finais de Agosto e princípios de Outubro

de 2014, assim como a queda nos preços do petróleo registada em meados de 2014,

contribuíram também para a diminuição das receitas petrolíferas durante o ano. O

Governo cobrou, desde 2005, um total de receitas petrolíferas no valor de 19,7 mil

milhões de dólares. Com base em estimativas prudentes, prevê-se que os campos de

Bayu Undan e de Kitan produzam, até ao seu esgotamento, um total de receitas

petrolíferas brutas no valor de 4,7 mil milhões de dólares. Prevê-se, ainda, que as

receitas petrolíferas provenientes destes dois campos sofram uma redução e

terminem lentamente dentro de aproximadamente uma década. No futuro, os

rendimentos provenientes dos investimentos serão o principal motor do saldo do

Fundo Petrolífero.


(12)

Levantamentos

No ano de 2014, o Governo transferiu 732 milhões de dólares do Fundo para a Conta

do Tesouro (CFET). O montante levantado em 2014 excedeu em 100 milhões de

dólares o RSE que se encontrava fixado em 632 milhões para o ano em questão (ver

Figura 5). O RSE está estabelecido em 3% da Riqueza Petrolífera, que consiste no

saldo do Fundo Petrolífero e no valor líquido actual estimado das receitas

petrolíferas futuras. Ao longo do tempo, à medida que mais recursos petrolíferos são

convertidos em receitas, a Riqueza Petrolífera tenderá a igualar o saldo do Fundo e o

RSE será calculado como 3% do saldo do Fundo. Entre a criação do Fundo

Petrolífero em 2005 e o final de 2014, o Governo levantou a partir do Fundo

Petrolífero um total de 6.031 milhões de dólares.

Investimentos do Fundo

A estratégia de investimento do Fundo Petrolífero tem evoluído com o tempo. O

Fundo começou por ser totalmente constituído por investimentos obrigações (ver

Figura 6). O motivo deste investimento era limitar a exposição a situações de risco e

volatilidade e dar tempo ao Fundo para criar capacidade interna e obter apoio junto

do público. O investimento em acções

que têm retornos superiores aos das

obrigações, mas também uma maior volatilidade

foram introduzidas pela primeira

vez em 2010, embora este investimento tenha sido limitado pela Lei original do

Fundo Petrolífero.

O Governo estava consciente de que o Fundo não conseguiria atingir o objectivo de

3% de retorno real sem um aumento considerável do investimento em acções. Deste


(13)

modo, a Lei do Fundo Petrolífero foi alterada em 2011 por forma a permitir um

investimento de até 50% em acções. Simulações efectuadas indicaram que um

investimento de 40% em acções seria suficiente para atingir o objectivo de 3% de

retorno real com uma probabilidade razoável a longo prazo. Esta situação permitiria

salvaguardar a sustentabilidade da despesa pública, que ao longo do tempo é guiada

pelo RSE, fixado em 3% da Riqueza Petrolífera. Este investimento foi aceite pelo

Governo em 2012, tendo o peso das acções aumentado progressivamente até atingir

os 40% em Junho de 2014. Desde então, a carteira do Fundo tem continuado a ser

composta por 40% de acções e 60% de obrigações. A Figura 6 demonstra o

investimento do Fundo em Dezembro de 2014 relativamente aos outros anos.

Atingir 40% de acções representou um marco significativo para o Fundo Petrolífero.

O investimento em acções encontra-se agora a um nível que podemos esperar que

seja capaz de cumprir o objectivo de retorno real a longo prazo. O aumento da

percentagem do investimento em acções implica necessariamente volatilidade a

nível de retornos. Em determinados anos, os retornos efectivos do Fundo irão

ultrapassar o objectivo de retorno a longo prazo, enquanto noutros anos esses

retornos ficarão aquém desse objectivo.

Temos tido a sorte de ainda não ter registado retornos negativos. Haverá anos em

que o Fundo Petrolífero irá registar perdas. Este é um aspecto inevitável da

volatilidade a curto prazo a nível de retornos resultante do investimento em acções,


(14)

que nos permite, no entanto, concretizar as expectativas de retornos a longo prazo. O

resultado da simulaçaõ do investimento de 40% em acções ajuda-nos a

contextualizar este risco.

Com que frequência haverá perdas?

Prevê-se que o fundo registe perdas num em

cada cinco anos.

Qual a dimensão das perdas que podemos esperar?

Nos piores 5 anos de cada 100,

as perdas serão iguais ou superiores a 5,2 por cento. Tendo por base um saldo

de 16,5 mil milhões de dólares, isto representa uma perda de 853 milhões.

As autoridades reconhecem a importância de comunicar estes riscos aos

intervenientes, de acordo com o objectivo de retorno. Esta comunicação foi uma

prioridade durante o processo de disseminação com vista ao aumento do

investimento em acções. Para que os investimentos do Fundo possam ter sucesso a

longo prazo é essencial que estejamos preparados para aceitar situações de

volatilidade a curto prazo e que nos mantenhamos fiéis à nossa estratégia de

investimento.

A diversificação é um princípio fundamental que sustenta a nossa estratégia de

investimento e que ajuda a reduzir a volatilidade e a eliminar riscos

não-recompensados. O Fundo diversifica entre classes de activos ao deter tanto acções

como obrigações. Diversifica também entre títulos, regiões e moedas.

País

Alocação

Em rendimentos fixos

Em acções

Em carteira

Austrália

1,7%

2,7%

2,1%

Canadá

1,5%

3,7%

2,4%

Dinamarca

1,2%

0,5%

0,9%

Países da UE

4,6%

11,3%

7,3%

Hong Kong

0,1%

1,2%

0,6%

Israel

0,0%

0,2%

0,1%

Japão

1,5%

8,1%

4,1%

Nova Zelândia

0,5%

0,1%

0,3%

Noruega

0,5%

0,3%

0,4%

Singapura

0,7%

0,5%

0,6%

Suécia

0,8%

1,2%

1,0%

Suíça

1,0%

3,5%

2,0%

Reino Unido

2,0%

8,1%

4,4%

EUA

84,1%

58,6%

73,9%


(15)

No final do ano, a carteira de acções estava diversificada entre 1,983 empresas. A

ampla exposição a acções em diversos países e moedas (Figura 7) reflecte a dimensão

diferente do mercado de acções de cada país segundo a capitalização do mercado.

Os EUA são de longe o maior mercado de acções, pelo que as acções em empresas

dos EUA representam mais de 50% da nossa carteira de acções.

As obrigações representam 60% dos investimentos do Fundo Petrolífero desde Junho

de 2014. A carteira de obrigações é composta por:

Dois terços em obrigações do Governo dos EUA com maturidades de 3 a 5

anos. Estas obrigações são geridas pelo BCTL.

Um sexto em obrigações do Governo dos EUA com maturidades de 5 a 10

anos. Estas obrigações são geridas pelo Banco de Compensações

Internacionais (BIS).

Um sexto em obrigações de Governos de mercados desenvolvidos e em

moeda que não o dólar americano. Estas obrigações começaram por ser

geridas de forma passiva pela Russell Investments, encontrando-se agora a

ser geridas de forma igual pela AllianceBernstein (desde Julho de 2014) e a

Wellington (desde Dezembro de 2014).

Tal como se pode observar na Figura 8, as obrigações do Governo dos EUA

representam a grande maioria da nossa carteira de obrigações. A concentração em

Obrigações do Tesouro dos EUA reduziu-se durante a segunda metade de 2013 com

o investimento em obrigações soberanas de mercados desenvolvidos em moeda que

não o dólar americano. A carteira de referência visa alcançar uma exposição ampla a

obrigações soberanas de mercados desenvolvidos em denominações que não o dólar

americano, tendo como tecto 30 por cento para a Zona Euro e 10 por cento para

outros países. Tal como referido na Caixa 1, a exposição deste investimento

relativamente a moedas não é coberta. No final de 2014 a carteira de obrigações tinha

um total de 546 títulos.


(16)

Desempenho em 2014

Os rendimentos provenientes dos investimentos contribuíram com 502 milhões de

dólares para o saldo do Fundo em 2014, o que ficou aquém dos 865 milhões

registados em 2013. O Fundo Petrolífero obteve um retorno de 3,3% em 2014 (ver

Figura 9). Em termos reais

isto é, após ajustar a inflação do dólar americano

o

Fundo Petrolífero obteve um retorno de 2,5%. O retorno do Fundo é, desde a sua

criação em 2005, de 4,2% (2,3% em termos reais). O nosso objectivo é obter um

retorno real a longo prazo de 3%. Uma vez alcançado o investimento em acções de

40% em 2014, podemos agora esperar com uma probabilidade razoável atingir este

valor de retorno a longo prazo.

Figura 9

Retorno Nominal Líquido Anual dos Investimentos desde o início

Figura 8

Diversificação do Fundo

Investimento em Activos em 2013 e 2014


(17)

As acções em mercados desenvolvidos, conforme medidas pelo Índice da MSCI

Mundo, obtiveram retornos de 4,9% em 2014. Durante a primeira metade do ano,

registaram-se retornos sólidos. A incerteza afectou as acções durante a segunda

metade, em face da debilidade económica fora dos EUA e das preocupações em

torno do impacto de uma queda acentuada no preço do petróleo. O retorno de 4,9%

fica aquém das nossas expectativas a longo prazo de cerca de 8%, sobretudo quando

o retorno em 2013 tinha sido tão elevado (27%).

A Figura 10 utiliza dados históricos para ilustrar a variação que podemos esperar a

nível dos retornos actuais. O Fundo terá anos muito fortes, como 2013, porém terá

igualmente períodos em que as acções irão registar perdas. Uma vez mais, a

volatilidade nos retornos anuais é inevitável para a concretização dos nossos

objectivos de investimento a longo prazo.

A Figura 11 demonstra que a nossa carteira de acções obteve um retorno de 5,2%,

ultrapassando assim em quase 0,3% o índice de referência da MSCI Mundo. A maior

parte da carteira de acções é gerida de forma passiva pelo Índice da MSCI Mundo. A

gestão passiva implica a detenção dos títulos no índice de referência de acordo com

os seus pesos. Em resultado deste facto, os gestores passivos devem conseguir

aproximar-se do retorno do índice antes das taxas. Neste caso, o retorno mais

elevado representa uma diferença a nível de tratamento fiscal entre o índice de

referência e a nossa carteira concreta. O índice assume que os rendimentos de

dividendos são taxados em cada país, quando na verdade o Fundo Petrolífero

beneficia de isenções fiscais em alguns países.

Figura 10

Acções em Mercados Desenvolvidos

Distribuição dos Retornos Anuais (1974 a 2014)


(18)

% (dólares americanos)

1.º T

2.º T

3.º T

4.º T

2014

Total do Fundo

1,15

2,66

-1,35

0,83

3,30

Índice de Referência

1,16

2,73

-1,40

0,87

3,36

Excesso

-0,01

-0,07

0,05

-0,04

-0,06

Juros Fixos Internacionais

0,99

1,32

-0,88

0,70

2,14

Índice de Referência

0,98

1,38

-0,92

0,69

2,13

Excesso

0,01

-0,06

0,04

0,01

0,01

Acções Internacionais

1,39

4,84

-2,06

1,04

5,20

Índice de Referência

1,26

4,86

-2,16

1,01

4,94

Excesso

0,13

-0,02

0,10

0,03

0,27

A nossa carteira efectiva de obrigações obteve um retorno de 2,14% em 2014, o que

superou o retorno de referência em 0,01%. As Obrigações do Tesouro dos EUA a 3 e

a 5 anos geridas de forma passiva obtiveram um retorno de 2,2%, superando as

estimativas em 0,07%. As Obrigações do Tesouro dos EUA a 5 e a 10 anos obtiveram

um retorno de 5,94%, ficando assim 0,21% aquém do retorno de referência de 6,15%.

Os seguintes gráficos demonstram os retornos anuais em 2014 das diferentes

maturidades de Obrigações do Tesouro dos EUA comparados com os seus retornos

históricos.

Figura 12

Obrigações do Tesouro de 3 a 5 anos

Distribuição dos Retornos Anuais de (1974 a 2014)


(19)

A rentabilidade a longo prazo das obrigações em mercados desenvolvidos em

moedas que não o dólar americano também diminuiu em 2014. Consequentemente,

o valor destas obrigações em termos câmbio diminuiu

por exemplo as obrigações

alemãs em euros, as obrigações japonesas em ienes e as obrigações do Reino Unido

em libras esterlinas apresentaram retornos positivos. Todavia, os ganhos não

chegaram para colmatar as perdas resultantes do câmbio dessas moedas com o dólar

americano. O dólar americano valorizou-se consideravelmente em 2014. O retorno

global do índice de referência de mercados desenvolvidos em moedas que não o

dólar americano foi de 1,25% negativos em 2014. Esse retorno pode ser dividido

numa perda de -11,3% em moeda e 10,1% em retornos cambiais (cupão e preço). O

quadro seguinte indica as razões para as exposições em moeda que não o dólar

americano.

Figura 13

Obrigações do Tesouro de 5 a 10 anos

Distribuição dos Retornos Anuais (1987 a 2014)

Caixa 1

Exposição do Fundo Petrolífero a Moeda Estrangeira

Exposição do Fundo Petrolífero a Moeda Estrangeira

A valorização do dólar americano em 2014 fez com que o Fundo Petrolífero registasse perdas a nível do

câmbio externo. Esta caixa explica a justificação da exposição do Fundo a moedas estrangeiras e a

volatilidade associada nos retornos reportados.

De onde vem a exposição a moedas estrangeiras?

Timor-Leste usa o dólar americano como moeda nacional. Tal como requerido por lei, o Fundo Petrolífero

investe globalmente fora de Timor-Leste. Isto inclui ações e obrigações em países que não os EUA. Estes

investimentos são denominados em moedas que não o dólar americano.


(20)

Qual a dimensão da exposição do Fundo Petrolífero a moedas estrangeiras?

O grosso dos investimentos do Fundo Petrolífero encontra-se nos EUA, estando por isso denominado em

dólares americanos. A carteira de obrigações investe sobretudo em títulos do Governo dos EUA, com as

obrigações emitidas por outros países e denominadas noutras moedas a corresponderem a cerca de 16%

do total da carteira do Fundo. Pouco mais de 40% da carteira de ações estão investidos fora dos EUA. No

cômputo geral, temos que aproximadamente um quarto dos nossos investimentos está em moedas que

não o dólar americano. As maiores exposições refletem as principais moedas estrangeiras,

nomeadamente o euro, a libra esterlina e o iene japonês.

De que forma a exposição a moedas estrangeiras tem impacto nos retornos do Fundo?

O valor do Fundo Petrolífero e dos seus retornos é reportado em dólares americanos. As aplicações

denominadas noutras moedas precisam ser traduzidas para dólares americanos. O retorno total de um

investimento em dólares americanos é assim o retorno da aplicação na moeda local e o retorno dessa

moeda.

Por exemplo, as ações japonesas (medidas pela MSCI Japão) denominadas em ienes tiveram um

desempenho forte em 2014, gerando retornos de 9,8%. Todavia as ações japonesas caíram 3,7% ao ano

quando convertidas em dólares. Ou seja, a desvalorização do iene relativamente ao dólar mais do que

anulou o aumento das ações em termos da moeda local, gerando uma perda global durante o ano.

De que forma as moedas estrangeiras tiveram impacto na carteira do Fundo?

A exposição a moedas que não o dólar americano tem impacto no valor e nos retornos do FP tal como são

denominados em dólares americanos. O impacto no valor reportado do Fundo pode ser positivo ou

negativo. O Fundo Petrolífero obteve perdas de câmbio estrangeiro de 425,5 milhões de dólares em

relação ao ano de 2014. A valorização do dólar em 2014 é atribuída a um crescimento económico mais

forte dos EUA e a diferentes expectativas de política monetária a nível global. A nossa grande carteira de

obrigações do Tesouro dos EUA em anos anteriores limitava os nossos ganhos de câmbio estrangeiro

aquando da depreciação do dólar americano. No cômputo geral as perdas de câmbio estrangeiro com

ações e obrigações totalizaram 444 milhões.

Tabela 1

Os Ganhos/Perdas do Fundo Petrolífero a nível de Câmbio Externo desde 2009

Ano

2014

2013

2012

2011

2010

2009

Ganhos/perdas de câmbio

externo (em dólares americanos)

(425,54)

(19,35)

0,72

(0,05)

0,02

0,16

Porquê ter exposição a moedas que não o dólar americano?

O Fundo Petrolífero registou perdas significativas com câmbio estrangeiro, em virtude da valorização do

dólar americano em 2014. Continuamos a deter aplicações em moedas que não o dólar americano, uma

vez que se acredita que isso vai de encontro aos interesses do Fundo a longo prazo. A longo prazo

prevê-se que haja benefícios com a diversificação de moedas e com a cobertura da despesa do governo em

moedas que não o dólar americano.

A diversificação é um princípio fundamental da estratégia de investimento do Fundo Petrolífero.

Beneficiamos da diversificação em duas classes essenciais de aplicações: ações e obrigações. Em termos

de ações, diversificamos entre empresas, setores e países. A diversificação na carteira de obrigações

aumentou com a introdução de obrigações soberanas em denominações que não o dólar americano em

2013.

Poderíamos es olher o rir ou remover

a exposição a moedas estrangeiras assumindo posições

derivativas compensadoras na moeda estrangeira. O Governo, seguindo a recomendação do Comité de

Assessoria para o Investimento, decidiu manter a exposição a moedas estrangeiras nas ambas carteiras de

ações e obrigações. O objetivo disto foi reduzir a concentração do Fundo no dólar americano. Ao alargar a

exposição a outras moedas o poder de compra internacional do Fundo fica protegido contra um cenário

possível em que o dólar americano esteja sistematicamente mais fraco ao longo de um período

prolongado.


(21)

Custos de Gestão

De acordo com o Pacto de Gestão Operacional assinado entre o Ministério das

Finanças e o BCTL

4

, o Fundo deve pagar taxas de gestão ao BCTL na qualidade de

gestor operacional. Tal como a Figura 14 demonstra, as taxas de gestão pagas e

subtraídas ao Fundo em 2014 totalizaram 16,6 milhões de dólares. Este montante

incluiu uma taxa de custódia e gestão externa de 9,6 milhões de dólares, despesas

operacionais do BCTL de 6,5 milhões, despesas do Comité de Assessoria para o

Investimento (CAI) de 0,4. Relativamente à dimensão do Fundo, as taxas de gestão

para 2014 foram 0,10%, sendo assim elevadas em comparação com as taxas de gestão

do ano 2013 no valor de 0,06%.

Categoria

Montante (em dólares)

Taxas de gestão e custódia externas

9.618.804

Taxas de gestão operacional do BCTL

6.455.290

Despesas do CAI

377.785

Outras despesas

110.641

Total

16.562.520

Próximos Passos

O Governo está a contemplar a possibilidade de aperfeiçoar as carteiras de

obrigações e acções através de uma gama mais vasta de classes de subaplicações por

forma a melhorar as características do Fundo em termos de riscos e retornos. Grande

parte do trabalho terá como objectivo um melhor entendimento das características

de riscos e retornos destes novos investimentos, da sua implementação associada e

da sua complexidade em vista da existência de recursos governamentais.

4

http://www.bancocentral.tl/PF/laws.asp

De igual modo, uma gama mais vasta de moedas reflete melhor a composição das despesas do Governo.

Em circunstâncias como as que se verificaram em 2014 e 2015, com o dólar americano a estar mais forte,

as despesas denominadas noutras moedas serão mais baixas em termos do dólar americano. Por outras

palavras, as nossas aplicações financeiras dão uma cobertura implícita às despesas governamentais em

moedas que não o dólar americano.

A diversificação neste caso aumenta de facto a volatilidade dos retornos reportados do Fundo. Embora

isto possa parecer contraintuitivo, tal acontece simplesmente por os retornos do fundo serem reportados

em dólares americanos e flutuarem assim consoante as taxas de câmbio. Chegámos a considerar a

possibilidade de mudar o numerário do Fundo para um cabaz de moedas

tal como fazem alguns outros

Fundos de Riqueza Soberana

mas não era claro qual seria a mistura de moedas mais adequada para nós,

além de que a interpretação de um numerário com várias moedas tinha os seus desafios. Assim sendo, é

necessário que a nossa abordagem não atribua demasiada importância à volatilidade a curto prazo de

retornos derivada de movimentações cambiais. Acredita-se que a inclusão da exposição a moedas que

não o dólar americano serve os interesses a longo prazo do Fundo. Esta é uma estratégia a longo prazo

que estará sujeita a volatilidade a curto prazo dado reportarmos em dólares americanos.


(22)

Pareceres do Comité de Assessoria para o Investimento

O Comité de Assessoria para o Investimento (CAI) do Fundo Petrolífero realizou seis

reuniões e uma sessão de trabalho durante 2014. As actas das reuniões estão

disponíveis no site do BCTL (www.bancocentral.tl

)

. O CAI fez duas recomendações

(ver Anexo X) à Ministra das Finanças, de acordo com os requisitos do Artigo 16.º da

Lei do Fundo Petrolífero:

1)

Parecer sobre a nomea

ç

ão de novos gestores de obrigações para o Fundo

Petrolífero

Após analisar a proposta do BCTL relativamente à nomeação da

AllianceBernstein LP e da Wellington Management Company LLP como gestores

externos do Fundo Petrolífero, o CAI aconselhou S. Exa. a Ministra das Finanças

a 27 de Março de 2014 ,no sentido de aprovar a proposta, uma vez que ambos os

gestores cumpriam os requisitos previstos no n.º 2 e n.º 4 do Artigo 12.º da Lei do

Fundo Petrolífero. A Ministra das Finanças aceitou a recomendação do CAI e

solicitou ao BCTL que lhe desse execução.

2)

Actualização sobre a Declaração de Convicções e Princípios de Investimento do

CAI

Por carta datada de 5 de Setembro de 2014, o CAI informou a Ministra a respeito

da necessidade de actualização da Declaração de Convicções e Princípios de

Investimento do CAI. Esta actualização visa sobretudo incorporar as convicções

do Comité sobre investimentos com juro fixo e recordar os intervenientes de que

os pareceres do Comité continuam a ser orientados por um quadro consistente de

convicções, com apoio amplo a nível académico e de mercado.


(23)

(24)

(25)

Anexo I


(26)

Fundo Petrolífero de Timor-Leste

Informações Gerais

31 de Dezembro de 2014

______________________________________________________________________

Ministra das Finanças

S. Exa. Santina Cardoso (desde 16 de

Fevereiro de 2015)

S. Exa. Emília Pires

Director-Geral do Tesouro

Agostinho Castro

Membros do Comité de Assessoria para o Investimento Olgário de Castro

Gualdino da Silva

Francisco Monteiro

Torres Trovik

Kevin Bailey

Por inerência do cargo (sem poder de voto)

Venâncio Alves Maria

Agostinho Castro (substituto: Basílio R.D.C.

Soares)

Governador do Banco Central de Timor-Leste

Abraão de Vasconcelos

Director Executivo do Fundo Petrolífero

Venâncio Alves Maria

Gestor Operacional

Banco Central de Timor-Leste

Avenida Bispo Medeiros

Dili

Timor-Leste

Gestores de Investimento

Banco Central de Timor-Leste

Banco de Compensações Internacionais

Schroder Investment Management Limited

State Street Global Advisors

Blackrock Investment Management Australia

Limited

Russell Investment Management Ltd (até

Dezembro de 2014)

Alliance Bernstein (desde Julho de 2014)

Wellington Management (desde Dezembro

de 2014)

Membros do Conselho Consultivo do Fundo Petrolífero Merício Juvinal dos Reis

José Augusto Fernandes Teixeira

Rui Meneses da Costa

Júlio Fernandes

Padre Júlio Crispim Ximenes Belo

Bonaventura M. Bali

Zélia Fernandes

Conservador

J P Morgan Chase Bank N.A.

Auditor Independente

Deloitte Touche Tohmatsu


(27)

Fundo Petrolífero de Timor-Leste

Declaração do Director-Geral do Tesouro

31 de Dezembro de 2014

_____________________________________________________________________________________

CENÁRIO DE FUNDO

A Lei N.º 9/2005, promulgada a 3 de Agosto de 2005, estabeleceu o Fundo Petrolífero de Timor-Leste

(“Fundo Petrolífero”).

O Banco Central de Timor-

Leste (“BCTL”) é responsável pela gestão operacional

do Fundo Petrolífero. Segundo um Acordo de Gestão datado de 12 de Outubro de 2005 entre o Ministério

das Finanças e o BCTL, este último é igualmente responsável por manter os livros de contas do Fundo

Petrolífero em nome do Director-Geral do Tesouro.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

De acordo com o Artigo 21.º da Lei do Fundo Petrolífero, as demonstrações financeiras foram preparadas

de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS). As demonstrações são as

seguintes:

Demonstração de rendimentos integrais,

Demonstração de posição financeira,

Demonstração de alterações de capital,

Demonstração de fluxos financeiros, e

Notas às demonstrações financeiras

Estas demonstrações financeiras dizem respeito ao ano que terminou a 31 de Dezembro de 2014.

As demonstrações financeiras foram auditadas de forma independente pela Deloitte Touche Tohmatsu,

cujo parecer de auditoria está apenso às demonstrações financeiras.

CAPITAL DO FUNDO PETROLÍFERO

O Fundo Petrolífero tinha um capital de 15,0 mil milhões de dólares a 1 de Janeiro de 2014 (em 2013 era

de 11,8 mil milhões). Durante o período os impostos e outras receitas petrolíferas segundo o Artigo 6.º do

Fundo Petrolífero foram de 1,8 mil milhões de dólares (em 2013 foram de 3,0 mil milhões). O Fundo

gerou rendimentos de 502 milhões de dólares durante o período (em 2013 gerou 865 milhões). A

“Demonstração de rendimentos integrais” contém um resumo das transações a

nível de rendimentos.

Durante o ano transferiram-se 732 milhões de dólares do Fundo Petrolífero para o Fundo Consolidado. O

capital do Fundo Petrolífero a 31 de Dezembro de 2014 era de 16,5 mil milhões de dólares (em 2013 era

de 15,0 mil milhões)

. A “Declaração de alterações de capital” contém um resumo das transações

.

ÍNDICES DE REFERÊNCIA E DESEMPENHO

Na reunião do Comité de Assessoria para o Investimento de 28 de Junho de 2012, a Ministra, aconselhada

pelo Comité, decidiu alargar a exposição a acções públicas em 0,83% ao mês ao longo de um período de

dois anos até 30 de Junho de 2014, com vista a obter uma exposição a acções de 40%.

A exposição a acções de 40% foi conseguida durante o ano. O Comité considera que este é um nível

adequado em face do horizonte de investimento a longo prazo do Fundo.

O Comité continuará a analisar a estratégia de investimento e a alocação de activos do Fundo, de modo a

garantir que o nível de retorno esperado está em linha com o Rendimento Sustentável Estimado (RES).

Resumo dos Índices de Referência Índices de Referência

A 31 Dezembro 2014 A 31 Dezembro 2013

Juros Fixos

BOA Merrill Lynch Governo dos EUA 0 a 5 anos 40,0% 45,0% BOA Merrill Lynch Governo dos EUA 5 a 10 anos 10,0% 10,0% Barclays Global 10,0% 10,0% Total de Juros Fixos 60,0% 65,0%

Acções Globais

MSCI Mundial 40,0% 35,0% Total de Acções Globais 40,0% 35,0%


(28)

Fundo Petrolífero de Timor-Leste

Declaração do Director-Geral do Tesouro

31 de Dezembro de 2014

_____________________________________________________________________________________

Desempenho

De acordo com a alínea a) do número 1 do Artigo 24.º do Fundo Petrolífero e com as provisões do Acordo de Gestão, os activos do Fundo Petrolífero foram investidos em instrumentos mandatados durante o ano. A nota 17 contém a lista de instrumentos detidos a 31 de Dezembro de 2014. A exposição a crédito por notação de crédito consta da nota 12 b) (iii). O desempenho do Fundo Petrolífero durante o período cumpriu com o previsto no Acordo de Gestão. Os rendimentos provenientes de juros diminuíram relativamente ao ano anterior, ao passo que os rendimentos provenientes de dividendos aumentaram. Isto reflecte as alterações na carteira durante a primeira metade de 2014, tal como já foi discutido na parte sobre índices de referência e desempenho. As taxas administrativas aumentaram durante o ano, o que reflecte a nomeação de novos gestores e o aumento da dimensão do fundo. As perdas líquidas FX aumentaram de forma considerável devido ao fortalecimento do dólar americano comparativamente a outras moedas.

Durante o período o Ministério das Finanças e o Banco Central de Timor-Leste (BCTL) conseguiram assegurar o papel fiduciário e o papel de custódia em relação ao Fundo Petrolífero.

Alterações Significativas em termos de Situação

Os índices de referência mudaram consideravelmente durante o ano, tal como se descreve no parágrafo anterior sobre índices de referência.

Aprovação de Demonstrações Financeiras

As demonstrações financeiras apensas, referentes ao ano que terminou a 31 de Dezembro de 2014, foram aprovadas em nome do Ministério das Finanças por:

Agostinho Castro Director-Geral do Tesouro

Ministério das Finanças do Governo de Timor-Leste 27 de Maio de 2015


(29)

Anexo II


(30)

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU

ABN 74 490 121 060

LEVEL 11

24 MITCHELL STREET

DARWIN NT 0800

GPO BOX 4296

DARWIN NT 0801 AUSTRÁLIA

TEL: +61 (0) 8 8980 3000 FAX: +61 (0) 8 8980 3001

WWW.DELOITTE.COM.AU

Relatório do Auditor Independente para a Ministra das

Finanças da República Democrática de Timor-Leste a

respeito do Relatório Financeiro Anual do Fundo Petrolífero

para o ano que terminou a 31 de Dezembro de 2014

Auditámos o relatório financeiro anexo do Fundo Petrolífero de Timor-

Leste (o ‘Fundo

Pe

trolífero’), que engloba a demonstração da posição financeira a 31 de Dezembro de 2014, a

demonstração de rendimentos integrais, a demonstração de fluxos financeiros e a demonstração

de alterações de capital para o ano que terminou nessa data, assim como notas resumindo as

principais políticas contabilísticas e outras informações explicativas.

Responsabilidade do Governo em termos de Informações Financeiras

O Governo, representado pela Ministra das Finanças, é responsável por preparar e apresentar

correctamente o relatório financeiro, de acordo com as Normas Internacionais de Reporte

Financeiro, bem como pelo controlo interno que a Ministra das Finanças considere ser

necessário para permitir a preparação e apresentação correcta do relatório financeiro sem

incorrecções materiais resultantes de fraude ou erro.

Responsabilidade do Auditor

A nossa responsabilidade consiste em emitir um parecer sobre o relatório financeiro com base na

nossa auditoria.

Conduzimos a nossa auditoria de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas

normas requerem que cumpramos com os requisitos éticos relevantes e que planeamos e

levemos a cabo a auditoria de modo a obter garantias razoáveis de que o relatório financeiro está

isento de incorrecções materiais.

Uma auditoria envolve a realização de procedimentos para obter elementos sobre os montantes e

divulgações no relatório financeiro. Os procedimentos seleccionados dependem do critério do

auditor, incluindo a avaliação dos riscos de incorrecções materiais no relatório financeiro

devidas a fraude ou erro. Para fazer estas avaliações de risco o auditor considera o controlo

interno relevante para a preparação e apresentação correcta do relatório financeiro por parte da

entidade de modo a conceber procedimentos de auditoria adequados para as circunstâncias,

porém abstém-se de emitir uma opinião sobre a eficácia desse controlo interno. Uma auditoria

inclui também a avaliação da adequação das políticas contabilísticas utilizadas e a razoabilidade

das estimativas contabilísticas feitas pelo Governo, bem como a avaliação da apresentação

global do relatório financeiro.


(31)

Consideramos que os elementos obtidos são suficientes e adequados para serem utilizados

como base para o nosso parecer.

Parecer

Na nossa opinião o relatório financeiro do Fundo Petrolífero de Timor-Leste representa

correctamente, em todos os aspectos materiais, a posição financeira do Fundo Petrolífero a 31 de

Dezembro de 2014 e o desempenho financeiro durante o ano que terminou nessa data, de acordo

com as Normas Internacionais de Reporte Financeiro.

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU

Revisores Oficiais de Contas

Díli


(32)

Fundo Petrolífero de Timor-Leste Demonstração de resultados integrais para o ano que terminou a 31 de Dezembro de 2014

Ano findo a Ano findo a 31/12/2014 31/12/2013

Nota USD USD

Receitas

Rendimentos de juros 5 142.326.830 149.187.245 Rendimentos de dividendos 177.467.665 105.859.453 Dividendos de fundos fiduciários 5.800.126 3.644.699 Outros rendimentos de investimentos 34.725 162.874 Ganhos/(perdas) líquidos de activos e passivos financeiros através dos resultados 9 627.313.626 640.006.671 Perdas cambiais líquidas (425.542.866) (19.353.812)

Total das receitas 527.400.106 879.507.130

Despesas

Taxas externas de gestão e custódia (9.618.804) (6.993.353) Despesas do CAI (377.785) (153.491) Taxas de gestão operacional do BCTL (6.455.290) (1.863.119) Outras despesas (110.641) (571.744)

Total das despesas (16.562.520) (9.581.707)

Lucros antes de impostos 510.837.586 869.925.423

Impostos retidos (9.284.000) (5.010.732)

Lucros para o ano 501.553.586 864.914.691

Outros rendimentos integrais -

-Total dos rendimentos integrais para o ano 501.553.586 864.914.691

As demonstrações financeiras devem ser lidas em conjunto com as políticas e notas constantes das páginas 10 a 49.


(33)

-Fundo Petrolífero de Timor-Leste Demonstração da posição financeira

a 31 de Dezembro de 2014

A 31/12/2014 A 31/12/2013

Nota USD USD

Activos

Caixa e equivalentes de dinheiro 8 66.842.141 70.185.105 Outros valores a receber 6 20.063.101 11.112.267 Activos financeiros segundo o valor justo através dos resultados 9 16.466.483.685 14.904.678.996

Total dos activos 16.553.388.927 14.985.976.368

Passivo

Valores a pagar por títulos comprados 11.282.656 31.549.249 Contas a pagar 3.488.811

2,327,814

Total dos passivos 14.771.467 33,877,063

Activos líquidos 16.538.617.460 14.952.099.305

Capital

Capital 16.538.617.460 14.952.099.305

As demonstrações financeiras devem ser lidas em conjunto com as políticas e notas constantes das páginas 10 a 49.


(34)

-Fundo Petrolífero de Timor-Leste Demonstração de alterações de capital para o ano que terminou a 31 de Dezembro de 2014

Ano findo a Ano findo a 31/12/2014 31/12/2013

USD USD

Capital no início do ano 7 14.952.099.305 11.775.348.589

Receitas Brutas do Fundo Petrolífero 7 1.816.964.569 3.041.836.025

(segundo o Artigo 6.º da Lei do Fundo Petrolífero) 16.769.063.874 14.817.184.614

Transferências para o Fundo Consolidado de Timor-Leste

7 (732.000.000) (730.000.000)

(segundo o Artigo 7.º da Lei do Fundo Petrolífero)

Transferências para reembolsos tributários

-

-(segundo o Artigo 10.º da Lei do Fundo Petrolífero)

Total dos rendimentos integrais para o ano 501.553.586 864.914.691

Capital no final do ano 16.538.617.460 14.952.099.305

As demonstrações financeiras devem ser lidas em conjunto com as políticas e notas constantes das páginas 10 a 49.


(35)

-Fundo Petrolífero de Timor-Leste Demonstração de fluxos financeiros

para o ano que terminou a 31 de Dezembro de 2014

Ano findo a Ano findo a 31/12/2014 31/12/2013

Nota USD USD

Fluxos financeiros provenientes de actividades operacionais

Proveitos da venda de activos financeiros segundo o valor justo através dos resultados 14.877.320.817 13.598.334.271 Compras de activos financeiros segundo o valor justo através dos resultados 9 (16.254.196.325) (16.125.029.431) Juros recebidos 141.865.370 143.017.592 Dividendos recebidos 164.664.963 95.154.880 Distribuições de fundos fiduciários 5.527.463 3.462.605 Taxas externas de gestão e custódia pagas (15.290.882) (8.979.149) Taxas de gestão operacional pagas - (50.000) Outras receitas operacionais 34.725 166.257 Outros pagamentos operacionais (512.016) (571.745)

Dinheiro líquido utilizado em actividades operacionais 13

(1.080.585.885) (2.294.494.720)

Fluxos financeiros provenientes de actividades de financiamento 7

Receitas Brutas do Fundo Petrolífero 1.816.964.569 3.041.836.025 Pagamentos de transferências para o Fundo Consolidado de Timor-Leste (732.000.000) (730.000.000) Reembolsos de receitas fiscais -

-Fluxos de dinheiro líquido prestados para actividades de financiamento 1.084.964.569 2.311.836.025

Aumento líquido de caixa e equivalentes a dinheiro 4.378.684

17.341.305

Caixa e equivalentes a dinheiro no início do ano 70.185.105

60.884.289

Efeitos das alterações cambiais na caixa e equivalentes a dinheiro (7.721.648) (8.040.489)

Caixa e equivalentes a dinheiro a 31 de Dezembro 8 66.842.141

70.185.105

As demonstrações financeiras devem ser lidas em conjunto com as políticas e notas constantes das páginas 10 a 49.


(36)

-Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às demonstrações financeiras para o ano que terminou a 31 de Dezembro de 2014 Índice

Nota Página

1. Informações sobre o Fundo 10 2. Aplicação de Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) novas e revistas 10 3. Políticas contabilísticas relevantes 11 4. Estimativas e pareceres contabilísticos importantes 15 5. Rendimentos de juros 15 6. Outros valores a receber 15 7. Principais pagamentos e receitas do Fundo Petrolífero 16 8. Caixa e equivalentes a dinheiro 17 9. Activos financeiros avaliados através dos resultados 17 10. Contractos de derivados 19 11. Despesas de imposto sobre rendimentos 19 12. Objectivos e políticas de risco financeiro e de gestão 20 13. Reconciliação de fluxos líquidos de caixa de actividades operacionais com lucro para o ano 27

14. Pessoal 27

15. Activos e passivos contingentes e compromissos 27 16. Divulgações de partes relacionadas 27 17. Eventos subsequentes 28 18. Lista de activos financeiros avaliados através dos resultados 29 - 49

1. Informações sobre o Fundo

O Fundo Petrolífero de Timor-Leste (o ‘Fundo Petrolífero’) foi estabelecido pela da Lei do Fundo Petrolífero N.º 9/2005, alterada pela Lei N.º 12/2011, de 28 de Setembro.

De acordo com o Artigo 139.º da Constituição, os recursos petrolíferos são pertença do Estado e deverão ser usados de uma forma justa e equitativa dentro dos interesses nacionais, com os rendimentos derivados dos mesmos levando ao estabelecimento de reservas financeiras obrigatórias. O Fundo Petrolífero é uma forma de contribuir para a boa gestão dos recursos petrolíferos em benefícios das gerações actuais e vindouras, sendo uma ferramenta que contribui para uma política fiscal sólida que dá a consideração adequada aos interesses a longo prazo dos cidadãos de Timor-Leste.

O Banco Central de Timor-Leste (BCTL),com sede na Avenida Bispo Medeiros, Díli, Timor-Leste, é responsável pela gestão operacional do Fundo Petrolífero, é o dono registado de todos os activos do Fundo Petrolífero. A gestão do Fundo Petrolífero é levada a cabo em conformidade com um Acordo de Gestão entre o Ministério do Plano e das Finanças e o BCTL.

A emissão das presentes demonstrações financeiras foi autorizada pelo Director-Geral do Tesouro a 27 de Maio de 2015.

2. Aplicação de Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) novas e revistas

2.1 IFRS novas e revistas aplicadas sem impacto significativo sobre as demonstrações financeiras

Não foram adoptadas IFRS novas e revistas nestas demonstrações financeiras.

2.2 IFRS novas e revistas emitidas mas ainda não em vigor

A Administração ainda não teve oportunidade para considerar o impacto potencial da adopção de normas e interpretações emitidas mas que ainda não entraram em vigor.

A Administração do Fundo Petrolífero prevê que estas emendas venham a ser adoptadas nas demonstrações financeiras do Fundo Petrolífero, da seguinte maneira:

Norma / interpretação Data de efeito

(com início a partir de)

Aplicação inicial prevista para o ano financeiro com início a

IFRS 9 Instrumentos Financeiros 1 Janeiro 2018 1 Janeiro 2018 IFRS 15 Receitas de Contractos com Clientes 1 Janeiro 2017 1 Janeiro 2017


(37)

-Fundo Petrolífero de Timor-Leste

Notas às demonstrações financeiras

para o ano que terminou a 31 de

Dezembro de 2014

3. Políticas contabilísticas relevantes

Declaração de conformidade

De acordo com o Artigo 21.º da Lei do Fundo Petrolífero, as demonstrações financeiras foram preparadas segundo as Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS) (anteriormente: “Normas Internacionais de Contabilidade”).

Base de preparação

As demonstrações financeiras são apresentadas em dólares americanos. São preparadas na base de custos históricos, exceto no que toca à reavaliação de determinados instrumentos financeiros, os quais são medidos segundo o valor justo através dos resultados, conforme se explica nas políticas contabilísticas abaixo.

A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer que a gestão elabore pareceres, estimativas e pressupostos que afectem a aplicação de políticas e os montantes reportados de activos, passivos, rendimentos e despesas. As estimativas e pressupostos associados baseiam-se na experiência histórica e noutros factores que se crê serem razoáveis segundo as circunstâncias, sendo que os seus resultados formam a base para os pareceres relativamente ao transporte de valores e activos e passivos que não são prontamente aparentes a partir de outras fontes. Os resultados concretos podem variar em relação a estas estimativas. A área envolve um elevado grau de critério ou complexidade. A nota 4 indica áreas cujos pressupostos e estimativas são relevantes para as demonstrações financeiras.

As estimativas e pressupostos subjacentes são revistos continuamente. As revisões às estimativas contabilísticas são reconhecidas no período em que a estimativa é revista caso a revisão apenas afecte esse período, ou no período da revisão e em períodos futuros, caso a revisão afecte o período actual e períodos futuros.

As políticas contabilísticas têm vindo a ser aplicadas consistentemente pelo Fundo Petrolífero. O Fundo Petrolífero adoptou as IFRS válidas à data do balanço.

A demonstração do balanço apresenta activos e passivos em ordem decrescente de liquidez e não distingue entre itens correntes e não correntes.

As principais políticas contabilísticas são indicadas de seguida.

(a) Activos e Passivos Financeiros

(i) Classificação

Os investimentos do Fundo são categorizados ao valor justo através dos resultados e são compostos por: Instrumentos Financeiros designados pelo valor justo através dos resultados por reconhecimento inicial.

Incluem activos financeiros que não pretendem ser transaccionados mas que podem ser vendidos. São investimentos em instrumentos de dívida e acções negociados em bolsa. Estes Instrumentos Financeiros são designados por reconhecimento inicial.

A forma como o Fundo Petrolífero é gerido é indicada no Anexo 1 ao Acordo de Gestão entre o Banco Central de Timor-Leste e a Ministra das Finanças, o qual estabelece o índice de referência para o Fundo Petrolífero.

Os activos financeiros do Fundo Petrolífero são geridos e o desempenho é medido e relatado de acordo com estratégias documentadas de investimento e gestão de risco designadas segundo o valor justo através dos resultados, para fins contabilísticos.

Empréstimos e valores a receber

Os activos financeiros classificados como valores a receber incluem saldos em dinheiro devidos de intermediários financeiros a partir da venda de títulos, valores a receber a partir de acordos de reaquisição invertida com maturidade de mais de um dia útil, e outros valores a receber.

Outras obrigações financeiras

As obrigações financeiras que não estão apresentadas ao valor justo através dos resultados incluem saldos a pagar a intermediários financeiros relativamente à compra de títulos, bem como outros valores a pagar a curto prazo.

(ii) Reconhecimento

O Fundo reconhece um activo financeiro ou uma obrigação financeira quando e apenas quando se torna Parte nas disposições contratuais do instrumento.

As compras ou vendas de activos financeiros que exijam a entrega de activos dentro do prazo estabelecido habitualmente por uma norma ou convenção no mercado (transacções regulares) são reconhecidas na data de transacção, isto é, na data em que o Fundo se compromete a comprar ou a vender o activo.


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-Fundo Petrolífero de Timor-Leste

Notas às demonstrações financeiras

para o ano que terminou a 31 de

Dezembro de 2014

3. Políticas contabilísticas relevantes (continuação)

(iii) Mensuração Inicial

Activos e Passivos Financeiros

Os Activos e Passivos Financeiros mensurados ao valor justo através dos resultados são registados nas demonstrações financeiras ao justo valor. Todos os custos inerentes a estas transacções são reconhecidos directamente nos resultados.

Os derivados incorporados noutros Instrumentos Financeiros são tratados como derivados separados e registados segundo o valor justo caso as suas características e riscos económicos não estejam relacionados de perto com os do contracto anfitrião, e caso o contracto anfitrião não esteja classificado como detido para negociação ou designado ou registado ao valor justo através dos resultados. Os derivados incorporados separados do anfitrião são transportados ao valor justo, com as alterações ao valor justo a serem reconhecidas nos resultados.

Empréstimos e valores a receber e outras obrigações financeiras

Os empréstimos e valores a receber e as obrigações financeiras (que não estejam classificados como detidos para negociação) são mensurados inicialmente ao seu valor justo, sendo-lhes adicionados quaisquer custos incrementais atribuíveis à aquisição ou emissão.

(iv) Imparidade de activos financeiros

O Fundo avalia em cada data de reporte se um activo financeiro ou grupo de activos financeiros classificados como empréstimos e valores a receber estão mal parados. Um activo financeiro ou grupo de activos financeiros são considerados em imparidade se e apenas se houver provas objectivas resultantes de um ou mais eventos que tenham ocorrido após o reconhecimento inicial do activo (um ‘evento de perda’) e se esse evento de perda tiver um impacto no fluxo financeiro futuro desse activo financeiro ou grupo de activos financeiros que possa ser estimado de forma fiável.

As provas de imparidade podem incluir indícios de que o devedor ou um grupo de devedores estão a passar por dificuldades financeiras consideráveis, incumprimento ou falta no pagamento de juros ou de capital principal, e a probabilidade de entrarem em situação de insolvência ou noutro tipo de reorganização financeira, ou se existirem dados observáveis que indiquem uma queda nas estimativas de fluxos de caixa futuros, tais como alterações aos valores em dívida ou das condições económicas relacionadas com situações de incumprimento. Caso haja provas objectivas de que ocorreu uma perda por imparidade, o montante da perda é medido como a diferença entre o montante transportado do activo e o valor actual dos fluxos de caixa estimados para o futuro (excluindo perdas de crédito esperadas para o futuro que ainda não tenham ocorrido) usando a taxa de juro efectiva original associada ao activo. O montante transportado da aplicação é reduzido através do uso de uma conta de abatimento, sendo o montante da perda reconhecido nos resultados como ‘despesa de perda de crédito’. As dívidas malparadas, juntamente com a provisão associada, são canceladas caso não haja perspectivas realistas de virem a ser recuperadas e caso a totalidade da garantia tenha sido convertida em dinheiro ou transferida para o Fundo. Se posteriormente o montante da perda por imparidade estimada aumentar ou diminuir devido a um evento que ocorra após o reconhecimento da imparidade, a perda por imparidade reconhecida anteriormente é aumentada ou diminuída através do ajuste da conta de provisão. Caso um cancelamento prévio seja recuperado, a recuperação é creditada na demonstração de resultados e outros rendimentos abrangentes.

Os rendimentos de juros referentes a activos financeiros malparados são reconhecidos usando a taxa de juro utilizada para descontar o fluxo de caixa estimado para efeitos da medição da perda resultante da perda por imparidade.

(v) Mensuração ao valor justo

O valor justo é o montante pelo qual um activo pode ser transaccionado ou uma obrigação pode ser liquidada entre partes dispostas e conhecedoras através de uma transacção sem favorecimentos. O valor justo de um instrumento financeiro assenta no seu preço de mercado constante do balanço, sem qualquer dedução de custos de venda estimados no futuro. Os activos financeiros detidos ou as obrigações a serem emitidas têm o seu custo de acordo com os preços de oferta correntes, ao passo que as obrigações financeiras detidas e os activos a adquirir têm os seus custos de acordo com os preços de procura actuais.

Todas as alterações ao valor justo que não sejam rendimentos ou despesas provenientes de juros ou dividendos são reconhecidas nos resultados como parte dos resultados líquidos de activos ou passivos financeiros ao valor justo através dos resultados.

(vi) Desreconhecimento

Um activo financeiro (ou, quando aplicável, uma parte de um activo financeiro ou uma parte de um grupo de activos financeiros semelhantes) é desreconhecido quando:

- Os direitos de recebimento de fluxos de caixa desse activo terminaram ou

- O Fundo tenha transferido os direitos de recebimento de fluxos de caixa do activo ou tenha assumido uma obrigação de pagar o fluxo de caixa recebido na totalidade e sem atrasos a um terceiro através de um acordo de ‘pass-through’; e

- Se a) o Fundo tiver transferido substancialmente todos os riscos e recompensas do activo; ou b) se o Fundo não tiver transferido nem retido substancialmente todos os riscos e recompensas do activo, mas tiver transferido o controlo sobre o activo.


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Fundo Petrolífero de Timor-Leste

Notas às demonstrações financeiras

para o ano que terminou a 31 de

Dezembro de 2014

3. Políticas contabilísticas relevantes (continuação)

(vi) Desreconhecimento (continuação)

Caso o Fundo transfira os seus direitos a receber fluxos de caixa de um activo (ou tenha feito um acordo de ‘pass-through’) e não tenha transferido nem retido substancialmente todos os riscos e recompensas do activo, nem transferido o controlo sobre o activo, esse activo é reconhecido na medida do envolvimento continuado do Fundo no activo. Neste caso, o fundo reconhece também uma obrigação associada. O activo transferido e a obrigação associada são medidos segundo uma base que reflecte os direitos e obrigações retidos pelo fundo.

O Fundo desreconhece um passivo financeiro quando a obrigação inerente ao passivo é paga, quando é cancelada ou quando caduca. (vii) Descarte

O Fundo Petrolífero descarta activos e passivos financeiros caso o Fundo Petrolífero tenha um direito aplicável por lei de despoletar os montantes e juros reconhecidos e tencione ou fazer a liquidação numa base líquida ou converter a aplicação em dinheiro e liquidar a obrigação simultaneamente.

Os rendimentos e despesas são apresentados numa base líquida apenas quando tal é permitido pelas IFRSs, como por exemplo no caso de ganhos e perdas resultantes de um grupo de transacções semelhantes tais como ganhos e perdas de activos e passivos financeiros o valor justo através dos resultados.

(viii) Instrumentos específicos Caixa e equivalentes de caixa

Caixa representa os depósitos à ordem em bancos. Os equivalentes de caixa são investimentos de elevada liquidez a curto prazo rapidamente convertíveis em montantes conhecidos em dinheiro, sujeitos a um risco insignificante de alteração de valor, e detidos para cobrir compromissos de dinheiro a curto prazo e não para investimento ou outras finalidades.

Operações de recompra invertida

Os títulos comprados sob acordos de revenda (acordos de recompra invertida) com um período de maturidade superior a um dia financeiro são reportados não como compras de títulos mas sim como valores a receber, sendo transportados na declaração de posição financeira de acordo com o seu custo amortizado.

Os juros gerados em acordos de recompra invertida e os juros incorridos com acordos de recompra são reconhecidos como rendimentos de juros ou despesas de juros ao longo da vida de cada acordo usando o método do juro efectivo.

(ix) Direitos hipotecários sobre activos do Fundo Petrolífero

De acordo com o Artigo 20.º da Lei do Fundo Petrolífero alterada, é possível impor os encargos ou direitos hipotecários, em qualquer das suas formas e mediante contracto ou acordo, sobre os activos do Fundo Petrolífero até um limite de 10% do valor total do Fundo Petrolífero no momento em que são impostos, desde que este procedimento cumpra com os princípios das regras gerais sobre criação, emissão e gestão de dívida pública.

(b) Transacções em moeda estrangeira

(i) Moeda funcional e de apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras do Fundo Petrolífero são medidos e apresentados em dólares americanos, a moeda oficial da República Democrática de Timor-Leste.

(ii) Transacções e balanços

As transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional usando as taxas de câmbio em vigor nas datas das transacções. Os ganhos e perdas com o câmbio resultantes destas transacções são convertidos na moeda funcional utilizando a taxa de câmbio em vigor na data do balanço.

Os ganhos e perdas com moeda estrangeira resultantes destas transacções e da conversão no final do ano das taxas de câmbio de activos e passivos monetários denominados em moedas estrangeiras são reconhecidos na demonstração de resultados abrangentes na rubrica ‘Ganhos / perdas líquidos em activos e passivos financeiros ao valor justo através dos resultados’. As diferenças cambiais em outros instrumentos

financeiros são incluídas nos ganhos ou perdas na demonstração de resultados integrais como ‘Ganhos/(perdas) líquidos de câmbio de moeda estrangeira’.

As diferenças cambiais relacionadas com caixa ou equivalentes a dinheiro são incluídas nos ganhos ou perdas na demonstração de resultados

integrais como ‘Ganhos/(perdas) líquidos de câmbio de moeda estrangeira’


(1)

Princípio Implementação

disponibilizadas ao público em geral no portal electrónico do BCTL.

O Ministério das Finanças, por iniciativa própria e/ou quando solicitado, conduz sessões informativas com o público em geral, incluindo funcionários públicos, ONGs e alunos, de modo a pôr o público a par sobre as actividades, operação e desempenho do Fundo. http://www.mof.gov.tl/category/documents-and- forms/petroleum-fund-documents/petroleum-fund-annual-reports/?lang=en

http://www.bancocentral.tl/PF/Reports.asp

http://www.mof.gov.tl/category/documents-and- forms/petroleum-fund-documents/petroleum-fund-seminars-presentations/?lang=en

III. Quadro de Investimento e Gestão de Risco

18. A política de investimento do FRS deve ser clara e consistente com os seus objectivos definidos, a sua tolerância de risco e a sua estratégia de investimento, conforme definidos pelo titular do(s) órgão(s) de governação, e ser baseada em princípios sólidos de gestão de carteiras.

18.1. A política de investimento deve orientar as exposições de risco financeiro do FRS e o uso possível de garantias.

18.2. A política de investimento deve abordar a medida em que são usados gestores de

investimento internos e / ou externos, a gama das suas actividades e autoridade, e o processo através do qual são seleccionados e através do qual o seu desempenho é monitorizado.

O Ministério das Finanças, agindo em nome do governo, define a política de investimento levando em conta os pareceres do CAI e reflectindo a preferência do povo timorense em termos de risco. A política de investimento é divulgada ao público. A Lei do Fundo Petrolífero define as orientações latas de alocação de activos como sejam o perfil de risco, o universo de investimento, os princípios de investimento e outras questões relacionadas com a política global de investimento.

Os pareceres do CAI assentam nas Crenças e Princípios de Investimento divulgadas ao público por esta entidade.

A selecção de gestores externos de investimento baseia-se em critérios


(2)

Princípio Implementação 18.3. Deve ser divulgada ao público uma

descrição da política de investimento do FRS.

profissionais e comerciais. Os gestores externos recebem e são medidos por mandatos definidos de forma clara, nos quais o objectivo é conseguir o retorno mais elevado possível, ajustado ao risco.

A política de investimento está resumida no mandato de investimento, o qual é apenso ao Acordo de Gestão e discutido de forma detalhada no Relatório Anual do Fundo Petrolífero. Estes documentos estão disponíveis ao público.

19. As decisões de investimento do FRS devem visar maximizar os retornos financeiros

ajustados ao risco de uma forma consistente com a sua política de investimento e serem baseados em razões económicas e financeiras. 19.1. Caso as decisões de investimento estejam sujeitas a considerações que não económicas e financeiras, estas considerações devem ser definidas de forma clara na política de

investimento e serem divulgadas ao público. 19.2. A gestão dos activos de um FRS deve ser consistente com o que é geralmente aceite como princípios sólidos de gestão de activos.

A obrigação do governo em procurar maximizar os retornos financeiros, ajustados ao risco, está estabelecida na Lei do Fundo Petrolífero e deve ter em conta o requisito fundamental de gestão prudente do Fundo. O roteiro rumo a este objectivo é definido de forma mais detalhada no acordo de gestão operacional e no mandato de investimento externo sob a legislação. Até à data, todos os mandatos de investimento foram desenvolvidos com base em aspectos económicos e financeiros.

20. O FRS não deve procurar tirar vantagem de informações privilegiadas ou de influências impróprias por parte do governo em geral aquando da concorrência com entidades privadas.

A Lei do Fundo Petrolífero não permite que o Fundo seja investido em Timor-Leste e determina que a implementação do mandato de investimento por parte do Gestor Operacional (BCTL) é independente da definição da política de investimento por parte da Ministra das Finanças. O Fundo não tem acesso a quaisquer informações privilegiadas nem está sujeito a influências indevidas por parte do governo em geral.


(3)

Princípio Implementação 21. Os FRSs encaram os direitos de pertença

dos intervenientes como um elemento

fundamental do valor dos seus investimentos de acções. Se um FRS escolher exercer os seus direitos de pertença deve fazê-lo de uma forma que seja consistente com a sua política de investimento e que proteja o valor financeiro dos seus investimentos. O FRS deve divulgar publicamente a sua abordagem geral ao voto de cauções de acções cotadas, incluindo os principais factores que orientam o seu exercício de direitos de pertença.

Ainda não foi estabelecida uma política distinta sobre direitos de pertença dos intervenientes.

A prática actual diz que o Fundo exerce os seus direitos de pertença dos intervenientes com base nas orientações de voto da ISS quando tal seja apropriado para proteger os interesses financeiros das aplicações do Fundo. Isto é feito através de gestores externos de acordo com as instruções do Gestor Operacional.

22. O FRS deve ter um quadro que identifique, avalie e faça a gestão dos riscos das suas operações.

22.1. O quadro de gestão de risco deve incluir informações fiáveis e sistemas de reporte atempado que permitam a monitorização e a gestão adequada de riscos relevantes dentro de parâmetros e níveis aceitáveis, mecanismos de controlo e incentivos, códigos de conduta, planeamento de continuidade empresarial e uma função independente de auditoria.

22.2. A abordagem geral ao quadro de gestão de risco do FRS deve ser divulgada

publicamente.

A Lei do Fundo Petrolífero requer que a Ministra e o Gestor Operacional desenvolvam e mantenham políticas, sistemas e procedimentos que assegurem que os riscos associados com a implementação da estratégia de investimento são identificados, monitorizados e geridos.

A Lei do Fundo Petrolífero define as orientações amplas do Fundo em termos de alocação de activos, implicando a preferência no que diz respeito a risco, o universo de investimento e os princípios de investimento. No Acordo de Gestão Operacional a Ministra das Finanças define, em linha com o Mandato Global, a estratégia geral de investimento para o Fundo em termos de índices de referência e instrumentos elegíveis, incluindo condicionalismos e aplicações aplicáveis. No Sub-Mandato, a Ministra das Finanças especifica a forma como o investimento será implementado, a estrutura da carteira de investimento, incluindo o estilo de gestão e a tolerância ao risco, e os índices de referência. O Ministério das Finanças monitoriza o


(4)

Princípio Implementação

desempenho do Fundo, incluindo a sua exposição ao risco, através de uma análise trimestral de desempenho e risco e de auditorias realizadas por uma firma contabilística reconhecida a nível internacional. O Gestor Operacional reporta trimestralmente à Ministra das Finanças, ao passo que esta reporta anualmente ao Parlamento. Isto visa garantir que o Fundo opera dentro dos limites de risco toleráveis.

23. Os activos e o desempenho de investimento (absoluto e relativo a índices de referência, se os houver) do FRS devem ser medidos e reportados ao titular de acordo com princípios ou padrões definidos de forma clara.

A Lei do Fundo Petrolífero requer que o Gestor Operacional (BCTL) reporte trimestralmente à Ministra das Finanças sobre o desempenho e actividades do Fundo Petrolífero relativamente ao índice de referência. O reporte de desempenho é preparado por um terceiro que assegura que os relatórios estão em conformidade com o Padrões Globais de Desempenho dos Investimentos (GIPS).

Este relatório é disponibilizado ao público no prazo de 40 dias após o final de cada trimestre. http://www.bancocentral.tl/PF/Reports.asp

24. Deve ser iniciado um processo de análise regular da implementação dos Princípios e Práticas Geralmente Aceites (GAPP) pelo ou em nome do FRS.

O Fundo realizou a sua quarta análise em 2013. A quinta análise, com base no presente documento, será publicada no Relatório Anual do Fundo Petrolífero de 2014. O Fundo pretende rever anualmente a sua implementação dos GAPP.


(5)

(6)

República Democrática de Timor-Leste

Ministério das Finanças

Unidade de Administração do Fundo Petrolífero

Edifício Número 5, Palácio do Governo, Dili, Timor-Leste Phone: +670 3339510 Fax +670 3331204