Tiossulfato de sódio, 0,05 mol L

rando-se sob agitação 57 mL de ácido acético glacial, 58 g de NaCl, 4 g de ácido ciclo-hexilamina- dinitrilotetra-acético e 500 mL de água destilada em um béquer de 1 L. Resfrie a solução em um banho de água ou gelo e adicione cuidadosamente NaOH 6 mol L 1 até um pH de 5,0 a 5,5. Dilua para 1 L com água e armazene em um frasco de plástico. 2. Solução padrão de fluoreto, 100 ppm. Seque uma quantidade de NaF a 110 °C por duas horas. Resfrie em um dessecador; pese com precisão de 0,1 mg 0,22 g em um balão volumétrico de 1 L. Cuidado O NaF é altamente tóxico. Lave imediatamente qualquer parte da pele que entre em contato com esse composto, com quantidades abundantes de água. Dissolva em água, dilua até a marca, misture bem e armazene em um frasco de plástico. Calcule a concentração exata em partes por milhão. Uma solução padrão de F pode ser obtida também, a partir de fornecedores comerciais. PROCEDIMENTO Os instrumentos para esse experimento consistem em um eletrodo de fluoreto de membrana sólida, um eletrodo saturado de calomelano e um medidor de pH. Um eletrodo de calomelano com junção de vidro esmerilhado é necessário para a determinação em pasta de dente, pois a medida é feita em uma suspensão que tende a obstruir a junção líquida. A junção de vidro deve ser deslocada de tempos em tempos para renovar a interface após cada série de medições. Determinando Fluoreto em Água Potável Transfira porções de 50,00 mL de água para balões volumétricos de 100 mL e dilua até a marca com a solução TISAB. Prepare uma solução de F 5 ppm, diluindo 25,0 mL da solução padrão de 100 ppm em um balão volumétrico de 500 mL. Transfira alíquotas de 5,00; 10,0; 25,0; e 50,0 mL da solução TISAB e dilua até a marca. Essas soluções correspondem a concentrações de F de 0,5; 1,0; 2,5; e 5,0 ppm, respectivamente, nas amostras. Depois de lavar abundantemente e secar com um lenço de papel, mergulhe os eletrodos na solução padrão de 0,5 ppm. Agite mecanicamente por três minutos; então anote o potencial. Repita esse procedi- mento com as soluções padrão restantes e as amostras. Em um gráfico relacione o potencial medido em função do log da concentração das soluções padrão. Utilize esse gráfico para determinar a concentração de fluoreto, em partes por milhão, na amostra des- conhecida. Determinando Fluoreto em Pasta de Dente 11 Pese com uma precisão de 0,1 mg 0,2 g de pasta de dente em um béquer de 250 mL. Adicione 50 mL da solução tisab e ferva por dois minutos sob agitação vigorosa. Resfrie e então transfira a suspensão quantitativamente para um balão volumétrico de 100 mL, dilua até a marca com água destilada e misture bem. Siga as instruções acima para a análise da água potável começando do segundo parágrafo. Informe a concentração de F na amostra em partes por milhão. 37K MÉTODOS ELETROGRAVIMÉTRICOS Um exemplo conveniente de um método eletrogravimétrico de análise é a determinação simultânea de cobre e chumbo em uma amostra de latão. Informações adicionais relativas aos métodos eletrogravimé- tricos são encontradas na Seção 22C. 11 De T. S. Light e C. C. Cappuccino. J. Chem. Educ., v. 52, p. 247, 1975. 37K-1 Determinação Eletrogravimétrica de Cobre e Chumbo em Latão Discussão Esse procedimento é baseado na deposição de cobre metálico em um cátodo e do chumbo como PbO 2 em um ânodo. Como primeiro passo, os óxidos hidratados de estanho SnO 2 xH 2 O, que se formam quando uma amostra é tratada com ácido nítrico, devem ser removidos por filtração. O dióxido de chumbo é depositado quantitativamente no ânodo a partir de uma solução com uma elevada concentração de íon nitrato; o cobre é apenas parcialmente depositado no cátodo sob essas condições. Portanto, é necessário eliminar o excesso de nitrato depois que a deposição do PbO 2 estiver completa. A remoção é realizada pela adição de uréia: 6NO 6H 5NH 2 2 CO S 8N 2 g 5CO 2 g 13H 2 O O cobre então se deposita quantitativamente a partir da solução depois que a concentração do íon nitrato for reduzida. PROCEDIMENTO Preparo dos Eletrodos Mergulhe os eletrodos de platina em uma solução a quente de HNO 3 6 mol L 1 por cerca de cinco minu- tos Nota 1, lave-os abundantemente com água destilada, enxágüe com várias porções de etanol e seque- os em uma estufa a 110 °C por dois a três minutos. Resfrie e pese ambos, os ânodos e os cátodos, com uma precisão de 0,1 mg. Preparo das Amostras Não é necessário secar as amostras desconhecidas. Pese com precisão de 0,1 mg amostras de 1 g em béqueres de 250 mL. Cubra os béqueres com vidros de relógio. Adicione cuidadosamente cerca de 35 mL de HNO 3 6 mol L 1 use a capela. Deixe reagir por pelo menos 30 min; adicione mais ácido se necessário. Evapore até cerca de 5 mL, mas nunca até a secagem Nota 2. Para cada amostra, adicione 5 mL de HNO 3 3 mol L 1 , 25 mL de água e um pedaço de um tablete de polpa de papel-filtro; deixe reagir sem ferver por cerca de 45 min. Remova o SnO 2 xH 2 O por filtração uti- lizando um papel-filtro de baixa porosidade Nota 3; colete os filtrados em béqueres alongados. Faça várias lavagens com pequenas porções de HNO 3 0,3 mol L 1 a quente para remover os últimos traços de cobre; verifique a eficiência das lavagens com algumas gotas de NH 3aq . O volume final do filtrado com as lavagens deve estar entre 100 e 125 mL; adicione água ou evapore a solução para atingir esse volume. Eletrólise Com a corrente desligada, prenda o cátodo no terminal negativo e o ânodo no terminal positivo do apare- lho de eletrólise. Ligue rapidamente o motor de agitação para ter certeza de que os eletrodos não o toquem. Cubra os béqueres com vidros de relógio e inicie a eletrólise. Mantenha uma corrente de 1,3 A por 35 min. Lave os vidros de relógio e adicione 10 mL de H 2 SO 4 3 mol L 1 seguido de 5 g de uréia em cada béquer. Mantenha a corrente em 2 A até que as soluções percam suas colorações. Para testar a eficiência da eletrólise, retire uma gota da solução com um conta-gotas e misture com algumas gotas de NH 3aq em um tubo de ensaio pequeno. Se a mistura ficar azul, transfira o conteúdo do tubo de volta para o frasco de eletrólise e continue a eletrólise por mais dez minutos. Repita este teste até que nenhuma coloração azul do CuNH 3 seja produzida. Quando a eletrólise estiver completa, desligue a agitação, porém deixe a corrente ligada. Lave os eletro- dos abundantemente com água enquanto eles são removidos da solução. Depois da lavagem, desligue o aparelho de eletrólise Nota 4, desconecte os eletrodos e mergulhe-os em acetona. Seque os cátodos por cerca de três minutos e os ânodos por 15 min a 110 °C. Deixe os eletrodos resfriarem ao ar e então pese-os. Informe a porcentagem de chumbo Nota 5 e de cobre no latão. 2 4 3 Notas 1. Alternativamente, graxa e outros materiais orgânicos podem ser removidos pelo aquecimento dos eletrodos de platina até a incandescência em uma chama. Não toque na superfície dos eletrodos com seus dedos depois de limpá-los, pois graxas e óleos levam à formação de depósitos não-aderentes que podem se soltar durante a lavagem e a pesagem. 2. O íon cloreto deve ser totalmente eliminado nessa determinação, pois ele reage com o ânodo de platina durante a eletrólise. Essa reação não é somente destrutiva, mas também provoca erros positivos na análise pela co-deposição de platina com cobre no cátodo.

3. Se desejado, o conteúdo de estanho pode ser determinado gravimetricamente pela combustão do

SnO 2 xH 2 O para SnO 2 . 4. É importante manter o potencial entre os eletrodos até que eles sejam removidos da solução e lavados. Uma pequena quantidade de cobre pode redissolver se esse cuidado não for observado.

5. A experiência tem mostrado que uma pequena umidade é retida pelo PbO

2 e que resultados melhores são obtidos se o fator estequiométrico de 0,8643 for utilizado em vez de 0,8662. 37L TITULAÇÕES COULOMÉTRICAS Em uma titulação coulométrica, o “reagente” é uma corrente contínua constante com grandeza exatamente conhecida. O tempo requerido para essa corrente oxidar ou reduzir o analito quantitativamente direta ou indiretamente é medido. Ver a Seção 22D-5 para uma discussão desse método eletroanalítico. 37L-1 A Titulação Coulométrica do Ciclo-hexeno Discussão 12 Muitas olefinas reagem com bromo rapidamente, o bastante para permitir suas titulações. A reação é con- duzida em um ambiente altamente não-aquoso com mercúrioII como catalisador. Uma maneira conve- niente de realizar essa titulação é adicionar íon brometo em excesso em uma solução da amostra e gerar o bromo em um ânodo que é conectado a uma fonte de corrente constante. Os processos do eletrodo são: O hidrogênio produzido não reage com o bromo rápido o suficiente para interferir. O bromo reage com uma olefina, tal como o ciclo-hexeno, resultando no produto de adição: O método amperométrico com eletrodos gêmeos polarizados página 644 fornece uma maneira conve- niente para detectar o ponto final nessa titulação. Uma diferença de potencial de 0,2 a 0,3 V é mantida entre dois pequenos eletrodos. Esse potencial não é suficiente para causar a geração de hidrogênio no cátodo. Dessa forma, próximo ao ponto final, o cátodo está polarizado e nenhuma corrente é observada. No ponto final, o primeiro excesso de bromo despolariza o cátodo e produz uma corrente. As reações nos eletrodos indicadores gêmeos são: A corrente é proporcional à concentração de bromo e é rapidamente medida com um microamperímetro. cátodo Br 2 2e S 2Br ânodo 2Br S 2 Br 2 2e ¡ Br Br Br 2 cátodo 2H 2e S H 2 g ânodo 2 Br S 2 Br 2 2e 12 Esse procedimento foi descrito por D. H. Evans em J. Chem. Educ., v. 45, n. 1, p. 88, 1968. Uma maneira conveniente de realizar várias análises é gerar inicialmente bromo o suficiente no sol- vente para produzir uma rápida medida de corrente, digamos 20 A. Uma alíquota da amostra é então introduzida e a corrente imediatamente diminui e aproxima-se de zero. A geração de bromo inicia-se nova- mente e o tempo necessário para recuperar uma corrente de 20 A é medido. Uma segunda alíquota da amostra é adicionada à mesma solução e o processo é repetido. Várias amostras podem então ser analisadas sem a troca do solvente. O procedimento a seguir refere-se à determinação de ciclo-hexeno em uma solução de metanol. Outras olefinas também podem ser determinadas dessa forma. PREPARO DO SOLVENTE Dissolva cerca de 9 g de KBr e 0,5 g de acetado de mercúrioII Nota 1 em uma mistura contendo 300 mL de ácido acético glacial, 130 mL de metanol e 65 mL de água suficiente para cerca de 35 mmol de Br 2 Cuidado Compostos de mercúrio são altamente tóxicos e o solvente é um irritante da pele. Se houver contato, enxágüe a área afetada com quantidades abundantes de água. PROCEDIMENTO Obtenha uma amostra desconhecida em um balão volumétrico de 100 mL; dilua até a marca com metanol e misture bem. A temperatura do metanol deve estar entre 18 °C e 20 °C Nota 2. Adicione solvente ácido acéticometanol suficiente para cobrir os eletrodos indicador e gerador no recipiente de eletrólise. Aplique cerca de 0,2 V sobre os eletrodos indicadores. Acione o sistema de eletro- dos geradores e produza bromo até que uma corrente de, digamos, 20 A seja indicada no microam- perímetro. Pare a geração de bromo, anote a corrente no indicador com precisão de 0,1 A e ajuste o cronômetro para zero. Transfira 10,00 mL da amostra desconhecida para o solvente; a corrente no indi- cador deverá diminuir para quase zero. Recomece a geração de bromo. Gere o bromo em incrementos cada vez menores ativando o gerador por períodos cada vez mais curtos enquanto a corrente aumenta e aproxi- ma-se do valor registrado anteriormente. Observe e anote o tempo necessário para atingir o valor de cor- rente original. Zere o cronômetro, introduza uma segunda alíquota use um volume maior se o tempo necessário para a primeira titulação foi curto e repita o processo. Titule várias alíquotas. Informe a massa em miligramas de ciclo-hexeno na amostra. Notas 1. Íons mercúrioII catalisam a adição de bromo em duplas ligações olefínicas.

2. O coeficiente de expansão do metanol é 0,11 °C

1 ; portanto, se a temperatura não for controlada, podem ocorrer erros volumétricos. 37M VOLTAMETRIA Vários aspectos dos métodos polarográficos e amperométricos são considerados no Capítulo 23. Dois exem- plos que ilustram esses métodos são descritos nesta seção. Existe uma grande diversidade de instrumentos disponíveis para essas determinações. Dessa forma, será necessário que você consulte as instruções de opera- ção dos fabricantes para conhecer os detalhes de operação do equipamento em particular que será utilizado. 37M-1 Determinação Polarográfica de Cobre e Zinco em Latão Discussão A porcentagem de cobre e zinco em uma amostra de latão pode ser determinada a partir de medidas polaro- gráficas. O método é particularmente útil para análises rápidas e de rotina; apesar da rapidez, entretanto, a exatidão é consideravelmente mais baixa que aquela obtida com métodos volumétricos ou gravimétricos. A amostra é dissolvida em uma quantidade mínima de ácido nítrico, Não é necessário remover o SnO 2 xH 2 O produzido. A adição de um tampão amôniacloreto de amônio causa a precipitação de ferro como um óxido básico. Um polarograma do líquido sobrenadante apresenta duas ondas do cobre. A primeira, em aproximadamente 0,2 V versus ECS, corresponde à redução do cobreII ao cobreI e a outra em aproximadamente 0,5 V representa a redução completa do metal. A análise é baseada na cor- rente de difusão total das duas ondas. A concentração de zinco é determinada a partir de sua onda em 1,3 V. Em equipamentos que permitem a compensação de corrente, as ondas do cobre são medidas na maior sensibilidade possível. Essas ondas são então suprimidas pelo controle de compensação do equipamento e a onda do zinco é obtida, novamente, com a sensibilidade mais elevada possível. PREPARO DAS SOLUÇÕES 1. Solução de cobreII, 2,5 10 2 mol L 1 . Pese com precisão de 0,1 mg 0,4 g de fio de cobre. Dissolva em 5 mL de HNO 3 concentrado utilize a capela. Ferva brevemente para remover óxidos de nitrogênio; então resfrie, dilua com água, transfira quantitativamente para um balão volumétrico de 250 mL, dilua até a marca com água e misture vigorosamente.

2. Solução de zincoII, 2,5 10

2 mol L 1 . Seque o ZnO grau analítico por uma hora a 110 °C, resfrie em um dessecador e pese 0,5 g com precisão de 0,1 mg em um béquer pequeno. Dissolva uma mistura de 25 mL de água e 5 mL de HNO 3 concentrado. Transfira para um balão volumétrico de 250 mL e dilua até a marca com água. 3. Gelatina, 0,1. Adicione cerca de 0,1 g de gelatina em 100 mL de água fervente. 4. Tampão amôniacloreto de amônio suficiente para cerca de 15 polarogramas. Misture 27 g de NH 4 Cl e 35 mL de amônia concentrada em água destilada suficiente para produzir 500 mL. Essa solução con- tém aproximadamente 1 mol L –1 de NH 3 e 1 mol L –1 de NH 4 . PROCEDIMENTO Calibração Use uma bureta para transferir porções de 0,00; 1,00; 8,00; e 15,00 mL da solução padrão de CuII para balões volumétricos de 50 mL. Adicione 5 mL da solução de gelatina e 30 mL do tampão em cada balão. Dilua até a marca e misture bem. Prepare séries idênticas para as soluções de ZnII. Lave a célula polarográfica três vezes com pequenas porções de uma solução de cobreII e então preencha a célula. Borbulhe nitrogênio na solução por dez a 15 minutos para remover oxigênio. Aplique um potencial de 1,6 V e ajuste a sensibilidade até que o detector forneça uma resposta equivalente à escala completa. Obtenha um polarograma, varrendo o potencial de 0 a 1,5 V versus ECS. Meça a cor- rente limite em um potencial logo depois da segunda onda. Obtenha a corrente de difusão pela subtração da corrente do branco Nota no mesmo potencial. Calcule i d c. Preparo da amostra Pese amostras de latão de 0,10 g a 0,15 g com precisão de 0,5 mg em béqueres de 50 mL e dissolva com 2 mL de HNO 3 concentrado utilize a capela. Ferva brandamente para eliminar óxidos de nitrogênio. Resfrie, adicione 10 mL de água destilada e transfira quantitativamente cada amostra para balões volu- métricos de 50 mL; dilua até a marca com água e misture bem. Transfira 10,00 mL da amostra diluída para outro balão volumétrico de 50 mL, adicione 5 mL de gelatina e 30 mL do tampão, dilua até a marca com água e misture bem. Análise Siga as instruções do segundo parágrafo do procedimento de calibração acima, avalie a corrente de difusão para o cobre e o zinco. Calcule a porcentagem de Cu e Zn na amostra de latão. Nota O polarograma para o branco isto é, 0 mL de padrão deve ser obtido sob o mesmo ajuste de sensibilidade utilizado para os padrões contendo a concentração mais baixa dos íons metálicos. 37M-2 Titulação Amperométrica de Chumbo Discussão As titulações amperométricas são discutidas na Seção 23B-4. No procedimento a seguir, a concentração de chumbo em uma solução aquosa é determinada pela titulação com uma solução padrão de dicromato de potássio. A reação é: Cr 2 O 2Pb 2 H 2 O S 2PbCrO 4 s 2H A titulação pode ser realizada com um eletrodo gotejante de mercúrio mantido tanto em 0 quanto em 1,0 V versus ECS. A 0 V, a corrente permanece próxima de zero pouco antes do ponto final, mas aumenta rapi- damente a partir daí em conseqüência da redução do dicromato, o qual está agora em excesso. Em 1,0 V, ambos os íons chumbo e dicromato são reduzidos. A corrente então diminui na região mais próxima do ponto final refletindo a diminuição da concentração do íon chumbo conforme o titulante é adicionado, passa por um valor mínimo no ponto final e aumenta conforme o dicro- mato se torna disponível. O ponto final em 1,0 V deve ser, entre os dois, o mais fácil de ser localizado com exatidão. Entretanto, a remoção do oxigênio é desnecessária para a titulação em 0 V. PREPARO DAS SOLUÇÕES 1. Eletrólito de suporte. Dissolva 10 g de KNO 3 e 8,2 g de acetato de sódio em cerca de 500 mL de água destilada. Adicione ácido acético glacial e leve o pH para 4,2 use o pH-metro; cerca de 20 mL de ácido serão necessários suficiente para cerca de 20 titulações. 2. Gelatina, 0,1. Adicione 0,1 g de gelatina em 100 mL de água fervente. 3. Dicromato de potássio, 0,01 mol L 1 . Utilize um funil para pesar cerca de 0,75 g com precisão de 0,5 mg do padrão primário K 2 Cr 2 O 7 em um balão volumétrico de 250 mL. Dilua até a marca com água destilada e misture bem.

4. Ponte salina de nitrato de potássio. Ver a Seção 37J-2. PROCEDIMENTO

Obtenha uma amostra Nota em um balão volumétrico de 100 mL limpo; dilua até a marca com água destilada e misture bem. Realize a titulação em um béquer de 100 mL. Coloque o eletrodo saturado de calomelano em um segundo béquer de 100 mL e promova o contato entre as soluções nos dois recipientes com a ponte salina de KNO 3 . Transfira uma alíquota de 10,00 mL da amostra desconhecida para o béquer de titulação. Adicione 25 mL do eletrólito de suporte e 5 mL de gelatina. Coloque um eletrodo gotejante de mercúrio na solução con- tendo a amostra. Conecte ambos os eletrodos ao polarógrafo. Meça a corrente no potencial aplicado de 0 V. Adicione K 2 Cr 2 O 7 0,01 mol L 1 em incrementos de 1 mL; anote a corrente e o volume após cada adição. Continue a titulação até cerca de 5 mL depois do ponto final. Corrija as correntes pelas variações do vo- lume do titulado e faça um gráfico com os dados obtidos. Calcule o volume no ponto final. Repita as titulações em 1,0 V. Nesse caso, você deve borbulhar nitrogênio na solução por cerca de dez a 15 minutos antes de iniciar a titulação e depois de cada adição de reagente. O fluxo de nitrogênio deve, é claro, ser interrompido durante as medições da corrente. Novamente, corrija as correntes pela va- riação do volume, faça um gráfico e determine o volume no ponto final. 2 7 A corrente corrigida é dada por i d corr i d em que V é o volume original, v é o volume do reagente adicionado e i d é a corrente não-corrigida. a V v V b Relate a massa de Pb, em miligramas, na amostra desconhecida. Nota Uma solução estoque 0,0400 mol L 1 pode ser preparada dissolvendo-se 13,5 g de PbNO 3 2 em 10 mL de uma solução HNO 3 6 mol L 1 com água. As amostras devem conter de 15 a 25 mL dessa solução. MÉTODOS BASEADOS NA 37N ABSORÇÃO DE RADIAÇÃO Os métodos de absorção molecular são discutidos no Capítulo 26. As instruções a seguir envolvem 1 a utilização de uma curva analítica para a determinação de ferro em água, 2 o emprego do procedimento de adição de padrão para a determinação de manganês em aço e 3 a determinação espectrofotométrica do pH em uma solução tampão. 37N-1 Lavagem e o Manuseio das Células Espectrofotométricas A exatidão das medições espectrofotométricas depende criticamente da disponibilidade de células idênti- cas e de boa qualidade. Elas devem ser calibradas entre si a intervalos regulares para detectar diferenças resultantes de arranhões, corrosão e desgaste. É igualmente importante a limpeza apropriada das faces externas as janelas exatamente antes de as células serem inseridas em um fotômetro ou espectro- fotômetro. O método preferido consiste em limpar as janelas com um lenço de papel embebido com metanol; o metanol é então facilmente evaporado, deixando as janelas livres de contaminantes. Tem sido mostrado que esse método é muito superior ao procedimento usual de limpeza das janelas com lenços de papel secos, que tende a deixar resíduos de papel e um filme sobre a janela. 13 37N-2 Determinação de Ferro em Água Natural Discussão O complexo vermelho-alaranjado que se forma entre ferroII e 1,10-fenantrolina ortofenantrolina é útil na determinação de ferro em águas de abastecimento. O reagente é uma base fraca que reage para formar o íon fenantrolínio, fenH , em meio ácido. Assim, a formação do complexo com o ferro é mais bem descri- ta pela equação Fe 2 3phenH 8 Fephen 3H A estrutura do complexo é mostrada na Seção 19E-1. A constante de formação para o equilíbrio é 2,5 10 6 a 25 °C. O ferroII é quantitativamente complexado em uma faixa de pH variando entre 3 e 9. Um pH de cerca de 3,5 é geralmente recomendado para prevenir a precipitação de sais de ferro, tais como os fosfatos. Um excesso de um agente redutor, como hidroxilamina ou hidroquinona, é necessário para manter o ferro no estado de oxidação 2. O complexo, uma vez formado, é muito estável. Essa determinação pode ser realizada com um espectrofotômetro ajustado em 508 nm ou com um fotômetro equipado com um fil- tro verde. PREPARO DAS SOLUÇÕES 1. Solução padrão de ferro, 0,01 mg mL 1 . Pese com precisão de 0,2 mg 0,0702 g de FeNH 4 2 SO 4 2 6H 2 O em um balão volumétrico de 1 L. Dissolva em 50 mL de água contendo de 1 a 2 mL de ácido sulfúrico concentrado; dilua a marca e misture bem. 2 3 13 Para mais informações, ver a J. O. Erickson e T. Surles. Amer.Lab., v. 8, n. 6, p. 50, 1976.

2. Cloreto de hidroxilamina suficiente para 80 a 90 medidas. Dissolva 10 g de H

2 NOH HCl em cerca de 100 mL de água destilada.

3. Solução de ortofenantrolina suficiente para 80 a 90 medidas. Dissolva 1,0 g de ortofenantrolina

monoidratada em cerca de 1 L de água. Aqueça suavemente se necessário. Cada mililitro é suficiente para até 0,09 mg de Fe. Prepare apenas a quantidade de reagente necessária; ele escurece com o passar do tempo e então precisa ser descartado.

4. Acetato de sódio, 1,2 mol L

1 suficiente para 80 a 90 medidas. Dissolva 166 g de NaOAc 3H 2 O em 1 L de água destilada. PROCEDIMENTO Preparo da Curva Analítica Transfira 25,00 mL da solução padrão de ferro para um balão volumétrico de 100 mL e 25 mL de água em um segundo balão volumétrico de 100 mL. Adicione 1 mL de hidroxilamina, 10 mL de acetato de sódio e 10 mL de ortofenantrolina em cada balão. Deixe as misturas em repouso por cinco minutos; dilua até a marca e misture bem. Limpe um par de células espectrofotométricas apropriadas para o equipamento. Lave cada uma delas pelo menos três vezes com a solução a ser analisada. Determine a absorbância do padrão com relação ao branco. Repita esse procedimento com pelo menos outros três volumes da solução padrão de ferro; assegure- se de trabalhar com uma faixa de absorbância de 0,1 a 1,0. Faça um gráfico da curva analítica. Determinação de Ferro Transfira 10,00 mL da amostra desconhecida para um balão volumétrico de 100 mL; proceda exatamente da mesma maneira empregada para as soluções padrão, medindo a absorbância com relação ao branco. Altere o volume da amostra desconhecida para obter medidas de absorbância em replicata que se encon- trem dentro da faixa de trabalho da curva de calibração. Informe a concentração de ferro na amostra desconhecida em partes por milhão. 37N-3 Determinação de Manganês em Aço Discussão Quantidades pequenas de manganês são facilmente determinadas fotometricamente pela oxidação de MnII ao íon permanganato de coloração intensa. O periodato de potássio é um agente oxidante efetivo para esse propósito. A reação é 5IO 2Mn 2 3H 2 O S 5IO 2MnO 6H Soluções de permanganato contendo periodato em excesso são muito estáveis. Existem poucos interferentes nesse método. A presença de íons coloridos pode ser compensada com um branco. CérioIII e crômioIII são exceções; esses íons geram produtos de oxidação com o periodato que absorvem, com alguma intensidade, no mesmo comprimento de onda usado para a medida do per- manganato. O método fornecido aqui é aplicável para aços que não contêm quantidades elevadas de crômio. A amostra é dissolvida em ácido nítrico. Qualquer quantidade de carbono presente no aço é oxidada com pe- roxodissulfato. O ferroIII, uma fonte de interferência, é eliminado pela complexação com o ácido fos- fórico. O método da adição de padrões ver a Seção 8C-3 é utilizado para estabelecer a relação entre a absorbância e a quantidade de manganês na amostra. Um espectrofotômetro ajustado em 525 nm ou um fotômetro com um filtro verde de radiação podem ser empregados para as medidas de absorbância. 4 3 4