ture 0,5 a 0,7 g de Na
2
CO
3
ao resíduo e aqueça até que um fundido claro seja obtido. Resfrie, adicione 5 mL de água e então, cuidadosamente, adicione uns poucos mililitros de HCl 6 mol L
1
. Aqueça o ca- dinho até a dissolução do fundido e junte ao filtrado inicial. Evapore a solução até um volume de 15 mL
e continue a análise.
3. A solução pode não se tornar inteiramente incolor, mas, ao contrário, pode adquirir uma coloração
amarelo-esverdeada pálida. Quantidades adicionais de SnCl
2
não alterarão essa cor. Se um excesso de SnCl
2
for adicionado, esse excesso pode ser removido pela adição de KMnO
4
0,2 mol L
1
, repetindo-se a redução.
4. A ausência de precipitado indica que o SnCl
2
foi utilizado em quantidades insuficientes e que a redução do ferroIII foi incompleta. Um resíduo cinza indica a presença de mercúrio elementar, que reage com
KMnO
4
. A amostra precisa ser descartada em qualquer uma dessas circunstâncias.
5. Essas instruções podem ser empregadas para padronizar uma solução de permanganato contra o ferro
grau padrão primário. Pese com precisão de 0,1 mg 0,2 g de pedaços de ferro eletrolítico em erlen- meyers de 250 mL e dissolva em cerca de 10 mL de HCl concentrado. Dilua cada amostra até apro-
ximadamente 75 mL. Então, proceda, para cada alíquota, as etapas de redução e titulação.
37G TITULAÇÕES COM IODO
As propriedades de oxidação do iodo, a composição e a estabilidade de soluções de triiodeto e as aplicações desse reagente na análise volumétrica são discutidas na Seção 20C-3. O amido é normalmente empregado
como um indicador para as titulações iodométricas.
37G-1 Preparo dos Reagentes PROCEDIMENTO
a Iodo aproximadamente 0,05 mol L
1
. Pese cerca de 40 g de KI em um béquer. Adicione 12,7 g de I
2
e 10 mL de água. Agite por vários minutos Nota 1. Introduza mais 20 mL de água e agite novamente
por vários minutos. Decante e transfira cuidadosamente o sobrenadante para um frasco contendo 1 L de água destilada. É essencial que qualquer quantidade de iodo não-dissolvido remanescente permaneça
no béquer Nota 2.
b Indicador de amido suficiente para 100 titulações. Misture 1 g de amido solúvel e 15 mL de água para formar uma pasta. Dilua a cerca de 500 mL com água fervente e aqueça até que a mistura fique translú-
cida. Resfrie, armazene em um frasco firmemente tampado. Utiliza-se entre 3 e 5 mL para a maioria das titulações.
O indicador é facilmente atacado por microrganismos presentes no ar e deve ser preparado em intervalos de poucos dias.
Notas 1. O iodo dissolve-se lentamente na solução de KI. A agitação enérgica é necessária para acelerar o
processo.
2. Qualquer I
2
sólido transferido de maneira descuidada para o frasco de armazenamento, vai fazer que a concentração da solução aumente de forma gradual. A filtração com uso de um cadinho de vidro sinte-
rizado elimina essa fonte de problema.
37G-2 Padronização de Soluções de Iodo
Discussão
O óxido de arsênio, desde há muito tempo um padrão primário preferido para soluções de iodo, é raramente utilizado atualmente em virtude do rigor das leis ambientais responsáveis por controlar até mesmo a uti-
lização de quantidades pequenas de compostos contendo arsênio. O tiossulfato de bário mono-hidratado e o tiossulfato de sódio anidro têm sido sugeridos como padrões alternativos.
9
Provavelmente, o método mais conveniente para a determinação da concentração de uma solução de iodo é a titulação de alíquotas com
uma solução de tiossulfato de sódio que tenha sido padronizada com iodeto de potássio puro. Instruções para esse método encontram-se descritas a seguir.
PREPARO DOS REAGENTES 1. Tiossulfato de sódio, 0,1 mol L
1
. Siga as instruções nas Seções 37H-1 e 37H-2 para o preparo e padronização dessa solução.
2. Indicador de amido. Ver a Seção 37G-1b. PROCEDIMENTO
Transfira alíquotas de 25,00 mL da solução de iodo para um erlenmeyer de 250 mL e dilua para cerca de 50 mL. Processe cada alíquota individualmente em etapas subseqüentes. Adicione aproximadamente 1 mL
de H
2
SO
4
3 mol L
1
e titule imediatamente com tiossulfato de sódio padrão até que a solução apresente uma leve coloração amarelo-palha. Adicione cerca de 5 mL do indicador de amido e continue a titulação
considerando como ponto final a mudança da cor de azul para incolor Nota.
Nota A coloração azul do complexo amidoiodo pode reaparecer depois do final da titulação em decorrência da
oxidação do íon iodeto.
37G-3 Determinação de Antimônio em Estibinita
Discussão
A análise da estibinita, um mineral comum de antimônio, é uma aplicação típica da iodometria e baseia-se na oxidação do SbIII para SbV:
SbO I
2
H
2
O SbO 2I
2H A posição desse equilíbrio é fortemente dependente da concentração de íons hidrogênio. Para forçar a
reação para a direita, é comum conduzir a titulação na presença de um excesso de bicarbonato de sódio, que consome os íons hidrogênio quando eles são produzidos.
A estibinita é um mineral de sulfeto de antimônio contendo sílica e outros contaminantes. Desde que esse material esteja livre de ferro e arsênio, a análise da estibinita visando à determinação de seu conteú-
do de antimônio é adequada. As amostras são decompostas em ácido clorídrico concentrado a quente para eliminar o sulfeto na forma de sulfeto de hidrogênio. Para prevenir a perda de cloreto antimônioIII volátil
durante essa etapa, alguns cuidados são necessários. A adição de cloreto de potássio favorece a formação de complexos de cloro não-voláteis tais como SbCl e SbCl .
Sais básicos pouco solúveis de antimônio, como o SbOCl, são formados com freqüência quando o excesso de ácido clorídrico é neutralizado; estes reagem incompletamente com iodo provocando resulta-
dos negativos. A dificuldade é superada pela adição de ácido tartárico que forma um complexo solúvel SbOC
4
H
4
O do qual o antimônio é rapidamente oxidado pelo reagente.
6 3
6 4
3 4
8
3 3
9
W. M. McNevin e O. H. Kriege. Anal. Chem., v. 25, n. 5, p. 767, 1953.