Leve a solução à fervura e destile a uma velocidade constante até que o volume remanescente seja igual à metade ou um terço do volume original. Controle a velocidade de aquecimento para evitar que
o líquido do frasco coletor seja sugado de volta para o frasco de Kjeldahl. Após a destilação ser con- siderada completa, abaixe o frasco coletor para remover o adaptador do líquido. Interrompa o aqueci-
mento, desconecte o sistema e enxágüe a parte interna do condensador com pequenas porções de água destilada, coletando a água de lavagem no frasco coletor. Adicione duas gotas de verde de bromocre-
sol ao frasco coletor e titule o HCl residual com um padrão de NaOH 0,1 mol L
1
até obter a mudança de cor do indicador.
Relate a porcentagem de nitrogênio e a porcentagem de proteína Nota 6 na amostra.
Notas 1. Se for empregado papel-filtro para envolver a amostra, repita o experimento utilizando apenas um
pedaço de papel similar como controle branco. O papel-filtro lavado com ácido geralmente contém quantidades consideráveis de íons amônio e, portanto, deve ser evitado, quando possível.
2. Qualquer um dos seguintes produtos pode catalisar a digestão: um cristal de CuSO
4
, 0,1 g de selênio, 0,2 g de CuSeO
3
. O catalisador pode ser omitido, se desejado.
3. Uma modificação desse procedimento emprega 50 mL de uma solução de ácido bórico a 4 em vez do
HCl padrão no frasco coletor. Após a destilação ter se completado, o borato de amônio produzido é titu- lado com HCl 0,1 mol L
1
padrão, com duas ou três gotas de verde de bromocresol como indicador.
4. Se a solução de hidróxido de sódio tiver contato com sua pele, lave a área afetada imediatamente com
grandes quantidades de água.
5. O zinco granulado 10 a 20 mesh é adicionado para minimizar a projeção por superebulição da solução
durante a destilação; o zinco reage vagarosamente com a base para produzir pequenas bolhas de hidrogênio, que previnem o superaquecimento do líquido.
6. A porcentagem de proteína na amostra é calculada multiplicando-se a porcentagem de N por um fator
apropriado: 5,70 para cereais, 6,25 para carnes e 6,38 para laticínios.
37D TITULAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO
Conforme observado na Seção 13F, a maioria das titulações de precipitação usa uma solução padrão de nitrato de prata como titulante. As instruções que se seguem referem-se à titulação volumétrica de cloreto
empregando um indicador de adsorção.
37D-1 Preparação da Solução Padrão de Nitrato de Prata PROCEDIMENTO
Utilize uma balança de topo para transferir a massa aproximada de AgNO
3
para um pesafiltro Nota 1. Seque a 110 °C por aproximadamente uma hora, mas não por mais tempo Nota 2, e então deixe resfriar
até a temperatura ambiente em um dessecador. Pese o frasco e o conteúdo com precisão de 0,1 mg. Transfira quantitativamente o AgNO
3
para um frasco volumétrico empregando um funil. Tampe o pesafil- tro e pese novamente. Enxágüe o funil extensivamente. Dissolva o AgNO
3
, dilua até a marca com água e misture bem Nota 3. Calcule a concentração dessa solução.
Notas 1. Consulte o professor sobre o volume e concentração da solução de AgNO
3
a ser preparada. A massa de AgNO
3
a ser tomada deve ser a seguinte:
Massa aproximada de AgNO
3
Necessária para Preparar Concentração do
íon parata, mol L
1
1.000 mL 500 mL
250 mL 0,10
16,9 8,5
4,2 0,05
8,5 4,2
2,1 0,02
3,4 1,8
1,0
2. O aquecimento prolongado provoca a decomposição parcial do AgNO
3
. Alguma coloração pode ocorrer mesmo após uma hora de aquecimento a 110 °C; o efeito dessa decomposição na pureza do reagente é
normalmente imperceptível.
3. Soluções de nitrato de prata devem ser mantidas no escuro quando não estão em uso. 37D-2 A Determinação de Cloreto pela Titulação com Indicador de Adsorção
Discussão
Nessa titulação, o indicador de adsorção aniônico diclorofluoresceína é empregado para localizar o ponto final. Com o primeiro excesso de titulante, o indicador é incorporado ao contra-íon da camada vizinha ao
cloreto de prata dando cor ao sólido página 342. Para obter uma mudança de cor satisfatória, é desejável manter as partículas de cloreto de prata no estado coloidal. A dextrina é adicionada à solução para estabi-
lizar o colóide prevenindo sua coagulação.
PREPARO DAS SOLUÇÕES
Indicador diclorofluoresceína suficiente para várias centenas de titulações. Dissolva 0,2 g de diclorofluo- resceína em uma solução preparada pela mistura de 75 mL de etanol e 25 mL de água.
PROCEDIMENTO
Seque a amostra a 110 °C por cerca de uma hora; deixe retornar à temperatura ambiente em um dessecador. Pese amostras individuais com precisão de 0,1 mg em erlenmeyers e dissolva-as em volumes apropria-
dos de água destilada Nota 1. Adicione cerca de 0,1 g de dextrina e cinco gotas do indicador a cada um dos frascos. Titule Nota 2 com AgNO
3
até o aparecimento da primeira cor rosa permanente de dicloro- fluoresceinato de prata. Expresse o resultado na forma da porcentagem de Cl
na amostra.
Notas 1. Empregue 0,25 g de amostras para AgNO
3
0,1 mol L
1
e cerca de metade dessa massa para AgNO
3
0,05 mol L
1
. Dissolva o primeiro em aproximadamente 200 mL de água destilada e o último em aproxi- madamente 100 mL. Se for feito uso de AgNO
3
0,02 mol L
1
, pese uma porção de 0,4 g da amostra em um balão volumétrico de 500 mL de capacidade e tome alíquotas de 50 mL para a titulação.
2. O AgCl coloidal é sensível à fotodecomposição, particularmente na presença do indicador; tentativas
de realizar a titulação à luz do sol não darão certo. Se a fotodecomposição parece ser um problema, estabeleça um ponto final aproximado com uma titulação preliminar e empregue essa informação pa-
ra estimar os volumes de AgNO
3
necessários para as outras amostras. Para cada amostra subseqüente, adicione o indicador e a dextrina após a adição da maior parte do AgNO
3
e então complete a titulação imediatamente.