Indicador de amido. Ver Seção 37G-1b. PROCEDIMENTO
não são grandes o suficiente. Assim, o sal mais solúvel começa a se formar em quantidades significativas antes que a precipitação do sal menos solúvel tenha acabado. O eletrodo indicador de prata pode ser sim-
plesmente um fio do metal polido. Um eletrodo de calomelano pode ser utilizado como referência, embo- ra a difusão do íon cloreto da ponte salina possa fazer que os resultados da titulação sejam mais elevados.
Essa fonte de erro pode ser eliminada ao colocar o eletrodo calomelano em uma solução de nitrato de potás- sio que estará em contato com a solução contendo o analito por meio de uma ponte salina de KNO
3
. Alternativamente, a solução contendo o analito pode ser levemente acidificada com algumas gotas de ácido
nítrico; um eletrodo de vidro pode então servir como eletrodo de referência, pois o pH da solução e, con- seqüentemente, seu potencial vão permanecer essencialmente constantes durante a titulação.
A titulação de misturas demonstra como uma titulação potenciométrica pode apresentar múltiplos pon- tos finais. O potencial do eletrodo de prata é proporcional ao pAg. Assim um gráfico de E
Ag
contra o vo- lume do titulante renderá uma curva experimental com a mesma forma da curva teórica mostrada na Figura
13-6. As unidades da ordenada serão diferentes, certamente. Curvas experimentais para a titulação de misturas contendo I
Cl não apresentam a descontinuidade
que ocorre no primeiro ponto de equivalência da curva teórica ver a Figura 13-6. Mais importante, o vo- lume de nitrato de prata necessário para atingir o ponto final do I
é, geralmente, um pouco maior que o obtido teoricamente. Esse efeito é resultado da co-precipitação do AgCl, mais solúvel, durante a formação
do AgI, menos solúvel. Dessa forma, ocorre um consumo excessivo do reagente na primeira parte da titu- lação. O volume total aproxima-se muito do valor correto.
Apesar desse erro de co-precipitação, o método potenciométrico é útil na análise de misturas de hale- tos. Com quantidades aproximadamente iguais de iodeto e cloreto, os erros relativos podem ser mantidos
dentro da faixa de 2.
PREPARO DOS REAGENTES 1. Nitrato de prata, 0,05 mol L
1
. Siga as instruções na Seção 37C-1.
2. Ponte salina de nitrato de potássio. Dobre um tubo de vidro de 8 mm de diâmetro na forma de U com
extremidades longas o suficiente para ficarem próximas do fundo de dois béqueres de 100 mL. Aqueça 50 mL de água até a fervura e adicione, sob agitação, 1,8 g de agar em pó; continue o aquecimento e a
agitação até a formação de uma suspensão uniforme. Dissolva 12 g de KNO
3
na suspensão ainda quente. Permita que a suspensão resfrie um pouco. Prenda o tubo em U com as aberturas para cima e utilize um
conta-gotas para preenchê-lo com a suspensão quente de agar. Resfrie o tubo em uma torneira de água corrente para formar um gel. Quando a ponte não estiver sendo utilizada insira as extremidades em uma
solução KNO
3
2,5 mol L
1
.
PROCEDIMENTO
Obtenha uma amostra desconhecida em um balão volumétrico de 250 mL limpo; dilua até a marca com água e misture bem.
Transfira 50,00 mL da amostra para um béquer de 100 mL limpo e adicione uma ou duas gotas de HNO
3
concentrado. Acrescente cerca de 25 mL de KNO
3
2,5 mol L
1
em um segundo béquer de 100 mL e coloque as duas soluções em contato com a ponte salina de agar. Mergulhe o eletrodo de prata na solução contendo
o analito e o eletrodo de referência calomelano dentro do segundo béquer. Titule com AgNO
3
como descrito na Seção 37J-1. Adicione pequenos volumes do titulante nas proximidades dos dois pontos finais.
Elabore um gráfico dos dados e identifique os pontos finais para os dois íons. Faça um gráfico de uma curva de titulação teórica considerando que as medidas das concentrações dos dois constituintes estejam
corretas. Anote a massa, em miligramas, do I
e Cl na amostra ou proceda de outra maneira conforme orientação.
37J-3 Determinação Potenciométrica de Espécies de Solutos em uma Mistura Contendo Carbonato
Discussão
Um sistema de eletrodos de vidrocalomelano pode ser usado para localizar pontos finais em titulações de neutralização e para estimar constantes de dissociação. Como uma etapa preliminar à titulação, o sistema
de eletrodos é padronizado contra um tampão de pH conhecido. A amostra desconhecida é considerada como uma solução aquosa preparada a partir de uma ou talvez
duas substâncias adjacentes presentes na série a seguir: NaHCO
3
, Na
2
CO
3
ou NaOH ver a Seção 16B-2. O objetivo é determinar quais desses componentes foram utilizados para preparar a solução desconhecida,
assim como a porcentagem de massa de cada soluto. A maioria das amostras desconhecidas requer uma titulação com um ácido ou base padrão. Algumas
poucas requerem titulações separadas, uma com ácido e outra com base. O pH inicial da solução desco- nhecida serve como guia para definição dos titulantes apropriados; a avaliação da Figura 16-3 e da
Tabela 16-2 pode ser útil na interpretação dos dados.
PREPARO DAS SOLUÇÕES
Solução padrão de HCl 0,1 mol L
1
eou NaOH 0,1 mol L
1
. Siga as instruções das Seções 37C-3 até 37C-7.
PROCEDIMENTO
Obtenha a amostra em um balão volumétrico de 250 mL limpo. Dilua até a marca e misture bem. Transfira uma pequena quantidade da amostra diluída para um béquer e determine o pH. Titule uma alíquota de
50,00 mL com solução padrão de ácido ou base ou talvez ambas. Utilize as curvas de titulação resultantes para selecionar os indicadores apropriados para a detecção do ponto final e realize titulações em
duplicata com esses indicadores.
Identifique as espécies de soluto presentes na amostra desconhecida e anote a porcentagem de massa volume para cada uma delas. Calcule a constante de dissociação aproximada que pode ser obtida para cada
espécie contendo carbonato a partir dos dados da titulação. Estime a força iônica da solução e corrija a constante calculada para uma constante aproximada de dissociação termodinâmica.
37J-4 Determinação Potenciométrica Direta do Íon Fluoreto
Discussão
O eletrodo de estado sólido sensível a fluoreto ver a Seção 21D-6 tem sido empregado extensivamente na determinação de fluoreto em uma variedade de materiais. As instruções seguintes referem-se à determinação
desse íon em água potável e em pasta de dente. Uma solução tampão de ajuste da força iônica total TISAB é utilizada para ajustar à mesma força iônica todas as amostras desconhecidas e as soluções padrão; quan-
do esse reagente é usado, determina-se a concentração de fluoreto em vez de sua atividade. O pH do tam- pão é de aproximadamente 5, um nível no qual F
–
é predominante entre as espécies contendo fluoreto. O tampão também contém ácido ciclo-hexilaminadinitrilotetra-acético que forma quelatos estáveis com
ferroIII e alumínioII e, dessa forma, libera os íons fluoreto de seus complexos com esses cátions. Ver novamente as Seções 21D e 21F antes de realizar esses experimentos.
PREPARO DAS SOLUÇÕES 1. Solução tampão de ajuste da força iônica total TISAB. Essa solução é comercializada sob o nome de
TISSAB.
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Uma quantidade de tampão suficiente para 15 a 20 determinações pode ser preparada mistu-
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Thermo Electron Corp., Beverly, MA