Os ânions e os cátions são os transportadores de cargas na célula. No

convenção, apenas medimos a célula de uma maneira padrão e consideramos a reação da célula em uma direção padrão. Finalmente, precisamos enfatizar que a despeito da forma pela qual escrevemos a repre- sentação esquemática ou de como montamos a célula no laboratório, se conectarmos um fio ou um circuito com baixa resistência à célula, a reação espontânea da célula ocorrerá. A única maneira de se realizar a reação inversa é conectando-se uma fonte externa de voltagem e forçando-se a ocorrência da reação eletrolítica 2Ags Cu 2 8 2Ag Cus. Potenciais de Meia-célula O potencial de uma célula como aquela mostrada na Figura 18-4a é a diferença entre dois potenciais de meia-célula ou de um eletrodo, um associado com a semi-reação do eletrodo da direita E direita , o outro associado com a semi-reação do eletrodo da esquerda E esquerda . De acordo com a convenção de sinais da IUPAC, enquanto o potencial de junção líquida for desprezível ou não haja junção líquida, podemos escre- ver o potencial da célula E célula como E célula E direita E esquerda 18-8 Embora não possamos determinar os potenciais absolutos para eletrodos como estes ver Figura 18-3, podemos determinar facilmente os potenciais relativos de eletrodo. Por exemplo, se substituirmos o eletro- do de cobre na célula da Figura 18-2 por um eletrodo de cádmio imerso em uma solução de sulfato de cád- mio, o voltímetro lerá cerca de 0,7 V a mais que a célula original. Dado que o eletrodo da direita permanece inalterado, concluímos que o potencial de meia-célula para o cádmio é cerca de 0,7 V menor que o do cobre isto é, o cádmio é um redutor mais forte que o cobre. A substituição por outros eletrodos, mantendo um dos eletrodos inalterados, permite-nos construir uma tabela de potenciais de eletrodo relativos, como dis- cutido na Seção 18-C3. Descarga de uma Célula Galvânica A célula galvânica da Figura 18-4a não está em um estado de equilíbrio porque a elevada resistência do voltímetro previne que a célula se descarregue de forma significativa. Assim, quando medimos o potencial da célula, não há ocorrência de reação, e o que medimos é a tendência de a reação ocorrer se permitirmos que isso aconteça. Para a célula de CuAg, com as reações mostradas, o potencial medido sob condições de circuito aberto é 0,412 V, como observado anteriormente. Se agora permitirmos que a célula descar- regue, substituindo o voltímetro por um medidor de corrente de baixa resistência, como ilustrado na Figura 18-4b, a reação espontânea da célula ocorrerá. A corrente, inicialmente elevada, diminui exponencialmente com o tempo Figura 18-5. Como exposto na Figura 18-4c, quando o equilíbrio é alcançado, não há cor- rente líquida na célula e o seu potencial é 0,000 V. A concentração de íons cobre no equilíbrio então é 0,0300 mol L 1 , enquanto a concentração de íons prata diminui para 2,7 10 9 mol L 1 . Figura 18-5 Potencial da célula na célula galvânica da Figura 18-4b em função do tempo. A corrente da célula, que está diretamente relacionada ao potencial da célula, também diminui com o tempo com o mesmo comportamento. Emáx 0,412 V I 0,000 A E 0,000 V Equilíbrio químico 0,5 Potencial ou corrente da c élula Tempo