Compare suas leituras com os valores fornecidos pelo seu professor. 37A-6 Leitura de uma Bureta

Agora, decomponha a variância em seus vários componentes e estime a constante de amostragem de Ingamells K s ver a Seção 8B-3. Uma planilha similar à mostrada na Figura 37-3 pode ser construída para realizar estes cálculos. O desvio padrão total s o pode ser obtido determinando-se o desvio padrão para todos os 30 resultados expostos na Figura 37-2 desvio padrão da última coluna. O desvio padrão da etapa de medição final s f pode ser determinado a partir das dez replicatas feitas na última solução da mistura desconhecida. Assegure-se de converter os valores de absorbância para porcentagem de KH 2 PO 4 antes de calcular o desvio padrão. O desvio padrão dos resultados originados a partir da preparação da amostra pode ser calculado pela propagação das incertezas das medições na etapa de preparação da amostra. As únicas fontes de incerteza são relacionadas à massa e ao volume. A equação seguinte é adequada para s p : s p média KH 2 PO 4 C 2s 2 m m 2 s 2 V V 2 TABELA 37-1 Desvios Padrão na Massa e Volume Massa Nominal, g Volume da Solução, mL S massa , g S vol , mL 0,10 10 0,0001 0,02 0,25 25 0,0001 0,03 0,50 50 0,0001 0,05 1,00 100 0,001 0,08 2,50 250 0,001 0,12 Massa nominal, g Massa média, g Med. KH 2 PO 4 S o S s S f S p DPR K s Figura 37-3 Planilha para decomposição das variâncias e cálculo da constante de amostragem. em que é a massa média e V, o volume. Existe um fator de 2 multiplicando a variância da massa, pois duas medidas são realizadas para determiná-la: a tara da balança e a medição da massa propriamente dita. Os desvios padrão em massa e volume podem ser obtidos como mostrado na Tabela 37-1. O cálculo final da variância de amostragem é finalizado subtraindo-se da variância total as variân- cias da preparação da amostra e da medição final. Calculando-se a raiz quadrada, obtém-se o desvio padrão da amostragem Nota 2. Finalmente, a constante de amostragem é obtida pela multiplicação do quadrado da porcentagem do desvio padrão relativo DPR e da massa média da amostra ver a Equa- ção 8-7. Notas 1. A amostra desconhecida deve conter de 0,40 a 0,64 g de KH 2 PO 4 sólido e cerca de 80 g de NaCl sólido.

2. Normalmente, o desvio padrão da amostragem será o maior componente da variância total.

m 37B MÉTODOS GRAVIMÉTRICOS DE ANÁLISE Aspectos gerais, cálculos e aplicações típicas das análises gravimétricas são discutidas no Capítulo 12. 37B-1 Determinação Gravimétrica de Cloreto em Amostra Solúvel Discussão A quantidade de cloreto em um sal solúvel pode ser determinada pela precipitação do cloreto de prata. Ag Cl AgCls O precipitado é coletado em um cadinho de filtração previamente pesado e, em seguida, é lavado. Depois de o precipitado ter sido seco a 110 °C até massa constante, determina-se a sua massa. A solução contendo a amostra permanece em meio levemente ácido durante a precipitação para se eliminar a possível interferência de ânions de ácidos fracos como o CO que forma sais solúveis de prata em quantidades irrisórias em ambiente neutro. É necessário um leve excesso de íons prata para diminuir a solubilidade do cloreto de prata, porém deve-se evitar um grande excesso para minimizar a co-precipitação de nitrato de prata. Primeiramente, o cloreto de prata forma colóides que são, em seguida, coagulados por aquecimento. O ácido nítrico e o pequeno excesso de nitrato de prata provocam a coagulação a partir de uma concen- tração eletrolítica relativamente alta. O ácido nítrico presente na solução de lavagem mantém a concentra- ção eletrolítica e elimina a possibilidade de peptização durante a etapa de lavagem; subseqüentemente o ácido se decompõe a produtos voláteis quando o precipitado é seco. Ver a Seção 12A-2 para informações adicionais relativas às propriedades e o tratamento de precipitados coloidais. Assim como outros haletos de prata, o cloreto de prata, finamente dividido, pode sofrer fotodecom- posição: 2AgCls 2Ags Cl 2 g A prata elementar produzida nessa reação é responsável pelo desenvolvimento de uma coloração violeta no precipitado. Teoricamente, essa reação provoca resultados baixos para o íon cloreto. Na prática, entre- tanto, seu efeito torna-se desprezível evitando-se a exposição direta e prolongada do precipitado à luz. Se a fotodecomposição do cloreto de prata ocorre antes da filtração, a seguinte reação 3Cl 2 aq 3H 2 O 5Ag 5AgCls ClO 6H tende a provocar resultados elevados. No procedimento normal, uma pequena fotodecomposição do cloreto de prata é inevitável. É impor- tante minimizar ao máximo possível a exposição do sólido a fontes intensas de luz. Em razão do custo elevado do nitrato de prata, qualquer reagente que não for usado deve ser armazena- do em um recipiente apropriado; da mesma maneira, os precipitados de cloreto de prata devem ser guarda- dos depois do término da análise. 3 PROCEDIMENTO Limpe três cadinhos com fundo de vidro sinterizado de porosidade média ou três cadinhos de filtração de 3 S ¡ hv 2 3 S 3 A prata pode ser removida do cloreto de prata e do excesso de reagente pela redução com ácido ascórbico; ver J. W. Hill e L. Bellows. J. Chem. Educ., v. 63, n. 4, p. 357, 1986; ver também J. P. Rawat e S. Iqbal M. Kamoonpuri. J. Chem. Educ., v. 63, n. 4, p. 537, 1986; para recuperação como AgNO 3 baseada na troca iônica. Para consultar os possíveis riscos envolvidos na recuperação do nitrato de prata, ver D. D. Perrin, W. L. F. Armarego, e D. R. Perrin. Chem. Int., v. 9, n. 1, p. 3, 1987.