Indicador de amido. Ver a Seção 37G-1b. PROCEDIMENTO
PROCEDIMENTO
Pese com precisão de 1 mg três a cinco pastilhas de vitamina C Nota 1. Pulverize as pastilhas completamente em um almofariz e transfira o pó para um frasco de pesagem seco. Pese amostras
individuais de 0,40 a 0,50 g com precisão de 0,1 mg em um erlenmeyer seco. Processe cada amostra individualmente a partir desse ponto. Dissolva a amostra Nota 2 em 50 mL de H
2
SO
4
1,5 mol L
1
; então adicione cerca de 5 g de KBr. Titule imediatamente com padrão de KBrO
3
até o primeiro sinal de cor amarela decorrente do excesso de Br
2
. Anote o volume de KBrO
3
utilizado. Adicione 3 g de KI e 5 mL do indicador de amido; titule por retorno Nota 3 com padrão de Na
2
S
2
O
3
0,05 mol L
1
. Calcule a massa média em miligramas de ácido ascórbico 176,12 g mol
1
em cada pastilha.
Notas 1. Esse método não é aplicável para pastilhas mastigáveis de vitamina C.
2. O excipiente em muitas pastilhas de vitamina C permanece em suspensão durante a análise. Se o exci-
piente for amido, a coloração característica com complexo com iodo aparece após a adição de KI.
3. O volume de tiossulfato necessário para a titulação de retorno quase nunca excede alguns mililitros. PROCEDIMENTO
Pipete alíquotas de 25,00 mL da solução de KBrO
3
em erlenmeyers de 250 mL e lave a parte interior com água destilada. Processe cada amostra individualmente a partir desse ponto. Acrescente 2 a 3 g de KI e
cerca de 5 mL de H
2
SO
4
3 mol L
1
. Titule imediatamente com Na
2
S
2
O
3
até que a cor da solução fique amarelo-pálida. Adicione 5 mL do indicador de amido e titule até que a cor azul desapareça.
Calcule a concentração da solução de tiossulfato.
37I-3 Determinação de Ácido Ascórbico em Pastilhas de Vitamina C com Bromato de Potássio
Discussão
O ácido ascórbico, C
6
H
8
O
6
, é oxidado a ácido deidroascórbico pelo bromo. Um excesso não medido de brometo de potássio é adicionado a uma solução acidificada da amostra.
A solução é titulada com padrão de bromato de potássio até o primeiro sinal permanente do excesso de bromo; esse excesso é então determinado iodometricamente com padrão de tiossulfato. A titulação com-
pleta deve ser realizada sem demoras para prevenir a oxidação do ácido ascórbico pelo ar.
O C⁄C⁄C⁄H Br
2
C£C O£C
O O
O C⁄C⁄C⁄H 2Br
2H C⁄C
O£C H
O H
H H
H O
H O
H O
H O
H
H H
H O
Oxidação do ácido ascórbico pelo bromo.
37J MÉTODOS POTENCIOMÉTRICOS
As medidas potenciométricas fornecem um método altamente seletivo para a determinação quantitativa de vários cátions e ânions. Uma discussão sobre os princípios e aplicações das medidas potenciométri-
cas é encontrada no Capítulo 21. Instruções detalhadas são dadas nesta seção para a utilização de medi- das potenciométricas na localização dos pontos finais em titulações volumétricas. Além disso, é descrito
um procedimento para a determinação potenciométrica direta do íon fluoreto em água potável e em pas- tas de dente.
37J-1 Instruções Gerais para a Realização de uma Titulação Potenciométrica
O procedimento a seguir é aplicável para os métodos de titulação descritos nesta seção. Com a escolha apropriada do eletrodo, também pode ser aplicado para a maioria dos métodos volumétricos descritos nas
Seções 37B até 37H.
PROCEDIMENTO 1. Dissolva a amostra em 50 a 250 mL de água. Lave o par de eletrodos apropriado com água desionizada
e mergulhe-os na solução da amostra. Providencie agitação magnética ou mecânica. Posicione a bureta de forma que o reagente possa ser dispensado sem respingar
2. Conecte os eletrodos no medidor, inicie a agitação e anote o volume inicial da bureta e o potencial ou
pH inicial.
3. Anote a leitura do medidor e o volume da bureta após cada adição do titulante. Adicione volumes eleva-
dos cerca de 5 mL no início. Evite adicionar o titulante antes que a leitura do medidor se mantenha constante entre 1 e 2 mV ou 0,05 unidades de pH por pelo menos 30 s Nota. Considere o volume do
reagente a ser adicionado pela estimativa do valor de ¢E¢V após cada adição. Nas proximidades do ponto de equivalência adicione o reagente em intervalos de 0,1 mL. Continue a titulação com adições
de 2 a 3 mL depois do ponto de equivalência aumentando o intervalo de volume adicionado conforme o valor de ¢E¢V for se tornando novamente menor.
Nota Os motores dos agitadores podem, ocasionalmente, provocar erros nas leituras do medidor; é aconselhável
desligar o motor enquanto as leituras estão sendo feitas.
37J-2 Titulação Potenciométrica de Cloreto e Iodeto em uma Mistura
Discussão
A Figura 13-6, página 340, mostra uma curva de titulação argentométrica teórica para uma mistura de íons cloreto e iodeto. Adições iniciais de nitrato de prata resultam exclusivamente na formação de iodeto de
prata, pois a solubilidade deste sal é cerca de 5 10
7
menor que a do cloreto de prata. Pode ser mostra- do que essa diferença de solubilidade é suficiente para adiar a formação do cloreto de prata até que prati-
camente todo o iodeto, com exceção de 7 10
5
, tenha sido precipitado. Dessa forma, um pouco antes do ponto de equivalência a curva é praticamente igual àquela obtida quando somente iodeto é titulado ver
a Figura 13-6. Logo após o ponto de equivalência do iodeto, a concentração do íon prata é determinada pela concentração do íon cloreto em solução e a curva de titulação torna-se essencialmente igual àquela
obtida quando somente íons cloreto são titulados.
Curvas similares à da Figura 13-6 podem ser obtidas experimentalmente medindo-se o potencial de um eletrodo de prata imerso na solução contendo o analito. Portanto, uma mistura de cloretoiodeto pode
ser analisada para cada um de seus componentes. Entretanto, essa técnica não é aplicável para a análise de misturas iodetobrometo ou brometocloreto, pois as diferenças de solubilidade entre os seus sais de prata
não são grandes o suficiente. Assim, o sal mais solúvel começa a se formar em quantidades significativas antes que a precipitação do sal menos solúvel tenha acabado. O eletrodo indicador de prata pode ser sim-
plesmente um fio do metal polido. Um eletrodo de calomelano pode ser utilizado como referência, embo- ra a difusão do íon cloreto da ponte salina possa fazer que os resultados da titulação sejam mais elevados.
Essa fonte de erro pode ser eliminada ao colocar o eletrodo calomelano em uma solução de nitrato de potás- sio que estará em contato com a solução contendo o analito por meio de uma ponte salina de KNO
3
. Alternativamente, a solução contendo o analito pode ser levemente acidificada com algumas gotas de ácido
nítrico; um eletrodo de vidro pode então servir como eletrodo de referência, pois o pH da solução e, con- seqüentemente, seu potencial vão permanecer essencialmente constantes durante a titulação.
A titulação de misturas demonstra como uma titulação potenciométrica pode apresentar múltiplos pon- tos finais. O potencial do eletrodo de prata é proporcional ao pAg. Assim um gráfico de E
Ag
contra o vo- lume do titulante renderá uma curva experimental com a mesma forma da curva teórica mostrada na Figura
13-6. As unidades da ordenada serão diferentes, certamente. Curvas experimentais para a titulação de misturas contendo I
Cl não apresentam a descontinuidade
que ocorre no primeiro ponto de equivalência da curva teórica ver a Figura 13-6. Mais importante, o vo- lume de nitrato de prata necessário para atingir o ponto final do I
é, geralmente, um pouco maior que o obtido teoricamente. Esse efeito é resultado da co-precipitação do AgCl, mais solúvel, durante a formação
do AgI, menos solúvel. Dessa forma, ocorre um consumo excessivo do reagente na primeira parte da titu- lação. O volume total aproxima-se muito do valor correto.
Apesar desse erro de co-precipitação, o método potenciométrico é útil na análise de misturas de hale- tos. Com quantidades aproximadamente iguais de iodeto e cloreto, os erros relativos podem ser mantidos
dentro da faixa de 2.
PREPARO DOS REAGENTES 1. Nitrato de prata, 0,05 mol L
1
. Siga as instruções na Seção 37C-1.
2. Ponte salina de nitrato de potássio. Dobre um tubo de vidro de 8 mm de diâmetro na forma de U com
extremidades longas o suficiente para ficarem próximas do fundo de dois béqueres de 100 mL. Aqueça 50 mL de água até a fervura e adicione, sob agitação, 1,8 g de agar em pó; continue o aquecimento e a
agitação até a formação de uma suspensão uniforme. Dissolva 12 g de KNO
3
na suspensão ainda quente. Permita que a suspensão resfrie um pouco. Prenda o tubo em U com as aberturas para cima e utilize um
conta-gotas para preenchê-lo com a suspensão quente de agar. Resfrie o tubo em uma torneira de água corrente para formar um gel. Quando a ponte não estiver sendo utilizada insira as extremidades em uma
solução KNO
3
2,5 mol L
1
.
PROCEDIMENTO
Obtenha uma amostra desconhecida em um balão volumétrico de 250 mL limpo; dilua até a marca com água e misture bem.
Transfira 50,00 mL da amostra para um béquer de 100 mL limpo e adicione uma ou duas gotas de HNO
3
concentrado. Acrescente cerca de 25 mL de KNO
3
2,5 mol L
1
em um segundo béquer de 100 mL e coloque as duas soluções em contato com a ponte salina de agar. Mergulhe o eletrodo de prata na solução contendo
o analito e o eletrodo de referência calomelano dentro do segundo béquer. Titule com AgNO
3
como descrito na Seção 37J-1. Adicione pequenos volumes do titulante nas proximidades dos dois pontos finais.
Elabore um gráfico dos dados e identifique os pontos finais para os dois íons. Faça um gráfico de uma curva de titulação teórica considerando que as medidas das concentrações dos dois constituintes estejam
corretas. Anote a massa, em miligramas, do I
e Cl na amostra ou proceda de outra maneira conforme orientação.